Prevalência de HIV1 em pacientes de hanseníase no Rio de Janeiro - Brasil

Vera Andrade; Tadiana Moreira Alves; João Carlos Regazzi Avelleira; Manuel Bayona

doi:10.47878/hi.1996.v21.35418

Autores

Vera Andrade Médica sanitarista. Departamento de Epidemiologia da Superintendência de Saúde Coletiva da Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro
Tadiana Moreira Alves Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária. Rio de Janeiro - Brasil
João Carlos Regazzi Avelleira Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária. Rio de Janeiro - Brasil
Manuel Bayona MD, Ph.D. Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Colégio de Saúde Pública. Universidade do Sul da Flórida - Tampa, Flórida - USA

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1996.v21.35418

Palavras-chave:

estudo de prevalência, infecção por HIV1, AIDS, Hanseníase, Epidemiologi, doadores de sangue

Resumo

A finalidade deste estudo foi a de saber se a infecção pelo HIV1 estaria associada à hanseníase no Rio de Janeiro, Brasil, comparando-se a taxa de prevalência de 1.016 pacientes de hanseníase testados de forma voluntária com 78.482 doadores de sangue. Com esta finalidade um estudo de prevalência de anticorpos anti-HIV1 foi realizado no Rio de Janeiro de 1990 a 1992. A prevalência de HIV1 em pacientes de hanseníase foi de 2,9 por 1.000 (3 casos) e entre os doadores de sangue a prevalência foi de 3,8 por 1.000 ( 282 casos ). Uma vez que os casos de HIV1 entre pacientes de hanseníase se limitaram a homens, as pacientes femininas foram excluídas das análises posteriores. Pacientes de hanseníase do sexo masculino apresentaram um prevalência ligeiramente mais alta para o HIV1 do que os doadores de sangue, antes e depois do ajuste por idade. Entretanto, este resultado não foi estatisticamente significativo (RPC ajustado = 1,38, 95% CI 0,25-4,5, p = 0,83). Estes resultados não demonstram que hanseníase e a infecção pelo HIV1 estejam associados no Estado do Rio de Janeiro. Estes achados são compatíveis com os resultados de investigações semelhantes em outros centros.

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