Produtos naturais costeiros: uma nova fonte de compostos antimicrobianos
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Palabras clave

Compostos Fitoquímicos
Zonas Costeiras
Agentes Antimicrobianos

Cómo citar

1.
Moreira Baptista R, Popiorek dos Santos N, Pimpão ME, Macedo de Souza M, Serra Bonifácio Costa C, Fernandes Ramos D. Produtos naturais costeiros: uma nova fonte de compostos antimicrobianos. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3 de noviembre de 2024 [citado 5 de febrero de 2025];83:e40832. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/40987

Resumen

A bioprospecção de produtos naturais tem sido uma das fontes mais promissoras na descoberta de novos fármacos, em que cerca de 40% dos medicamentos aprovados no mercado são de origem natural. Apesar da alta concentração dos estudos em espécies terrestres, atualmente pesquisas em produtos naturais marinhos têm crescido e se destacado nesse cenário. No entanto, na interface entre terra e mar, zonas conhecidas como ecossistemas costeiros mostram-se estrategicamente valorosas. A elevada biodiversidade e parâmetros ambientais únicos, como a alta salinidade, oscilações de umidade e inundações, promovem às espécies existentes constantes fatores estressantes e estimuladores de mecanismos de adaptação como a produção de compostos bioativos. O Brasil é um dos poucos países que apresenta ao longo de seu litoral múltiplos ecossistemas costeiros como manguezais, marismas e estuários. Neste último destaca-se o Estuário da Lagoa dos Patos (ELP), composto pela maior Laguna da América Latina e pelas águas do Oceano Atlântico. Um ambiente ideal para o crescimento de espécies halotolerantes, como as plantas halófitas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar produtos naturais costeiros como possíveis candidatos a fármacos, especialmente antimicrobianos. Neste trabalho amostras secas das partes aéreas da halófita restrita Salicornia neei foram coletadas do ELP, tendo sido identificada a presença de flavonoides em ensaios fitoquímicos qualitativos. Além disso, o extrato da halófita produzido em solvente mais apolar – hexano – apresentou atividade antimicrobiana a 0,8 mg/mL frente a Vibrio coralliilyticus. Áreas mais salinizadas parecem favorecer a produção de compostos fenólicos e terpenos nas espécies de halófitas como S. neei, sendo esta última classe fitoquímica presente em extratos apolares. Esses resultados evidenciam que os parâmetros ambientais costeiros desempenham um papel importante na produção de metabólitos antimicrobianos bioativos. Destacando, assim, o ecossistema costeiro como fonte de produtos naturais bioativos como promissores candidatos a fármacos, especialmente, de novo agentes antimicrobianos.

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Derechos de autor 2024 Rodolfo Moreira Baptista, Natália Popiorek dos Santos, Maria Eduarda Pimpão, Manuel Macedo de Souza, César Serra Bonifácio Costa, Daniela Fernandes Ramos

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