Hanseníase em menores de 15 anos na cidade de Juazeiro-BA

Autores

  • Luiza Taciana Rodrigues de Moura Enfermeira. Profª Auxiliar do colegiado de Enfermagem da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF.
  • Tânia Rita Moreno de Oliveira Fernandes Médica Dermatologista Hansenológa. Profª Auxiliar do Colegiado de Medicina da UNIVASF.
  • Lívia Dias Mangueira Bastos Graduanda em Enfermagem - UNIVASF.
  • Igara Cavalcanti Feitosa Luna Graduanda em Enfermagem - UNIVASF.
  • Lara Barreto Machado Graduanda em Medicina– UNIVASF.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2012.v37.35085

Palavras-chave:

hanseníase, epidemiologia, criança

Resumo

A hanseníase é uma doença que requer atenção dos órgãos e profissionais de saúde. A alta endemicidade da doença em um local pode ser detectada através do coeficiente de detecção em menores de 15 anos, quando maior de 10 por 100.000 habitantes indica alta taxa de transmissibilidade da doença no meio. Em 2010 em Juazeiro, esse coeficiente foi de 41,89 por 100.000 habitantes. O presente estudo trata-se de um projeto vinculado ao Programa de Educação para o Trabalho em Saúde (PET-Vigilância em Saúde) e à Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), o qual visa identificar e analisar de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN) e o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) os casos de Hanseníase notificados em menores de 15 anos, no ano de 2010. Dentre os dados analisados, destaca-se que dos 183 casos de hanseníase notificados em 2010, 10% (18 casos) ocorreram em menores de 15 anos, com ocorrência predominante em bairros periféricos, nas faixas etárias de 6 a 11 anos e de 12 a 14 anos, sendo prevalente o sexo feminino, a classificação operacional predominante foi paucibacilar. A implantação e a efetividade de novas ações vinculadas ao PET caracterizam-se como de extrema importância para município, dado a sua hiperendemicidade para hanseníase. Educação em saúde, treinamentos, incentivo a notificação correta dos casos e acompanhamento dos doentes e seus contatos são ações que podem melhorar os índices encontrados e qualidade de vida da população.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Junqueira TB; Oliveira HP de. Lepra/Hanseníase: Passado - Presente. Ver Ciênc Cuid Saúde. 2002; 1 (2): 263-266.
2 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Dermatologia Sanitária. Hanseníase: atividade e controle. Brasília; Ministério da Saúde; 2001.
3 Oliveira SS; Guerreiro LB; Bonfim PM. Educação para a saúde: a doença como conteúdo nas aulas de ciências. Hist Cienc Saúde – Manguinhos. 2007; 14(4):1313-1328.
4 Organização Mundial da Saúde. Estratégia global aprimorada para redução adicional da carga da hanseníase: 2011-2015: diretrizes operacionais (atualizadas). / Organização Mundial da Saúde. Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde, 2010.
5 BRASIL, Ministério da Saúde.Departamento de Atenção Básica Secretaria de Atenção à Saúde. Cad Atenção Básica 2007; 21.
6 BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria Conjunta nº 125, de 26 de março de 2009. Diário Oficial da União. Define ações de controle da hanseníase. [online]. Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br> acesso em 25 de janeiro de 2011.
7 Oliveira, CAR. Perfil Epidemiológico da Hanseníase em Menores de 15 Anos no Município de Teresina. (Dissertação). Teresina: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; 2008.63p. Mestrado em Saúde Pública.
8 Ferreira, IN; Alvarez, RRA. Hanseníase em menores de quinze anos no município de Paracatu, MG ( 1994-2001). Rev Bras Epidemiol. 2005; 8 (1): 41-49.
9 Souza, WV et al. Aplicação de modelo bayesiano empírico na análise espacial da ocorrência de hanseníase. Rev Saúde Pública. 2001; vol.35, n.5, pp. 474-480.
10 Imbiriba, EB et al. Perfil Epidemiológico da Hanseníase em menores de 15 anos de idade, Manaus (AM) 1998-2005. Rev
Saúde Pública. 2008 dez; 42 ( 6 ):1021-1026.
11 Amaral EP, Lana FCF. Análise espacial da Hanseníase na microrregião de Almenara, MG, Brasil. Rev Bras Enferm. 2008; 61 (spe):701-707.
12 Lana, FCF et al. Hanseníase em menores de 15 anos no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil. Rev Bras Enferm. 2007; 60 (6): 696-700.
13 Alencar CHM et al. Hanseníase no município de Fortaleza, CE, Brasil: aspectos epidemiológicos e operacionais em menores de 15 anos (1995 -2006). Rev Bras Enferm. 2008; 61 ( spe): 694-700.
14 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle
da hanseníase. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2002.
15 Helene, LMF;Salum, MJL. A reprodução social da hanseníase: um estudo do perfil de doentes com hanseníase no município de São Paulo. Cad Saúde Pública. 2002; 18(1):101-13.
16 Araújo, MG. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003; 36 (3): 373-382.
17 Duarte, MTC; Ayres, JA; Simonetti,JP. Socioeconomic and demographic profile of leprosy carriers attended in nursing
consultations. Rev Latino-am Enfermagem. 2007 set.-out.; 15(spe):774-9.
18 Cunha, MD da et al. Os indicadores da hanseníase e as estratégias de eliminação da doença, em município endêmico do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2007; 23 (5): 1187-1197.

Downloads

Publicado

30-06-2012

Como Citar

1.
Moura LTR de, Fernandes TRM de O, Bastos LDM, Luna ICF, Machado LB. Hanseníase em menores de 15 anos na cidade de Juazeiro-BA. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2012 [citado 18º de abril de 2024];37(1):45-50. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35085

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)