Resumo
O território localizado na fronteira da Argentina, Brasil e Paraguai é endêmico para leishmaniose tegumentar (LT). Entretanto, o primeiro relato de Lutzomyia longipalpis na área foi em 2010-Argentina, em 2012-Brasil, sem registros na fronteira em Paraguai apesar dos casos de leishmaniose visceral humana (LV). Portanto, desenvolvemos uma pesquisa de 2014 a 2017 para estudar a LV na tríplice fronteira em nível de localidades; Uruguai-2015 e Bolívia-2016 aderiram mais tarde devido aos alertas de LV nas fronteiras argentinas. As distribuições espaço-temporais de vetores, cães infectados e as variáveis ambientais foram registradas e associadas em três escalas progressivas, enquanto se realizou o inquérito antropológico. Três cenários foram caracterizados com base na prevalência de LV canina, na abundância-presença de vetores, e a coerência da distribuição espacial entre eles: LV instalada, LV incipiente e LT estável com LV canina importada. A abundância de vetores foi agrupada em “pontos quentes” persistentes no tempo que poderiam atuar como “populações fonte”. A distribuição de agrupamento foi associada a variáveis ambientais nas diferentes escalas. Portanto, a distribuição vetorial (proxy da exposição humana a cães) poderia ser modelada em cenários recentes do sul para focar a vigilância e as intervenções nos “pontos quentes” previstos, a fim de aumentar a eficácia e a eficiência das atividades do programa.
Referências
1. Harhay MO, Olliaro PL, Costa DL, Costa CH. Urban parasitology: visceral leishmaniasis in Brazil. Trends Parasitol. 2011;27(9):403-9. https://dx.doi.org/10.1016/j.pt.2011.04.001
2. Salomón OD, Feliciangeli MD, Quintana MG, Afonso MM, Rangel EF. Lutzomyia longipalpis urbanisation and control. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2015;110(7):831-46. http://dx.doi.org/10.1590/0074-02760150207
3. Correa Antonialli SA, Torres TG, Paranhos Filho AC, Tolezano JE. Spatial analysis of American visceral leishmaniasis in Mato Grosso do Sul state, Central Brazil. J Infect. 2007;54(5):509–14. http://dx.doi.org/10.1016/j.jinf.2006.08.004
4. Salomón OD, Mastrángelo AV, Santini MS, Liotta DJ, Yadón ZE. La eco-epidemiología retrospectiva como herramienta aplicada a la vigilancia de la leishmaniasis en Misiones, Argentina, 1920-2014. Rev Panam Salud Publica. 2016;40(1):29-39. Disponível em: http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/28577
5. Santos DR, Ferreira AC, Bisetto Junior A. The first record of Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae) in the State of Paraná, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2012;45(5):643-5. http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822012000500019
6. Maziero N, Thomaz-Soccol V, Steindel M, Link JS, Rossini D, Alban SM et al. Rural-urban focus of canine visceral leishmaniosis in the far western region of Santa Catarina State, Brazil. Vet Parasitol. 2014;205(1-2):92-5. http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2014.06.005
7. Escobar TA, Döwich G, Zuravski L, Cantele LC, Duarte CA, Lübeck I. Risk factors associated to canine visceral leishmaniasis in Uruguaiana city, Brazil. Semina: Ciênc Agrár. 2018;39(1):211-20. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n1p211
8. Satragno D, Faral-Tello P, Canneva B, Verger L, Lozano A, Vitale E et al. Autochthonous outbreak and expansion of canine visceral leishmaniasis, Uruguay. Emerg Infect Dis. 2017;23(3):536-8. http://dx.doi.org/10.3201/eid2303.160377
9. Thomaz-Soccol V, Gonçalves AL, Piechnik CA, Baggio RA, Boeger WA, Buchman TL et al. Hidden danger: unexpected scenario in the vector-parasite dynamics of leishmaniases in the Brazil side of triple border (Argentina, Brazil and Paraguay). PLoS Negl Trop Dis. 2018;12(4):e0006336. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0006336
10. Thomaz Soccol V, Pasquali AKS, Pozzolo EM, Leandro AS, Chiyo L, Baggio RA et al. More than the eyes can see: the worrying scenario of canine leishmaniasis in the Brazilian side of the triple border. PLoS One. 2017;12(12):e0189182. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0189182
11. Giménez-Ayala A, González-Brítez N , Rojas-de-Arias A, Ruoti M. Knowledge, attitudes, and practices regarding the leishmaniases among inhabitants from a Paraguayan district in the border area between Argentina, Brazil, and Paraguay. J Public Health. 2018;26(6): 639-48. https://doi.org/10.1007/s10389-018-0908-6
12. López K, Tartaglino LC, Steinhorst II, Santini MS, Salomon OD. Risk factors, representations and practices associated with emerging urban human visceral leishmaniasis in Posadas, Argentina. Rev Biomed. 2016;36:51-63. http://dx.doi.org/10.7705/biomedica.v36i2.2953
13. Salomón OD, Mastrángelo AV, Santini MS, Ruvinsky S, Orduna T, Sinagra A, et al. Visceral leishmaniasis: paths that converge and divide. Salud Colectiva. 2012; 8(Suppl1):549-63. Disponível em: http://www.scielo.org.ar/pdf/sc/v8s1/en_v8s1a11.pdf
14. Galvis-Ovallos F, Casanova C, Sevá ADP, Galati EAB. Ecological parameters of the (S)-9-methylgermacrene-B population of the Lutzomyia longipalpis complex in a visceral leishmaniasis area in São Paulo state, Brazil. Parasit Vectors. 2017 10(1):269. http://dx.doi.org/10.1186/s13071-017-2211-8
15. Salomón OD, Araki AS, Hamilton JG, Acardi SA, Peixoto AA. Sex pheromone and period gene characterization of Lutzomyia longipalpis sensu lato (Lutz & Neiva) (Diptera: Psychodidae) from Posadas, Argentina. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2010;105(7):928-30. http://dx.doi.org/10.1590/S0074-02762010000700016
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2018 Oscar Daniel Salomón