Resumen
Dióxido de enxofre (SO2) é utilizado em damasco para reduzir a velocidade do escurecimento enzimático e não enzimático, além de evitar a deterioração microbiana, durante a secagem e armazenamento. A Instrução Normativa (IN) da Diretoria Colegiada da Anvisa n° 211/2023, autoriza o uso de dióxido de enxofre e sais de sulfitos na função conservador, com o limite máximo de 2.000 mg/kg, expresso como SO2 residual em damasco seco. O objetivo deste trabalho foi avaliar, segundo a legislação vigente, o teor de SO2 residual em damascos secos comercializados no estado de São Paulo. No período de maio a julho de 2024 foram determinados os teores de SO2 de 13 amostras de damascos secos de diferentes marcas comercializadas no estado de São Paulo, a fim de atender ao Programa Paulista de Análise Fiscal de Alimentos (PP). As amostras foram analisadas em duplicata, utilizando o método oficial da Association of Official Analytical Chemists (AOAC) de destilação Monier-Williams otimizado. Os resultados variaram de 1.382 a 3.294 mg/kg em SO2, média de 2.409 mg/kg, mediana 2.227 mg/kg, desvio padrão de 602 mg/kg e coeficiente de variação de 25%. Das 13 amostras analisadas, nove (69%) foram insatisfatórias. Os altos valores de SO2 encontrados e o grande número de amostras com níveis acima da do limite permitido pela legislação, evidenciam um problema de saúde pública e a necessidade da continuidade do programa de monitoramento deste conservador nesta matriz.
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