Resumo
O presente estudo teve como objetivo verificar o conhecimento sobre hanseníase entre os trabalhadores braçais e os profissionais de enfermagem em dois municípios limítrofes do Estado de Minas Gerais. Fizeram parte do estudo 132 pessoas, sendo 78 profissionais da equipe de enfermagem e 54 trabalhadores braçais. O instrumento de pesquisa utilizado foi a entrevista estruturada. Os resultados demonstraram que a terminologia hanseníase ainda é pouco conhecida entre os trabalhadores braçais, onde apenas 18,5% responderam conhecer a doença como hanseníase. 35,2% da equipe de enfermagem e 31,1% dos trabalhadores braçais responderam conhecer esta doença também como "doença do sangue". Em relação ao modo de transmissão 15,3% da equipe de enfermagem responderam não saber como a doença é transmitida, próximo ao percentual dos trabalhadores braçais (18,5%). No que diz respeito à cura da doença, 47,5% da equipe de enfermagem afirmaram não existir a cura, aproximando do percentual dos trabalhadores braçais (48%). A "ferida" e a "deformidade física" ainda está presente no imaginário dos entrevistados. Verificamos portanto, que um grande esforço tem que ser feito no sentido de esclarecer a população sobre esta endemia e o mesmo deve ser feito junto às diferentes categorias que pertencem à equipe de enfermagem.
Referências
2. LEBOEUF, M. A. A., GROSSI, M. A. F. Hanseníase: um problema de saúde pública. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, s.d.
3. LESSA, Z.L. Hanseníase e educação em saúde: o confronto entre o conhecimento científico, empírico e teológico. São Paulo,
1986. Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo (dissertação de mestrado). 340p.
4. LEVÍTICO. In: Bíblia Sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida, Brasília, Sociedade Bíblica do Brasil, 1969. p.122-26.
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