Avaliação dos resultados de uma campanha de vacinação contra a poliomielite em São Paulo, Brasil. II. Estado imunitário da população antes da vacinação.
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Como Citar

1.
de Almeida Moura R, Guglielmi Campos L, H Oliveira Martinez C, de Arruda Milano E, de Toledo Piza J. Avaliação dos resultados de uma campanha de vacinação contra a poliomielite em São Paulo, Brasil. II. Estado imunitário da população antes da vacinação. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 1962 [citado 23º de julho de 2024];22:81-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33412

Resumo

A escassez de dados de laboratório sobre o estado imunitário contra a poliomielite no Brasil justifica destacar no presente trabalho os resultados obtidos nas provas de neutra1ização dos soros de 618 crianças, antes da aplicação da vacina oral contra a poliomielite (tipo Sabin). Foram excluídas todas as crianças que tinham tomado uma ou mais doses da vacina contra a poliomielite, injetável (tipo Salk). A amostragem foi estatisticamente conduzida assim como as provas de laboratório, que foram efetuadas no Instituto Adolfo Lutz, através de provas de neutralização em culturas de tecido, com leitura microscópica. Os resultados das provas sorológicas indicaram que, no grupo etário de menos de 1 ano de idade, 58,3% das crianças não apresentaram anticorpos contra os três tipos de poliovírus e que 5,5% eram imunes a esses vírus. Nos grupos etários de 1, 2, 3 e 4 anos, a suscetibilidade foi diminuindo de tal forma que aos 3 anos, só havia 1,9% de crianças sem anticorpos contra os três tipos de poliovírus e que já aos 2 anos de idade 91,5% das crianças tinham sido infectadas com pelo menos um tipo de poliovírus.

https://doi.org/10.53393/rial.1962.22.33412
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Referências

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Copyright (c) 1962 Roberto de Almeida Moura, Lucy Guglielmi Campos, Clelia H Oliveira Martinez, Eolo de Arruda Milano, José de Toledo Piza

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