Resumen
O açúcar de coco vem se tornando popular no Brasil e no mundo devido às alegações nutricionais de
ser um adoçante natural e mais saudável em relação a outros açúcares. Sua produção ocorre de forma
artesanal a partir da extração da seiva do floema da inflorescência da palmeira. Este trabalho teve por
objetivo analisar microscopicamente a identidade e a presença de matérias estranhas em amostras de
açúcar de coco, bem como verificar sua conformidade em relação às legislações sanitárias brasileiras.
Foram analisadas 13 amostras comerciais de açúcar de coco da cidade de São Paulo quanto aos
ensaios de pesquisa e identificação de elementos histológicos e pesquisa de matérias estranhas. A
identificação de elementos histológicos vegetais revelou a presença de amidos morfologicamente
semelhantes ao padrão de Triticum sp. (trigo), Manihot sp. (mandioca) e Oryza sativa (arroz), além
de amidos alterados. Também foram encontrados elementos histológicos vegetais compatíveis com
padrão de Saccharum officinarum (cana-de-açúcar) e de Cocos nucifera (coco). Todas as amostras
analisadas continham matérias estranhas com predomínio de fragmentos de insetos em 100%
delas. Os resultados do estudo indicam falhas nas Boas Práticas de produção do açúcar de coco e a
necessidade da adequação deste produto em relação às normas vigentes.
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