Hanseníase: graves consequências do diagnóstico tardio. Relatos de dois casos e breve abordagem sobre suas sequelas

Autores

  • Tânia Rita Moreno de Oliveira Fernandes Mestrado e doutorado na UNIFESP - (Professora e Médica) – (https://orcid.org/0000-0002-7061-2825.
  • Luna de Paula Fraga Acadêmica de medicina - (https://orcid.org/0000-0001-8094-616X).
  • Thaise Bruna dos Santos Silva Acadêmica de medicina - (https://orcid.org/0000-0003-2845-9174).
  • Brunna Lays Guerra Correia Acadêmica de medicina - (https://orcid.org/0000-0001-8559-8221 )

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2017.v42.34974

Palavras-chave:

Hanseníase Virchowiana, Parestesia, Ulcera Cutânea, Hanseníase

Resumo

Hanseníase é doença infectocontagiosa de grande relevância para o Brasil. País que juntamente com a Índia e a Indonésia, notificam 81% dos novos casos mundialmente. Provocam desde lesões em pele até graves lesões em olhos, nervos periféricos, endotélio vascular, ossos e articulações, implicando em importantes sequelas e consequências psicossociais. O diagnóstico precoce dos casos interrompe a cadeia epidemiológica de transmissão da doença e diminui consideravelmente o risco de incapacidade. Relataremos 2 casos de hanseníase em fases avançadas, incapacitantes e transmissíveis, cujo estigma das deformidades, levou ao autoisolamento retardando a procura por diagnóstico. Palavras chaves: Hanseníase, Hanseníase Virchoviana, úlcera cutânea, parestesia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. Organização Mundial de Saúde. Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020: acelerar a ação para um mundo sem lepra [Internet]. Geneva: Organização Mundial de Saúde; 2016. [cited 2018 Abr. 13]. Available from: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/208824/17/9789290225201-pt.pdf
2. Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde Brasil. Detecção proativa e precoce é essencial para acabar com deficiências relacionadas à hanseníase em crianças [Internet]. Brasília: OPAS Brasil; 2017. [updated 2017 Jan. 31; cited 2018 Out. 29]. Available from: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5339:-deteccao-proativa-e-precoce-e-essencial-para-acabarcom-deficiencias-relacionadas-a-hanseniase-em-criancas&Itemid=812.
3. Fernandes TRMO, Korinfskin JP, Espíndola MMM, Corrêa LMO. Artrite como diagnóstico de hanseníase: relato de caso e revisão da literatura. An Bras Dermatol. 2014;89(2):328-30.
4. Ministério da Saúde (BR), Secretária de Vigilância em Saúde. Caracterização da situação epidemiológica da hanseníase e diferenças por sexo, Brasil, 2012-2016. Hanseníase. Bol Epidemiol. 2018;49(4):1-12. [cited 2018 Out. 28]. Available from: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/janeiro/31/2018-004-Hanseniase-publicacao.pdf.
5. Melão S, Blanco LFO, Mounzer N, Veronezi CCD, Simões PWTA. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Tropical. 2011;44(1):79-84.
6. Mármora C, Loures L. Percepção do estigma e repercussões sociais em indivíduos com hanseníase. Hansen Int. 2017;42(Suppl 1):193. [cited 2018 Out 30]. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo. php?id=12749
7. Ministério da Saúde (BR), Secretária de Vigilância em saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de condutas para tratamento de úlceras em hanseníase e diabetes. 2ed.rev.ampl. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. [cited 2018 maio 2]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_condutas_ulcera_hanseniase.pdf.
8. Medeiros MZ, Hasn-Filho G, Takita LC, Vicari CFS, Barbosa AB, Couto DV. Hanseníase virchowiana vegetanteverrucosa: uma forma rara de apresentação: relato de dois casos. An Bras Dermatol. 2014;89(3):482-5.
9. Verardino GC, Presotto C, Carneiro S. Comprometimento osteoarticular na hanseníase. Rev. Hosp. Univ. Pedro Ernesto, UERJ. 2011;10:45-8. [cited 2018 Nov. 15]. Available from: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/viewFile/8819/6683
10. Pereira HLA, Ribeiro SLE, Ciconelli RM, Fernandes ARC. avaliação por imagem do comprometimento osteoarticular e de nervos periféricos na hanseníase. Rev Bras Reumatol 2006;46(Supl 1):30-5.
11. Fernandes TRMO, Santos TSS, Lopes RRM. Leg ulcerin leprosy lepromatous: case report. An Bras Dermatol. 2016;91(5):673-5.
12. Valentini A, Nery JAC, Salles, AM, Vieira LMM, Sarno, EM. Edema na hanseníase: aspectos clínicos e terapêuticos. Rev Soc Bras Med Tropical.1999;32(2):131-8.
13. Júlio MVRF, Nardi SMT, Pedro HSP, Paschoal VD. Evolução das lesões nasais em pacientes com hanseníase. Hansen Int. 2010;35(1):29-35. [cited 2018 Out. 30]. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11230
14. Moreira SC, Bastos CJC, Tawil L. Índice de detecção de hanseníase em Salvador no período de 2001 a 2009. An Bras Dermatol. 2014;89(1):108-19.
15. Lastória JC, Morgado de Abreu MAM. Hanseníase: revisão dos aspectos epidemiológicos, etiopatogênicos e clínicos – Parte I. An Bras Dermatol. 2014;89(2):205-19.
16.Duerksen F, Virmond M. Cirurgia reparadora e reabilitação em hanseníase. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato, Instituto Lauro de Souza Lima; 1997. 127-128 p.
17. Moreno RD, Woods W, Moreno N, Trindade R, TavaresNeto J. Alterações oculares na hanseníase, observadas em pacientes ambulatoriais do serviço de referência da cidade de Rio Branco, Acre – Brasil. Arq Bras Oftalmol. 2003;66(6):755-64. [cited 2018 Nov. 15]. Available from:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492003000700005&lng=en.

Downloads

Publicado

30-06-2017

Como Citar

1.
Fernandes TRM de O, Fraga L de P, Silva TB dos S, Correia BLG. Hanseníase: graves consequências do diagnóstico tardio. Relatos de dois casos e breve abordagem sobre suas sequelas. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2017 [citado 29º de março de 2024];42(1/2):37-42. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34974

Edição

Seção

Seção anátomo-clínica

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)