Conhecimento teórico sobre hanseníase por estudantes universitários da área da saúde em município do nordeste brasileiro

Autores

  • Pétalla Morganna Figueiredo Pessoa des Barros 1 Enfermeira pela Escola de enfermagem e farmácia (ESENFAR) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
  • Clodis Maria Tavares Doutora em Ciências de Enfermagem pela USP. Professora titular da UFAL.
  • Juliana Bento de Lima Holanda 3 Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP. Professora titular da UFAL e enfermeira da Unidade Básica de saúde Hamilton Falcão.
  • Regina de Souza Alves Mestre em Bioética e Aspectos Jurídicos da Saúde pela Universidade Museu Social Argentino. Professora Mestra da Sociedade de Ensino Universitário do Nordeste -SEUNE, servidora pública da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió/Al.
  • Tamyssa Simões dos Santos Mestre em Educação em Ciências da Saúde pelo IUNIR/AR. Professora titular da Centro Universitário Maurício de Nassau – Unidade Maceió.
  • Ricardo Alexandre Arcêncio Professor Associado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP).

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2016.v41.34977

Palavras-chave:

Conhecimento, Estudantes, Hanseníase, Enfermagem

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o conhecimento teórico sobre hanseníase por estudantes universitários da área da saúde em município do Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados por meio de questionários validados, aplicados por entrevistadores treinados. A população foi constituída por universitários do último período teórico dos cursos da área da saúde. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. Fixou-se erro tipo I em 5% (p<0,05) como estatisticamente significativo. No que se refere ao contato de alunos com pessoas que tem ou tiveram hanseníase hanseníase, o curso de medicina teve o maior percentual, com 18 discentes (90%); nos cursos de nutrição, odontologia e farmácia, os estudantes que nunca tiveram contato representaram 8 (100%), 15 (83,33%) e 19 (90,48%), respectivamente. Quando questionados quanto à cura da hanseníase, 18 alunos de enfermagem (94,74%) e 19 de medicina (95%) afirmaram ser possível. Contudo, no curso de enfermagem, 1 (5,26%), odontologia, 3 (16,67%), farmácia, 3 (14,29%) e nutrição, 4 (50%) alunos afirmaram não saber. Apresentou-se diferença estatisticamente significativa (p-valor<0,036), mostrando que a frequência esperada é equivalente à observada. Quanto ao conhecimento do período de incubação do agente etiológico, revelouse que 12 (63,16%) alunos de  enfermagem, 8 (100%) de nutrição, 16 (88,89%) de odontologia e 15 (71,43%) de farmácia não sabiam o período de incubação do bacilo. O p-valor = 0,010 apresentou significância, mostrando que nenhum dos entrevistados do curso de nutrição assinalou a resposta correta. O estudo mostra que os alunos dos cursos de nutrição, farmácia e odontologia apresentam conhecimento não satisfatório sobre a hanseníase. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Sousa NP, Silva MB, Lobo CGL, Barboza MCC, Abdon APV. Análise da qualidade de vida em pacientes com incapacidades funcionais decorrentes de hanseníase. Hansen Int [Internet]. 2011[cited 2015 dez 15];36(1):11-6. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11557#
2 Cid RDS, Lima GG, Souza AR, Moura ADA. Percepção de usuários sobre o preconceito da hanseníase. Rev Rene. 2012;13(5):1004-14. doi: 10.15253/rev%20rene.v13i5.4081
3 Araújo DAL, Brito KKG, Santana EMF, Soares VL, Soares MJGO. Caracterização da qualidade de vida de pessoas com hanseníase em tratamento ambulatorial. Rev Fund Care Online. 2016; 8(4):5010-16. doi: 10.9789/2175-5361.2016.v8i4.5010-5016
4 Poveda VB, Macedo CP, Cerqueira MFF. Avaliação do perfil epidemiológico da hanseníase em um município do interior paulista nos anos de 2000 à 2006. Rev Eletr enf do Vale do Paraíba [Internet]. 2013[acesso 2016 set 18];4(1):1-13. Disponível em: http://www.publicacoes.fatea.br/index.php/reenvap/article/viewArticle/860>.
5 World Health Organization. Global Leprosy update, 2014: need for early case detection. Wkly Epidemiol Rec [Internet]. 2015 [cited 2017 jun 21];90(36):461-76. Available from: http://www.who.int/wer/2015/wer9036.pdf
6 Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informação de Agravos Notificáveis. Registro ativo: número e percentual, casos novos de hanseníase: número, coeficiente e percentual, faixa etária, classificação operacional, sexo, grau de incapacidade, contatos examinados, por estados e regiões, Brasil, 2015. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. [cited 2016 fev 17]. Available from: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/julho/07/tabela-geral-2015.pdf
7 Portal da Saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; c2015 [cited 2016 maio 24]. Ministério da Saúde alerta para diagnóstico precoce de hanseníase. Available from: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia--saude/16302-ministerio-da-saude-alerta-para--diagnostico-precoce-de-hanseniasel
8 Rodrigues MM, Diniz IC, Barbieri AR, Cazola LHO, Longo JDM, Lima AM. O papel transformador do estudante de medicina no cenário da endemia de hanseníase no Brasil: relato de experiência. Rev Bras Edu Med. 2016;40(2):295-300. doi: 10.1590/1981-2712015v40n2e02882014
9 Nascimento DC. Hanseníase: educar para controlar. Hansen Int [Internet]. 2009 [cited 2016 jan 16];34(1):5-6. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10979#
10 Dias A, Cyrino EG, Lastória JC. Conhecimentos e necessidades de aprendizagem de estudantes de fisioterapia sobre a hanseníase. Hansen Int [Internet]. 2007 [cited 2015 maio 10];32(1):9-18. Available from: http://www.ilsl.br/revista/imageBank/298-888-1-PB.pdf
11 Beluci ML, Borgato MH, Galan NGA. Avaliação de cursos multiprofissionais em hanseníase. Hansen Int [Internet]. 2012 [cited 2016 jun 02];37(2):47-53. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=12013
12 Silva CPG, Miyazaki MCOS. Hanseníase e a nutrição: uma revisão da literatura. Hansen. Int [Internet] 2012 [cited 2015 fev 12];37(2):69-74. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=12016#
13 Pereira SVM, Bachion MM, Souza AGC, Vieira SMS. Avaliação da Hanseníase: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem. Rev Bras Enferm. 2008;61(spe):774-80. doi: 10.1590/S0034-71672008000700020.
14 Filgueira AA, Paresque MAC, Carneiro SMF, Teixeira AKM. Saúde bucal em indivíduos com hanseníase no município de Sobral, Ceará. Epidemiol Serv Saúde. 2014;23(1):155-64. doi: 10.5123/S1679-49742014000100015.
15 Santos JJ, Silva FDS, Sampaio LH. Análise do conhecimento dos acadêmicos da universidade estadual de Goiás, UNU-Iporá, à respeito da hanseníase. Rev Sapiência: sociedade, saberes e práticas educacionais [Internet]. 2013 [cited 2016 abr 24];2(1):3-19. Available from: http://www.revista. ueg.br/index.php/sapiencia/article/view/2697
16 García YS. Intervencion educativa sobre el nivel de conocimientos de la lepra em um area de salud. Revista Electronica de Portalesmedicos [Internet]. 2011 [cited 2016 mar 13]. Available from: http://www.portalesmedicos.com/publicaciones/articles/3377/1/Intervencion-educativa-sobre-el-nivel-de-conocimientos-de-la-lepra-en--un-area-de-salud.html
17 Ramírez-Soltero S, Aguirre-Negrete MG, Padilla--Gutiérrez LM. Nivel de conocimientos sobre la lepra en estudiantes universitarios. Salud Publica Mex [Internet] 1990 [cited 2016 mar 15];32(5):583-588. Available from: http://www.redalyc.org/pdf/106/10632509.pdf
18 Jaramillo NB, Rivas DP, Rueda LS. La Lepra en Colombia: estigma, identidad y resistencia en los Siglos XX y XXI. Rev Salud Bosque [Internet]. 2015 [cited 2016 mar 13];5(1):67-80. Available from: https://issuu.com/universidadelbosque/docs/revista_salud_bosque_vol5_num1/104
19. Monte RS, Pereira MLD. Hanseníase: representações sociais de pessoas acometidas. Rev RENE [Internet] 2015 [acesso 2017 jun 25];16(6):863-871. Disponible en:<http://www.redalyc.org/pdf/3240/324043261015.pdf>. Monte RS, Pereira MLD. Hanseníase: representações sociais de pessoas acometidas. Rev RENE. 2015;16(6):863-71. doi: 10.15253/2175-6783.2015000600013.
20 Pires CAA, Viana ACB, Araújo FC. Avaliação de conhecimento em hansenologia de internos do curso de medicina do estado do Para. Hansen Int [Internet]. 2012 [cited 2016 fev 17];37(2 Suppl. 1):79. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11676#
21 Angonesi D, Sevalho Gil. Atenção Farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro. Ciênc saúde coletiva. 2010;15(Suppl 3):3603-14. doi: 10.1590/S1413-81232010000900035.
22 Almeida JRS, Alencar CHM, Barbosa JC, Dias AA, Almeida MEL. Contribuição do cirurgião--dentista no controle da hanseníase. Cad Saúde Colet [Internet]. 2011 [cited 2016 maio 25];19(3): 271-7. Available from: http://www.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2011_3/artigos/csc_v19n3_271-277.pdf

Downloads

Publicado

30-11-2016

Como Citar

1.
Barros PMFP des, Tavares CM, Holanda JB de L, Alves R de S, Santos TS dos, Arcêncio RA. Conhecimento teórico sobre hanseníase por estudantes universitários da área da saúde em município do nordeste brasileiro. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2016 [citado 29º de março de 2024];41(1/2):14-2. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34977

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)