Palavras-chave
Quimioterapia combinada
Estudos prospectivos (não concorrente)
Como Citar
Resumo
A partir da situação atual e atuação anterior no controle da hanseníase, Epidemiologia e Serviços Locais de Saúde (SILOS), empreendeu-se estudo observacional analítico de cohorte retrospectiva de 377 hansenianos matriculados em unidade sanitária de cidade da Região Sudeste do Estado de São Paulo, Brasil, e no seu interior, investigação nos 71 (18,83 %) aí registrados como doentes retratados. Aplicado esse plano de análise, considerou-se como exposição o tratamento específico ministrado anteriormente aos retratados: poliquimioterapia (PQ1) ou outros. Investigaram-se como possíveis variáveis associadas, as distribuições de freqüência de sexo, categoria de reingresso, forma clínica (segundo diagnósticos clínico e histopatológico),
incapacidades físicas (grau e localização em membros inferiores e superiores), número de comunicantes e ocorrência de episódio reacional. Dos resultados obtidos, destacam-se de interesse, no primeiro âmbito, as características descritivas do grupo considerado. Especificamente, em relação ao contingente de retratamentos, 21,13% se referem a tratamento primário por PQT, os quais apresentam gradientes de ocorrência em poucas das variáveis consideradas, quando comparados com aqueles submetidos a outros esquemas. A apreciação conjunta destas duas ordens de fato parece apontar para dificuldades deatingimento da meta da Organização Mundial da Saúde de eliminação da doença como problema de Saúde Pública no ano 2000.
Referências
2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de controle da hanseníase. Brasília: 1984.
3. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano de eliminação da hanseníase no Brasil para o período de 1995-2000. Inf. Epidemiol. SUS, v. 3, n. 2, p. 43-51, 1994.
4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Eliminação da hanseníase - uma meta em discussão. Bol. Epidemiol. Brasília, p. 2, 1996.
5. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cobertura do programa de controle e eliminação da hanseníase. Brasília: Coordenação Nacional de Dermatologia Sanitária, 1997.
6. EUCLYDES,R.F.Sistema para análises estatísticas (Guiade uso resumido). Viçosa: Fundação Arthur Bernardes, 1987. 82p.
7. FERREIRA, J. Validade do grau de incapacidades como indicador de diagnóstico tardio da hanseníase. Hans. Int. n° special, p. 79-84, 1998.
8. GONÇALVES, A. Ações em saúde. São Paulo: Papiro, 1979. 119p.
9. GONÇALVES, A. Epidemiologia e controle da hanseníase no Brasil. Bol. Of. Sanit. Panam. v. 102, n.3, p. 246-256, 1987.
10. GONÇALVES, A., GONÇALVES, N.N.S. A poliquimioterapia na hanseníase, com especial referência ao Brasil. Bras. Med. v. 23, n.1-4, p. 5-10, 1986.
11. LILIENFELD, A. M., LILIENFELD, D.E. Fundamentos da epidemiologia. México: Addison Wesley, 1987.
12. MONTEIRO, H.L., GONÇALVES, A., PADOVANI, C.R. A hanseníase no contexto da transição epidemiológica: relações entre grau de sedentarismo e incapacidades físicas. Trabalho apresentado no CONGRESSO DO COLÉGIO DE HANSENOLOGIA PARA OS PAÍSES ENDÊMICOS, 42 , Foz do Iguaçu: 1997.
13. MORAES, I.H.S., KALIL, M.E.X. Sistemas locais de saúde (SILOS): bibliografia comentada da produção brasileira. Rio de Janeiro:
Fiocruz/ENSP, 1993.
14. NOBREGA, R.C., MASCANI, M. Aspectos epidemiológicos da hanseníase na região do Vale do Paraíba. Trabalho apresentado no CONGRESSO BRASILEIRO DE HIGIENE, 192 , CONGRESSO PAULISTA DE SAÚDE PÚBLICA, 12, São Paulo: 1997.
15. NORDEEN, S.K. Elimination of leprosy. Hans. Int, n° especial, p. 7-13, 1998.
16. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE — OMS. Um guia para eliminar a hanseníase como problema de saúde pública. Genebra: 1995.
17. OPROMOLLA, D.V.A. Contribuição ao estudo da terapêutica da lepra (hanseníase). Bauru: Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, 1972. Tese (doutorado).
18. OPROMOLLA, D.V.A. Terapêutica da hanseníase. Medicina (Rib. Preto), v.30, p.345-350, 1997.
19. OPROMOLLA, D.V.A. A hanseníase após a cura. Hans. Int. v. 23, n.1/2, p. 1-4, 1998.
20. OPROMOLLA, D.V.A., NÓBREGA, R.C., GONÇALVES, N.N.S., PADOVANI, S.H.P., PADOVANI, C.R., GONÇALVES, A. Estimativa da prevalência de hanseníase através de investigação em demanda inespecífica de agências de saúde. Rev. saúde públ., v. 24, n. 3, p. 17885, 1990.
21. ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD - La eliminación de la lepra de Ias Américas. Bol. Epidemiol. v.17, n.3, p.13-16, 1996.
22. PARRA, M.C. Caracterización socio-económica de los leprosos atendidos en la unidad de dermatologia sanitaria de Maracaibo,
Venezuela: un estudio de casos. Cad. Saúde Públ. v. 12, n. 2, p. 225-231, 1996.
23. SÃO PAULO - Secretaria de Estado da Saúde. Centro de Vigilância Epidemiológica. Relatório da endemia hansênica no estado de 5ão Paulo. São Paulo: 1997.
24. SHEPARD, C.C. Chemotherapy of leprosy. Annual Review of Pharmacology California, v. 9, p. 37-50, 1969.
25. SUAREZ, R.E.G., LOMBARDI, C. Estimado da prevalência oculta de la lepra. Hans. Int., v. 22, n. 2, p. 31-34, 1997.
26. TRINDADE, M.A.B., LIMA, F.D., ALMEIDA, R.G. - Incapacidades físicas em hanseníase no momento do diagnóstico 1 - Avaliação das incapacidades. Hans. Int., v.12, n.2, p. 19-26, 1987.
27. WATERS, M.F.R., REES, R.J.W., Mc DOUGALL, A.C., WEDOELL, A.Q.M. Ten years of dapsone in lepromatous leprosy: clinical, bacteriological and histological assessment and the finding of viable leprosy bacilli. Leprosy Rev. v. 45, p.288-298, 1974.
28. WORLD HEALTH ORGANISATION — WHO. Control of Tropical Diseases: Leprosy. Geneva: 1994.
29. WORLD HEALTH ORGANISATION — WHO. Report of the International Conference on the Elimination of leprosy. Geneva: 1994.
Este periódico está licenciado sob uma Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Downloads
