Acesso dos doentes de hanseníase na atenção primária à saúde: potencialidades, fragilidades e desafios
PDF

Palavras-chave

Hanseníase
Atenção Primária à Saúde
Acesso aos Serviços de Saúde
Doenças Negligenciadas
Sistema Único de Saúde

Como Citar

1.
Araujo NM de, Storer JM, Burin EA, Fontes MCF, Arcêncio RA, Pieri FM. Acesso dos doentes de hanseníase na atenção primária à saúde: potencialidades, fragilidades e desafios. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2016 [citado 17º de novembro de 2024];41(1/2):72-83. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/34985

Resumo

Objetivo: A investigação do acesso por meio de publicações científicas, evidenciando suas potencialidades, fragilidades e desafios, traz a possibilidade de desvendar os nós-críticos do sistema de saúde, a fim de alcançar a eliminação da hanseníase. Método: revisão integrativa de estudos indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BIREME, considerando artigos em Português, Inglês e Espanhol, no período de 1993 a junho de 2016. Atenderam aos critérios de seleção 15 artigos. Resultados: apontam que o acesso ao diagnóstico e tratamento da doença apresenta potencialidades, como disponibilização de medicamentos e vínculo com os profissionais de saúde, porém também exige mudanças operacionais pela equipe da saúde frente às Ações de Controle da Hanseníase, a fim de suprir as fragilidades e desafios em conjunto com o compromisso político da Atenção Primária à Saúde, dos quais podem-se destacar o preparo dos profissionais de saúde frente à doença, o diagnóstico precoce e a descentralização. Todas essas informações encontram-se em um quadro que condensa as potencialidades e desafios, assim como uma tabela contemplando as fragilidades encontradas. Conclusão: os municípios necessitam empregar esforços em prol das ações preconizadas pelo Ministério da Saúde em busca da eliminação da Hanseníase.

https://doi.org/10.47878/hi.2016.v41.34985
PDF

Referências

1 Travassos C, Oliveira EXG, Viacava F. Desigualdades geográficas e sociais no acesso aos serviços de saúde no Brasil: 1998 e 2003. Cien Saude Colet. 2006;11(4):975-86. Dói: 10.1590/S1413-81232006000400019
2 Starfield B. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília (DF): UNESCO, Ministério da Saúde; 2002.
3 Houaiss A, Villar MS. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro (RJ): Editora Objetiva;2001.
4 Donabedian A. Aspects of medical care administration. Boston (USA): Harvard University; 1973.
5 Donabedian A. An introduction to quality assurance in health care. New York (USA): Oxford University; 2003.6 Fekete MC. Estudo da acessibilidade na avaliação dos serviços de saúde. In: Santana JP, Santos I,
6 Fekete MC, Galvão EA, Mandelli MJ. Desenvolvimento gerencial de unidades básicas do Sistema Unico de Saúde (SUS). Brasília (DF): Organização Pan-americana da Saúde; 1997.
7 Lanza FM, Carvalho APM, Lanza FCF. Acesso às ações de controle da hanseníase na microrregião de Araçuaí, Minas Gerais: análise da dimensão programática. Hansen Int [Internet]. 2011 [cited 2016 May 27];36(1):106.Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=11396#
8 Sanchez RM, Ciconelli RM. Conceitos de acesso à saúde. Rev Panam Salud Publica. 2012;31(3):260-8. doi: 10.1590/S1020-9892012000300012.
9 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 95, de 26 de janeiro de 2001. Aprova a Norma Operacional da Assistência à Saúde – NOAS-SUS 01/2001 que amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica e da outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 jan. 2001, Seção 1, p. 23. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/
imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=23&data=29/01/2001>. Acesso em: 27 maio 2016.
10 Senna MH, Andrade SR. Indicators and information in local health planning: the perspective of the family health strategy nurses. Texto Contexto Enferm. 2015 Dec; 24(4):950-8. doi: 10.1590/0104-0707201500004340014.
11 Marcolino ABL, Nogueira JA, Ruffino-Netto A, Moraes RM, Sá LD, Villa TCS,et al. Avaliação do acesso às ações de controle da tuberculose no contexto das equipes de saúde da família de Bayeux-PB. Rev Bras Epidemiol. 2009;12(2):144-57.doi: 10.1590/S1415-790X2009000200005
12 Raposo MT, Nemes MIB. Assessment of integration of the leprosy program into primary health care in Aracaju, state of Sergipe, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2012;45(2):203-8. doi: 10.1590/S0037-86822012000200013.
13 Gomide M, Barbosa JC, Heukelbach J, Ramos JRAN. Rede social e rede básica de saúde: o papel formador da Pesquisa Operacional em hanseníase. Cad Saude Colet [Internet]. 2009 [cited Apr 20];17(1):103-14. Available from: http://www.cadernos.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2009_1/artigos/Art_7CSC09_1.pdf
14 Ganong LH. Integrative reviews of nursing research. Research in Nursing & Health. Hoboken [Internet]. 1987 [cited 2016 June 10];10(1):1-11. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3644366
15 Broome ME. Integrative literature reviews in the development in nursing: foundations, techniques and applications. Phipadelphia (USA): W.B Saunders Company; 1993.
16 Organização Mundial da Saúde. Estratégia mundial de eliminação da hanseníase 2016-2020:acelerar a ação para um mundo sem hanseníase. New Dehli, India:Organização Mundial da saúde;2016.
17 Ursi ES, Galvão MC. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. Rev Latino-am Enfermagem. 2006;14(1):124-31. doi: 10.1590/S0103-21002012005000023.
18 Ministério da Saúde (BR), Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Hanseníase. Relatório de Gestão: janeiro de 2009 a dezembro de 2010. Brasília (DF). Ministério da Saúde;2011.
19 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016.
20 Lanza F, Lana FCF. O processo de trabalho em hanseníase: tecnologias e atuação da equipe de saúde da família. Texto Contexto Enferm. 2011;20(Esp):238-46. doi: 10.1590/S0104-07072011000500030
21 Santana SC, Ueda ES, Schreuder PAM, Gomide M. Papel das ações educativas e o controle da hanseníase no município de Ariquemes, Rondônia. Cad Saude Colet [Internet]. 2008 [cited 2016 Jun 9];16(2):181-92. Available from: http://iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2008_2/artigos/CSC_IESC_2008_2_3.pdf
22 Pereira AJ, Helene LMF, Pedrazini ES, Martins CL, Vieira CSCA. Atenção básica de saúde e a assistência em Hanseníase em serviços de saúde de um município do Estado de São Paulo. Rev Bras Enferm.2008;61(n. spe):718-26. doi: 10.1590/S003471672008000700011.
23 Lapa TM, Albuquerque MFPM, Carvalho MS, Silveira JCJunior. Análise da demanda de casos de hanseníase aos serviços de saúde através do uso de técnicas de análise espacial. Cad Saúde Pública. 2006;22(12):2575-83. doi: 10.1590/S0102--311X2006001200008.
24 Pimentel MIF, Andrade M, Valle CLP, Xavier AGM, Bittencourt ALP, Macedo LFS. Descentralização do diagnóstico e tratamento da hanseníase no Estado do Rio de Janeiro: Avanços e Problemas.HansenInt [Internet]. 2004 [cited 2016 Jun 20];29(2):94-100. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10683
25 Golzari SEJ, Ghabili K, Bazzani AM, AslanabadiS. World Leprosy Day: where does Iran stand? The Lancet. 2013;381(9863):60133-6. doi: 10.1016/S0140-6736(13)60133-6.
26 Correia CMF, Pimentel NSN, Fialho VML; Oliveira RML, Gomide M Heukelbac J. Fatores associados à alta demanda de pacientes com hanseníase em centro de referência em Manaus, Amazonas. Cad Saúde Colet [Internet]. 2008 [cited 2016 Jun 10];16(2):16980. Available from: http://www.cadernos.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2008_2/artigos/CSC_IESC_2008_2_2.pdf
27 Oliveira CR, Alencar MJF, Santana SC, Sena Neto SA, Ramos Junior AN. Fatores que influenciaram a inadequação do diagnóstico e do acompanhamento dos estados reacionais em hanseníase no Estado de Rondônia, Brasil. Hansen Int [Internet].2007 [cited 2016 Jun 10];32(2):185-96. Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10750
28 Arantes CK, Garcia MLR, Filipe MS, Nardi SMT, Paschoal VDA. Avaliação dos serviços de saúde em relação ao diagnóstico precoce da hanseníase. Epidemiol Serv Saude. 2010;19(2):155-64.doi: 10.5123/S1679-49742010000200008.
29 Cunha MD, Cavaliere FAM, Hercules FM, Duraes SMB, Oliveira MLWDR, Matos HJ. Os indicadores da hanseníase e as estratégias de eliminação da doença, em município endêmico do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2007;23(5):1187-97. doi: 10.1590/S0102--311X2007000500020.
30 Martins BDL, Torres FN, Oliveira MLWDR. Impacto na qualidade de vida em pacientes com hanseníase: correlação do ermatology Life Quality Index com diversas variáveis relacionadas à doença. An Bras Dermatol. 2008;83(1):39-43. doi: 10.1590/S036505962008000100005
31 Colomé ICS. Práticas clínica das enfermeiras na Estratégia de Saúde da Família: exercendo a clínica do cuidado [tese]. Porto Alegre (RS): Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2013.
32 Ferreira AC, Suleiman CBC, Silva LFMS, Silva SMMS, Ramos Junior AN, Heukelbach J. Conhecimentos e condutas práticas dos profissionais de saúde da atenção primária a respeito da hanseníase no estado do Tocantins, Brasil. Cad Saúde Colet [Internet]. 2009 [cited 2016 Jun 7];17(1):39-50. Available from: http://www.cadernos.iesc.ufrj.br/cadernos/images/csc/2009_1/artigos/Art_3CSC09_1.pdf
33 Freitas CASL, Silva AV Neto, Ximenes FRG Neto, Albuquerque IMN, Cunha ICKO. Consulta de enfermagem ao portador de hanseníase no território da Estratégia da Saúde da Família: percepções de enfermeiro e pacientes. Rev Bras Enferm. 2008;61(n.spe):757-63.doi: 10.1590/S0034-71672008000700017.
34 Lastoria JC, Putinatti MSMA. Utilização de busca ativa de hanseníase: relato de uma experiência de abordagem na detecção de casos novos. Hansen Int [Internet].2004 [cited 2016 Jul 1];29(1):6-11.Available from: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10667
35 Ministério da Saúde (BR). Hanseníase no Brasil, dados e indicadores selecionados. Programa Nacional de Controle da Hanseníase. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2009.
36 BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 20 set. 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm>. Acesso em:21 jun 2017.
37 Curto M, Barboza DB, Paschoal VDA. Avaliação da importância do diagnóstico e tratamento precoce da hanseníase em relação ao custo do tratamento. Arq Ciênc Saúde [Internet]. 2007 [cited 2016 Jul 2];14(3):153-60. Available from: http://repositorio-acs.famerp.br/racs_ol/vol14-3/IIIDDD211.pdf
38 Raffe SF, Thapa M, Khadge S, Tamang K, Hagge D, Lockwood DNJ. Diagnosis and treatment of leprosy reactions in integrated services---the patients’ perspective in Nepal. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(3):e2089. doi: 10.1371/journal.pntd.0002089.
39 Pinto RJ, Maia HF, Silva MAF, Marback M. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes notificados com hanseníase em um hospital especializado em Salvador, Bahia. Rev Bahiana Saúde Pública. 2011;34(4):906-18. doi: 10.22278/2318-2660.2010.v34.n4.a82.
40 Morais JP, Torritezi K, Silva TAAS, Martin YC. Visão da população do Município de São Paulo quanto à ocorrência da hanseníase e seu comportamento para a prevenção. Rev Inst Ciênc Saúde [Internet]. 2009[cited 2016 July 5];27(3):201-5. Available from: http://www.unip.br/comunicacao/publicacoes/ics/edicoes/2009/03_jul- set/V27_n3_2009_p201-205.pdf
41 Massaroli A, Saupe R. Distinção conceitual: educação permanente e educação continuada no processo de trabalho em saúde. In: Anais do 2º Seminário Internacional sobre o Trabalho em Enfermagem; 2008 Abr 1-19; Curitiba, Brasil.
42 Souza AMA, Galvão EA, Santos I, Roschke MA. Processo educativo nos serviços de saúde. In: Santana JP, Castro JL, organizadores. Capacitação e desenvolvimento de recursos humanos de saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 1999.
43 Dias RC, Pedrazzani ES. Políticas públicas na Hanseníase: contribuição na redução da exclusão social. RevBrasEnferm. 2008;61(spe):753-6. doi:10.1590/S0034-71672008000700016.
44 Resende DM, Souza MR, Santana CF. Hanseníase na Atenção Básica de Saúde: principais causas da alta prevalência de hanseníase na cidade de Anápolis-GO. Hansen Int [Internet]. 2009 [cited May 13];34(1):27-36.Availablefrom: http://www.ilsl.br/revista/detalhe_artigo.php?id=10983
45 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.º 1073, de 5 de junho de 2002. Altera os tetos financeiros mensais dos municípios abaixo, habilitados em Gestão Plena do Sistema Municipal e dá outras providencias. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 jun. 2002. Seção 1, p. 28, Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=28&data=10/06/2002>. Acesso em: 20 jun. 2016.

Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.