Resumo
O objetivo deste artigo é analisar o conhecimento teórico sobre hanseníase por estudantes universitários da área da saúde em município do Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados por meio de questionários validados, aplicados por entrevistadores treinados. A população foi constituída por universitários do último período teórico dos cursos da área da saúde. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Fixou-se erro tipo I em 5% (p<0,05) como estatisticamente significativo. No que se refere ao contato de alunos com pessoas que tem ou tiveram hanseníase hanseníase, o curso de medicina teve o maior percentual, com 18 discentes (90%); nos cursos de nutrição, odontologia e farmácia, os estudantes que nunca tiveram contato representaram 8 (100%), 15 (83,33%) e 19 (90,48%), respectivamente. Quando questionados quanto à cura da hanseníase, 18 alunos de enfermagem (94,74%) e 19 de medicina (95%) afirmaram ser possível. Contudo, no curso de enfermagem, 1 (5,26%), odontologia, 3 (16,67%), farmácia, 3 (14,29%) e nutrição, 4 (50%) alunos afirmaram não saber. Apresentou-se diferença estatisticamente significativa (p-valor<0,036), mostrando que a frequência esperada é equivalente à observada. Quanto ao conhecimento do período de incubação do agente etiológico, revelouse que 12 (63,16%) alunos de enfermagem, 8 (100%) de nutrição, 16 (88,89%) de odontologia e 15 (71,43%) de farmácia não sabiam o período de incubação do bacilo. O p-valor = 0,010 apresentou significância, mostrando que nenhum dos entrevistados do curso de nutrição assinalou a resposta correta. O estudo mostra que os alunos dos cursos de nutrição, farmácia e odontologia apresentam conhecimento não satisfatório sobre a hanseníase.
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