Estudo da adesão ao tratamento da hanseníase no município de Duque de Caxias - Rio de Janeiro. "Abandonos ou abandonados"
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Palavras-chave

Hanseníase
Abandono
Adesão
Análise espacial
Rio de Janeiro

Como Citar

1.
Ignotti E, Andrade VLA, Sabroza PC, Araújo AJG. Estudo da adesão ao tratamento da hanseníase no município de Duque de Caxias - Rio de Janeiro. "Abandonos ou abandonados". Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 2001 [citado 14º de novembro de 2024];26(1):23-30. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35330

Resumo

Este estudo teve por objetivo analisar os fatores determinantes do abandono do tratamento da hanseníase no município de Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro, área hiperendêmica com um dos maiores índices de abandono do tratamento no Estado nos últimos anos. Dos 855 casos notificados entre 1995 e 1997, construíram-se coortes administrativas com 483 pacientes, 160 casos multibacilares e 323 paucibacilares. Destes, 73 casos estavam classificados pelo nível local como em abandono de tratamento. Verificou-se que os casos multibacilares têm o dobro de chance de abandonar o tratamento em relação aos casos paucibacilares (RPC= 2,07 (1,21 - 3,55)). Este aspecto tem especial relevância quando consideramos que tais casos apresentaram até cinco vezes mais incapacidades físicas que os casos paucibacilares. Na análise espacial observou-se que tanto a detecção quanto oabandono distribuem-se por toda área do município. Os resultados mostram que as taxas de  abandono estão superestimadas, quando avaliadas segundo o atual esquema terapêutico proposto para casos multibacilares. Além disso, ao se considerar o índice de adesão, tais casos não têm significado epidemiológico na manutenção da transmissão da hanseníase visto que apenas 3,5% dos pacientes receberam doses insuficientes. Para um maior sucesso no controle desta endemia recomenda-se que as estratégias adotadas sejam voltadas para a detecção precoce de casos, o que terá influência na redução do abandono do tratamento.

https://doi.org/10.47878/hi.2001.v26.35330
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