Sujidades leves em sopas desidratadas - Adequação de um método microscópico
pdf (Português (Brasil))

Palabras clave

microscopia
alimentos
sujidades leves
sopas desidratadas
fragmentos de insetos

Cómo citar

1.
Helena Martini M, Paschoal Batistuti J. Sujidades leves em sopas desidratadas - Adequação de um método microscópico. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30 de diciembre de 1998 [citado 18 de mayo de 2025];57(2):35-44. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36635

Resumen

Para detecção de sujidades leves em sopas desidratadas foi proposta a metodologia descrita pela AOAC 980.27 para cevada, aveia e mistura de cereais desidratados. As amostras foram contaminadas artificialmente com fragmentos de insetos: cabeças, tórax-abdomen e élitros, ácaros e pêlos de ratos brancos. Na etapa de desengorduramento e f1utuação o método foi modificado quando comparou-se os efeitos de dois solventes, isopropanol 40% indicado na metodologia AOAC 980.27, etanol 60% e misturas deles nas proporções 1:I e 3: 1, respectivamente. A média de recuperação de sujidades leves, utilizando isopropanol 40% e etanol 60% (3: 1) foi de: 92,6% para fragmentos de insetos, 43% para ácaros e 53% para pêlos de roedores, não diferindo significativamente (p>0,05), quando utilizouse somente o isopropanol 40%; encontrando-se 93,3% para fragmentos de insetos, 39% para ácaros e 61 % para pêlos de roedores. O método 980.27 modificado, utilizando isopropanol 40% e etanol 60% (3: 1) foi mais eficiente para a recuperação de fragmentos de insetos. A avaliação das sujidades leves, em sopas desidratadas, no método proposto modificado empregando-se a solução de isopropanol40% e etanol 60% (3: 1), foi realizada em 62 amostras comerciais de duas marcas diferentes (A e B), produzidas no Estado de São Paulo e adquiridas em supermercados do município de Araraquara-SP. O total de amostras foi dividido em dois lotes com 31 unidades cada, constituídos por amostras do mesmo tipo, mesma marca e datas de fabricação diferentes. As amostras foram analisadas em duplicata. A maior incidência de sujidades leves (nº 50g), foi para fragmentos de insetos com porcentagens de 81,8% ( 1 a 36 fragmentos de insetos) para a marca A e 82,5% ( 1 a 49 fragmentos de insetos) para a marca B. As duas marcas mostraram pequena incidência de ácaros e pêlos de roedores. Estes resultados sugerem que é necessário a revisão da legislação brasileira, quanto aos limites microscópicos, em sopas desidratadas.

https://doi.org/10.53393/rial.1998.57.36635
pdf (Português (Brasil))

Citas

1. BARBIERI, M. K. Desenvolvimento de um método para ,determinação de matérias estranhas em bananas- passas e avaliação da contaminação de produtos comerciais. Campinas, 1994. 110 p. [Dissertação Mestrado em Tecnologia de Alimentos - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas].

2. BARBIERI, M. K. Matérias estranhas: contaminação, técnicas de isolamento e detecção em farinha de trigo. Colet. ITAL, (Campinas), v. 22 , p.13- 22, 1992.

3. BARBIERI, M. K. Microscopia em alimentos: identificação histológica, isolamento e detecção de material estranho em alimentos. Campinas: ITAL, 1990. 109p. (Manual Técnico).

4. BOESE, J. & BANDLER, R. M. Extraneous materials: isolation. In: ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 15.ed. Arlington, VA., 1990. v.l, p.369406.

5. BOESE, J., CICHOWICZ & S. M. Extraneous materials: isolation. In: ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 16.ed. Arlington, VA., 1995. v.1, p.1- 47.

6. BRASIL. Portaria nº 74, 4 ago. 1994. Estabelece o limite máximo de 75 fragmentos de insetos em 50g de farinha de trigo e 225 fragmentos em 225g para massas alimentícias, biscoitos, produtos de panificação e confeitaria. Diário Oficial, Brasília, p.11809.

7. BRASIL. Resolução Normativa nº 12/78. Aprova Normas Técnicas Especiais do Estado de São Paulo, relativa a alimentos e bebidas. Diário Oficial, Brasília 24 de jul. 1978, Seção r, pt. r, p.11525.

8. BRICKEY JR., P. M. Concepts of food protection food sanitation and FD&C Act. ln: GORHAM, J.R. PrincipIes of food analysis for filth, deeomposition and foreign matter. 2. ed. Washington, DC: FDA, 1981, p.3-10.

9. BRICKEY JR., P. M. Identification of insects fragments. In: GORHAM, J.R. Training manual for analytical entomology in food industry. Washington, DC, FDA, 1978, p. 53- 60 (FDA Technical Bulletin, 2).

10. BRICKEY JR, P.M., GECAN, J.S., THRASHER J.J.& EISENBERG, W. V. Notes on microanalytical techniques in the analysis of foods for extraneous materials. J. Assoe.Off. AnaI. Chem., v.51, p.8726, 1968.

11. BRrCKEY JR, P.M., GECAN, J.S., THRASHER J.J.& VAZQUEZ, A.W.Notes on microanalytical techniques in the analysis of foods for extraneous materials. J. Assoe.Off. AnaI. Chem, Washington, v.55, p.51- 6, 1972.

12. CANO, e. B., ZAMBONr, e. Q., ALVES, H. 1., SPITERI, N., ATUr, M. B., SANTOS, M. c., JORGE, L. I. F., PEREIRA, U. & RODRIGUES, R. M.M. Mel: fraudes e condições sanitárias. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.52, p.1- 4, 1992.

13. CORRErA, M. &ATUI, M. B. Metodologia de análise microscópica para avaliação das condições higiênicas em misturas para o preparo de sopas e risotos. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.55, p.73- 7, 1995.

14. DECANrO. M. G. Infestação de produtos alimentícios nas fontes de produção e durante o armazenamento. Um método para a pesquisa microscópica de sujidades e impurezas. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.3, p.131- 7, 1971.

15. DE CESARE. Crescimento em ritmo de fast- food. Superhiper, São Paulo, p. 156, 158, out. 1995.

16. DENT, R.G. Extraction of light fi1th from barley, oat-meal, and mixed dry infant cereals: collaborative study. J. Assoe. Off. AnaI. Chem., v.63, p.187- 8, 1980.

17. DENT, R.G. & GLAZE,L. Extraction of light fi1th from unground marjoram: collaboretive study. J. Assoe.Off. AnaI. Chern., v.68, p.899-901, 1985.

18. EISENBERG, W. V. Source of food contaminants. In: GORHAM, J.R. PrincipIes of food analysis for filth, deeomposition and foreign matter. 2. ed. Washington, DC: FDA,1981. p.l1- 26.(FDA Technical Bulletin, 1).

19. FREEMAN, e.C. Brine saturation technique for extraction of ligth fi1th from rubbed, ground, and whole sage: collaborative study, J.Assoe.Off. AnaI. Chem., v.68, p.894- 8, 1985.

20. FREEMAN, C.e. Technique for preparing spike elements for study samples of extraneous materials, J. Assoe. Off. AnaI. Chem., v.65, p.277, 1982.

21. GECAN, J.S. & ATKINSON, J. Microanalytical quality of macaroni and noodles. J. of Food Prot., vA8, p. 400-2, 1985.

22. GECAN, J.S. &ATKINSON, J. Microanalytical quality of wheat flour. J. of Food Prot., v. 46, p.582-4, 1983.

23. GECAN, J. S. & CICHOWICZ, S. M. Extraneous materials: isolation. ln: ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis. 14. ed. Arlington, VA., 1984. p.902.

24. GLAZE, L.E. Extraction of light fi1th from oriental fish products containin spice: collaborative study, J. Assoe.Off. AnaI. Chem., v.76, pA4- 6, 1993.

25. GLAZE, L.E. Extraction of light fi1th paste and sauce (Bagoong) not containig spice: collaborative study. J. Assoe.Off. AnaI. Chem., v.75, p. 263- 5, 1992.

26. GORHAM, J. R. Filth in foods implications for health. In: .Principles of food analysis for filth, deeomposition and foreign matter. 2. ed. Washington, DC: FDA,1981. p.27-31. (FDA Technical Bulletin, 1).

27. MAIS alimentos - Gazeta mercantil, São Paulo, 07 fev 1996a, caderno Opinião p. A- 3.

28. NICHOLSON, J.F., HARRrS, K.L.& YAKOWITZ, M.G. Principles of isolation and detection of food and drug contaminants. ln: HARRIS, K.L.& REYNOLDS, H.L.(Ed.) Microseopie analytieal methods in food and drug eontrol. Washington, DC: FDA, 1960. p. 29- 52 (FDA Technical Bulletin, 1).

29. NAKASHIMA, M. J. Extraction of light fi1th from dried bean curd: collaborative study, J. Assoe. Off. AnaI. Chem., v.75, p.266-8, 1992.

30. OLSEN, A.R. Mites and other filth in dried shrimp imported into the United States from the Orient. J. ofFood Prot., vA5, p.1204-7, 1982.

31. REAL muda hábitos de consumo. Gazeta Mercantil, São Paulo, 07 fev. 1996b, caderno Agribusiness, p B-16.

32. SHOSTAK, M.T. lmproved method for determination of 1ight fi1th in chocolate products. J. Assoe. Off. AnaI. Chem., v.61, p.996- 8, 1978.

33. VAZQUEZ, A.W. Recognition of insect fragments. ln: GORHAM, J.R. Training manual for analytical entomology in the food industry. Washington, DC: FDA, 1978. p.- 52,61-75. (FDA Technical Bulletin 2).

34. ZAMBONI, C. Q. Curso de Bromatologia para Técnicos do Ministério da Saúde. Aulas teóricas de microscopia alimentar. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz,1977. 105 p. (mimeog.).

35. ZAMBONI, C. Q. & ATUI, M.B. Comparação entre métodos para pesquisa de sujidades e verificação das condições de higiene das massas alimentícias por microscopia. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 49, p.11- 7, 1989.

36. ZAMBONI, C. Q., ALVES, H.I. &ATUI, M.B. Métodos para detecção de sujidades leves em sopas desidratadas. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.50, p.30l- 5, 1990.

37. ZAMBONI, C. Q., ALVES, H.I. , RODRIGUES, R. M. M. S., SPITERI, N., ATUI, M. B. & SANTOS, M. C. Fraudes e sujidades em condimentos comercializados na cidade de São Paulo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.51, p.19- 22, 1991.

38. ZAMBONI, C. Q., RODRIGUES, R. M. M. S., SPITERI, N., ALVES, H.I. , BATISTIC, M. A., ATUI, M.B. & SANTOS, M. C. Fraudes e condições de higiene de doces em pasta. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.49, p.125-9, 1989.

39. ZAMBONI, C. Q., ALVES, H.I., RODRIGUES, R. M. M. S., SPITERI, N., ATUI, M. B. & BATISTIC, M. A. Sujidades e fraudes em chocolates. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v.48, p.37- 41, 1988.
Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 1998 Revista del Instituto Adolfo Lutz

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.