FRAGILIDADE DO PROGRAMA DE CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (análise crítica do uso de papel filtro para a coleta de sangue de cães em inquéritos soroepidemiológicos)
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Como Citar

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Tolezano J, Gomes A, Araújo M, Cunha E, Bisugo M, Barbosa J, Souza K, Santos P, Oliveira S, Oliveira E, Hiramoto R, Shaw J. FRAGILIDADE DO PROGRAMA DE CONTROLE DA LEISHMANIOSE VISCERAL AMERICANA (análise crítica do uso de papel filtro para a coleta de sangue de cães em inquéritos soroepidemiológicos). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 22º de outubro de 2009 [citado 18º de julho de 2024];68(Suplemento 1):BM-91. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/39662

Resumo

No Brasil, os Programas de Controle da Leishmaniose Visceral (LV) tem enfatizado a importância do diagnóstico e tratamento precoce dos casos humanos; do controle do vetor e, da identificação e retirada dos cães infectados, por constituírem estes os principais reservatórios domésticos do agente etiológico. No estado de São Paulo, ainda hoje, adota-se o uso de eluatos sangüíneos nos inquéritos caninos. No presente estudo objetivou-se avaliar: I - a capacidade de absorção de diferentes volumes de sangue em papéis - filtro de diferentes especificações; II - avaliar os resultados obtidos na RIFI e ELISA com a utilização de eluatos obtidos de diferentes papéis – filtro comparando-os com aqueles obtidos em amostras de soro. Foram utilizados os papéis - filtro: Whatman-1, J. Prolab 80, Nalgon 80 e Schleicher & Schuell. O sangue foi coletado de cinco cães com LV e as amostras aplicadas em picotes de 6 mm de diâmetro dos diferentes papéis em volumes de 5, 10, 15 e 20 µL e sem volume pré-determinado. Amostras de soro sangüíneo dos mesmos cães foram utilizadas como controle. Utilizou-se os “Kits” ELISA e RIFI (Bio-Manguinhos). Os quatro tipos de papéis-filtro absorveram os diferentes volumes de sangue o que por si só reveste de preocupação quanto a confiabilidade dos resultados visto ser indicado um procedimento único para a eluição e diluição inicial da amostra. Nas reações de ELISA e RIFI foi obtido um painel de resultados discordantes, entre 20 e 40%, entre as diferentes técnicas, diferentes tipos de papel - filtro e entre amostras de soro e eluatos. As discordâncias podem ser atribuídas em razão de distribuição não homogênea da amostra de sangue quando aplicada aos papéis - filtro; diferenças na composição química; porosidade dos papéis; e outros fatores interferentes. Com base nos resultados obtidos os autores propõem novos estudos para possível suspensão e exclusão do uso de papel de filtro.

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Copyright (c) 2009 JE Tolezano, AHS Gomes, MFL Araújo, EA Cunha, MC Bisugo, JAR Barbosa, KS Souza, PA Santos, SLV Oliveira, EB Oliveira, RM Hiramoto, JJ Shaw

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