Resumo
Foram avaliados os motivos de irregularidade dos pacientes no controle de Hanseníase no Centro de Saúde do bairro Tibery, onde Já estava implantado o programa descentralizado de atendimento ao portador da doença. De um total de 115 pacientes registrados na unidade, foram detectados através das fichas de aprazamento e banco eletrônico, 45% de faltosos no controle em 1987 (52 pacientes). Foram aplicados questionários em visitas domiciliares a 24 destes (46%), sendo que, 28 pacientes (54%) não foram localizados devido à mudança de endereço ou recusa em responder o questionário. Analisou-se as formas clinicas apresentadas, a faixa etária, a situação trabalhista, os exames dermato-neurológicos e baciloscápicos no último ano, o uso regular da medicação, o conhecimento sobre a doença e as causas relatadas pelos pacientes de falta ao controle. São discutidas as falhas do programa de controle da hanseníase relacionando os fatores psicossociais e técnico-operacionais que interferem na Integração do programa como atividade de rotina nos Centros de Saúde.
Referências
2 COHN,A. Formas de Insensibilidade. Jornal Folha de São Paulo, C-3, 11 de abril de 1989.
3 ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA FIOCRUZ Hanseníase. AtendimentoIntegrado na Rede Básica é a solução. RADIS, tema 5, Ano I, ag:1-12, 1983.
4 GROSSI, M.A.F. Noções de Hansenologia. In forme Técnico da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais. n.6, 1987.
5 HERZIUCH, C. Salud e Malaide, <tese> Mimeo,1969.
6 UVORATO, F. et al. Aspectos Epidemiológicos da Hanseníase em Uberlândia, MG (1973-1983). Rev. Ass.Med. Brasil, 33(516):109-117, 1987.
7 MAGALDI, C. Há recursos. Por que Fracassa o Controle da tuberculose? Saúde em Debate, 5:26-30, 1977.
8 MS/DNDS. Hanseníase: Fenômeno Social do Estigma. Módulo 1, 1987.
9 MS/DNS. Portaria no 001/87, 19p., 1987.
10 MS/SNPES/DNDS. Relatório consolidado dos Encontros Macrorregionais de Avaliação de Desempenho/1987. Brasília, 1988, 6p.
11 MS/DNDS/SNABS. Situação da Hanseníase no Brasil. Boletim Nacional de Epidemiologia. n.7, Brasília, 1988.
12 OLIVEIRA, E.L. et al. Grupoterapia com pacientes de Hanseníase. Psicossomática. 106-110, 1987.
13 OLIVEIRA, M.L.W. As Novas Instruções Normativas do Programa de Controle da Hanseníase. Hansen. Int., 12(2):38-46, 1987.
14 QUADRA, A.A.F. Viver é Resistir. A história Natural da Doença. Edição Achiamé, Rio de Janeiro,1983.
15 ROTBERG, A. et al. Lepra x Hanseníase. Ars. Durand', 58-69, 1983.
16 ROUILLON,A. Problemes poses par ('organization d'un traitement ambuiatoire efficace des maladesTuberculeucam. Motivation. Bull. Un. Int Tuberc.,4772-87,1972.
Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.