Monitoramento das concentrações de trihalometanos na água potável
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Palavras-chave

trihalometanos
cloreto
produtos da desinfecção
água potável
Brasil
cromatografia a gás

Como Citar

1.
Schäfer TN, Boger B, Souza IIM de, Buffon M da CM, Ditterich RG, Silva MZ da, Rattmann YD. Monitoramento das concentrações de trihalometanos na água potável. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de março de 2018 [citado 4º de dezembro de 2024];77:1-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/34175

Resumo

A redução da incidência de doenças transmitidas pela água foi alcançada com a difusão do uso de técnicas de cloração. Apesar dos benefícios desse método de desinfecção, as reações de cloro com a matéria orgânica natural presente na água levam à formação de subprodutos de desinfecção como trihalometanos. Esses produtos já foram associados à incidência de alguns tipos de câncer em animais, e muitas vezes podem ser detectados em água tratada e fornecida para o consumo. Pela legislação brasileira não é obrigatório efetuar o monitoramento de trihalometanos após o tratamento e distribuição de água. Frente a este problema, este estudo teve como objetivo avaliar as concentrações de trihalometanos em água coletada em diferentes pontos de abastecimento no município de Colombo, PR, Brasil, durante o período de novembro de 2015 a fevereiro de 2016. Utilizou-se método cromatográfico para as análises, além de planilhas fornecidas pela Vigilância Sanitária de Colombo. Todos os valores foram comparados com os limites estabelecidos na Portaria de Consolidação Nº 05/2017 do Ministério da Saúde.
Os resultados confirmaram que os valores de trihalometanos fornecidos pela concessionária, responsável pelo tratamento e fornecimento de água na cidade, atendem aos parâmetros legais.

https://doi.org/10.53393/rial.2018.v77.34175
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