Recidiva ou reação reversa?
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Palavras-chave

reação reversa
recidiva
reinfecção

Como Citar

1.
Opromolla DV. Recidiva ou reação reversa?. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 1994 [citado 21º de dezembro de 2024];19(1):10-6. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35458

Resumo

É descrito o caso de uma mulher de 88 anos, portadora de hanseníase BT que foi internada no Instituto "Lauro de Souza Lima", apresentando grandes placas eritematosas em todo o corpo que apareceram abruptamente. Ela, em 1935, já havia sido  internada neste Instituto apresentando um quadro semelhante, menos intenso e que desapareceu espontâneamente em 2 anos. Na primeira vez puderam ser demonstrados bacilos somente em uma pun cão de linfonodo, mas no segundo surto foram visto bacilos em todas as lesões. Em ambas as ocasiões o exame histopatológico das lesões revelou a presença de granulomas tuberculoides. Geralmente este tipo de fenômeno reacional tem uma duração de vários meses e o intervalo entre um e outro pode oscilar entre dois a tres meses até uns poucos anos(cinco anos em um caso descrito por Wade). Em nosso caso o intervalo entre os dois surtos reacionais foi extremamente longo, 40 anos.Achamos dificil admitir que o too de fenômeno reacional descrito seja devido a uma rein fecção, devido ao too de lesões observadas e o aparecimento de algumas delas junto ao local das lesões regredidas do primeiro surto. Consideramos mais provável que o aparecimento do segundo surto neste caso, está relacionado com a multiplicação de bacilos persistentes que foram destruidos pelo sistema imune, liberando antígenos que desencadearam uma reação de hipersensibilidade retardada cuja expressão clínica foram as lesões cutâneas reacionaisisso poderia explicar qualquer outro surto agudo rotulado como reação reversa que ocorra antes, durante ou após a interrupção da terapêutica. Desta maneira não haveria necessidade em diferenciar reação reversa de recidiva após o término do tratamento e seria então importante reavaliar o real efeito da quimioterapia nesses casos reacionais.

https://doi.org/10.47878/hi.1994.v19.35458
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Referências

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