Rastreamento do câncer do colo do útero durante a pandemia de COVID-19 no estado de São Paulo, Brasil
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

Neoplasias do Colo do Útero
Programas de Rastreamento
Sistema Único de Saúde (SUS)

Cómo citar

1.
Carvalho TS de, Geber Júnior JC, Lorente S, Duarte-Neto AN, Maciel CD. Rastreamento do câncer do colo do útero durante a pandemia de COVID-19 no estado de São Paulo, Brasil . Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 3 de noviembre de 2024 [citado 5 de febrero de 2025];83:e40581. Disponible en: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/41364

Resumen

Mundialmente o câncer do colo do útero (CCU) é o 4º mais incidente na população feminina e ocupa a 4ª posição no ranking de mortalidade, sendo considerado uma questão de saúde pública. O método preventivo adotado no Brasil é o exame de Papanicolaou, que tem como objetivo identificar mulheres com alterações celulares sugestivas de malignidade e direcioná-las para condutas adequadas, minimizando assim o desenvolvimento da neoplasia. Com a recente pandemia de COVID-19, a agenda nacional de prevenção foi atrasada na vigência das medidas sanitárias mais restritas, podendo gerar impactos negativos nos indicadores do CCU. Portanto, este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da pandemia no rastreamento do CCU a partir de dados quantitativos dos exames realizados na rede pública. Foi feito um estudo ecológico a partir de dados secundários dos exames disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no estado de São Paulo, entre 2016 e 2021. Os municípios foram agrupados em cinco clusters de acordo com o tamanho da população; a análise descritiva e comparativa foi feita através de médias e porcentagens. A pandemia impactou negativamente no rastreamento do CCU em todos os clusters, com quedas que variaram entre 40% e 47% em 2020. Em 2021 houve retomada parcial que variou entre 33% e 51% em comparação a 2020, e foi observado um padrão de recuperação mais lento nos municípios mais populosos. Esses dados preliminares dos dois primeiros anos da pandemia de COVID-19 sugerem que apesar da redução da incidência e mortalidade do CCU, a rede de saúde do estado de São Paulo demonstrou baixa resiliência em manter programas preventivos em períodos de crise e em restabelecê-los após a flexibilização das medidas mais restritivas.

PDF (Português (Brasil))
Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2024 Thainá Siqueira de Carvalho, João Carlos Geber Júnior, Sandra Lorente, Amaro Nunes Duarte-Neto, Carlos Dias Maciel

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.