Secreção cutânea do caramujo gigante africano, Achatina fulica, como fonte de compostos anti-Leishmania
PDF (English)

Palabras clave

venenos
secreções
Leishmania
Achatina
drogas
L-aminoácido oxidase

Cómo citar

1.
Tempone AG. Secreção cutânea do caramujo gigante africano, Achatina fulica, como fonte de compostos anti-Leishmania. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1 de enero de 2007 [citado 17 de mayo de 2024];66(1):73-7. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32853

Resumen

A Leishmaniose é uma doença parasitária grave que causa desde uma única ulceração cutânea até uma doença progressiva e fatal. O tratamento é baseado em agentes quimioterápicos tóxicos, sendo indicados como fármacos de primeira escolha os antimoniais pentavalentes. Os produtos naturais derivados da fauna brasileira, especialmente venenos e secreções cutâneas de anfíbios, são fontes ricas de novas moléculas químicas, as quais podem ser utilizadas como protótipos farmacêuticos no desenvolvimento de novos fármacos. No presente trabalho, é feita a descrição inédita sobre a efetiva atividade anti-Leishmania da secreção cutânea do caramujo gigante Africano, Achatina fulica, bem como a sua citotoxicidade em células de mamíferos e seu possível mecanismo de ação contra os promastigotas. A secreção bruta apresentou Concentração Efetiva 50% de 98,37 μg/mL contra promastigotas de L.(L.) chagasi. Por meio de ensaios enzimáticos, foi detectada a atividade L-aminoácido oxidase (L-AAO) na secreção bruta, e também foi demonstrado que o H2O2 gerado por esta enzima é um dos compostos responsáveis pelo efeito anti-Leishmania. O uso de catalase, para eliminar a ação do H2O2 nas culturas de Leishmania, causou a diminuição de 54% na morte dos parasitos. Apesar da ocorrência de citotoxicidade moderada da secreção bruta contra as células LLC-MK2 (CE50 de 83,25 μg/mL), estes são dados promissores que possibilitam isolamentos cromatográficos futuros de novos antiparasitários, os quais poderão servir como valiosas ferramentas no desenvolvimento de fármacos contra a Leishmaniose.
https://doi.org/10.53393/rial.2007.66.32853
PDF (English)

Citas

1. Takeuchi H, Araki Y, Emaduddin M, Zhang W, Han XY, Salunga TL, Wong SM. Identifiable Achatina giantneurones: their localizations in ganglia, axonal pathwaysand pharmacological features. Gen Pharmacol 1996; 27(1): 3-32.

2. Teles HM, Vaz JF, Fontes LR, Domingos Mde F. Occurrence of Achatina fulica Bowdich, 1822 (Mollusca, Gastropoda) in Brazil: intermediate snail hostof angiostrongyliasis. Rev Saude Pública 1997; 31(3):310-2.

3. Tempone AG, Melhem MSC, Prado FO, Motoie G, Hiramoto RM, Antoniazzi MM, Haddad CFB, Jared C. Amphibian secretions for drug discovery studies: a searchfor new antiparasitic and antifungal compounds. Lett DrugDes & Discovery 2007; 4 (1): 67-73.

4. Otsuka-Fuchino H, Watanabe Y, Hirakawa C, Tamiya T, Matsumoto JJ, Tsuchiya T. Bactericidal action of aglycoprotein from the body surface mucus of giant African snail. Comp Biochem Physiol C 1992; 101 (3):607-13.

5. Ehara T, Kitajima S, Kanzawa N, Tamiya T, TsuchiyaT. Antimicrobial action of achacin is mediated by L-amino acid oxidase activity. FEBS Lett 2002; 531 (3):509-12.

6. Lee YS, Yang HO, Shin KH, Choi HS, Jung SH, Kim YM,Oh DK, Linhardt RJ, Kim YS. Suppression of tumor growthby a new glycosaminoglycan isolated from the Africangiant snail Achatina fulica. Eur J Pharmacol 2003;465(1-2): 191-8.

7. Croft SL, Sundar S, Fairlamb AH. Drug resistance inleishmaniasis. Clin Microbiol Rev 2006; 19 (1): 111-26.

8. Davies CR, Kaye P, Croft SL, Sundar S. Leishmaniasis:new approaches to disease control. BMJ 2003; 326(7385):377-82.

9. Balanã-Fouce R, Reguera RM, Cubria JC, Ordonez D. Thepharmacology of leishmaniasis. Gen Pharmacol. 1998 Apr;30(4): 435-43.

10. Tada H, Shiho O, Kuroshima K, Koyama M, TsukamotoK. An improved colorimetric assay for interleukin 2. J Immunol Methods 1986; 93 (2): 157-65.

11. Tempone AG, Perez D, Rath S, Vilarinho AL, Mortara RA, de Andrade HF Jr. Targeting Leishmania (L.) chagasiamastigotes through macrophage scavenger receptors: theuse of drugs entrapped in liposomes containingphosphatidylserine. J Antimicrob Chemother 2004;54 (1): 60-8.

12. Torii S, Naito M, Tsuruo T. Apoxin I, a novel apoptosis-inducing factor with L-amino acid oxidase activity purified from western diamondback rattlesnake venom. J Biol Chem1997; 272: 9539-42.

13. Tempone AG, Andrade HF Jr, Spencer PJ, Lourenco CO, Rogero JR, Nascimento N. Bothrops moojeni venom kills Leishmania spp. with hydrogen peroxide generated by

14. its L-amino acid oxidase. Biochem Biophys Res Commun2001; 280 (3): 620-4.

15. Cohen BE, Benaim G, Ruiz MC, Michelangeli F. Increased calcium permeability is not responsible for the rapid lethaleffects of amphotericin B on Leishmania sp. FEBS Lett1990; 259 (2): 286-8.

16. Kubota Y, Watanabe Y, Otsuka H, Tamiya T, Tsuchiya T,Matsumoto JJ. Purification and characterization of an antibacterial factor from snail mucus. Comp Biochem Physiol C 1985; 82 (2): 345-8.

17. Tan N-H, Swaminathan S. Purification and properties ofL-amino acid oxidase from monocellate cobra (Naja najakaouthia) venom. Int J Biochem 1992, 24:967-73.

18. Pessatti ML, Fontana JD, Furtado MFD, Guimarães MF, Zanette LRS, Costa WT, Baron M. Screening of Bothropssnake venoms for L-amino acid oxidase activity. Appl Biochem Biotech 1995; 51: 197-210.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2007 Revista del Instituto Adolfo Lutz

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.