Leprosy spread in urban area: part I: epidemiological characteristics of an endemic urban area for leprosy: the county of São Gonçalo, Rio de Janeiro state, Brazil

Autores

  • Vera L.G. ANDRADE Supervisor of Leprosy Control Program. Collective Health Superintendence, Rio de Janeiro state Secretariat SUDS/SESRJ.
  • Paulo Chagastelles SABROZA Associate Professor, Public Health National School/FIOCRUZ.
  • Antonia J. Werneck de CASTROS Public Health Physician, Leprosy Control Program. Collective Health Superintendence, SUDS/SESRJ.
  • Célio Paula MOTTA Coordinator of the Leprosy Control Program. Collective Health Superintendence, SUDS/RJ.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1990.v15.35500

Palavras-chave:

Hanseníase, Área Urbana, Epidemiologia, Inquérito, Contatos, Morbidade

Resumo

Dentre as necessidades de aprofundamento dos estudos epidemiológicos da difusão da Hanseníase em meio urbano, destaca-se a avaliação do Sistema Local de Informação, como instrumento de base para se efetuar uma análise epidemiológica e operacional. O sistema de informação foi utilizado ainda como base para o planejamento do estudo  populacional. No presente trabalho, a realização do mapeamento dos casos registrados em três Unidades Sanitárias nos respectivos setores censitários, assim como a análise dos indicadores específicos epidemiológicos e operacionais, permitiram a caracterização do município de São Gonçalo como área urbana endêmica de Hanseníase, a delimitação dos focos e o planejamento do inquérito. A partir dos indicadores específicos, segundo idade, sexo e forma clínica na data do registro do caso verificou-se uma taxa de detecção mais elevada nas mulheres do que nos homens, como também uma tendência de aumento das formas Tubercu!áides. No inquérito epidemiológico desenvolvido durante 85 dias, visitaram-se 926 domicílios, onde realizaram-se entrevista, exame físico, medidas antropométricas e aplicação do Antígeno Solúvel (AS)- Tal inquérito foi levado a cabo com equipe de profissionais de saúde e de comunitários especialmente treinados e padronizados. Os resultados produzidos confirmaram que nos setores censitários sem casos registrados não foi encontrado nenhum caso e que as visitas domiciliares durante o domingo não apresentaram uma produtividade superior aos demais dias da semana. O conjunto dos achados nos leva a concluir que o Sistema Local de Informação é um instrumento válido para a descrição das características da endemia neste município e a construção de um cadastro adequado ao planejamento de estudos populacionais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. ALBUQUERQUE, M.F.M- A hanseníase no Recife: um estudo epidemiológico para o período de 1960-1985- Reciíe, 1987-191p- (Tese - Universidade Federal de Pernambuco)
2. ANDRADE, V.L.G.; MARQUES, A.B-; CUNHA, L.H.V.; AVELLEIRA, J-R. Feasibility of multidrug therapy (MDT) in Hansen's disease in urban population, Curupaiti State Hospital. Int.J.Leprosy, 55:435-440,1987.
3. AZULAY, R.D. Lepromino-reação em coletividades indenes de lepra. Rev.Bras.Leprol-, 30:97-102, 1962.
4. BANCROFT, H.; GIUNTO, R.S.; RODRIGUEZ, J.N.; MARQUES, A.P. A note on familial relationship and the risk of developing leprosy. Int.J.Leprosy, 12;79-82, 1944.
5 - BARROS, J.M-; QUAGLIATO, R.; VEITIEKA, J.; NETTO, J.P.; CAMARGO, D.P. Censo leprótico intensivo de Santa Gertrudes. Rev-Bras.Leprol-. 28:157-166 1960.
6. BECHELLI, L.M. Simpósio sôbre a epidemiologia e a profilaxia da lepra (1933/53). Rev-Bras.Leprol.,_22(3/4):157,1954.
7. BECHELLI, L-M- & MARTINEZ DOMINGUEZ, V. Further information on the leprosy problem in the world- Bol Org. Mund. Saúde. 46:523-536, 1972.
8. BECHELLI, L.M. & ROTBERG, A. Idade e lepra: estudo dos fatores exposição e resistência- Rev.Bras-Leorol., 17:31-44, 1949.
9. BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- Dados distritais. Rio de Janeiro, 1980- 187p.
10. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Guia para o controle da hanseníase. Brasília, Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1984. 100p.11.
11. CHATURVEDI, R.M. Epidemiological study of leprosy in Malawani: suburb of Bombay. Lepr.Rev-. 59:113-120, 1988.
12. CONVIT, J.; ARANZAZU, N.; ULRICH, M.; ZUNIGA, M.; ARAGON, M.E.; ALVARADO, J.; REYES, OInvestigations related to the development of a leprosy vaccine. Int.J.Leprosy. 51:531-539, 1983-
14. CONVIT, J.; ARANZAZU, N.; ZUNIGA, M.; ULRICH, M.; PINARDI, M-E-; CASTELLAllI, Z.; ALVARADO, J - Immunotherapy and
immunoprophylaxis of leprosyLepr.Rev-, (special issue) : 47S-60S, 1983.
15. DAUMERIE, D-; ANTIOPE, L-; HUSSER, J-A-; VIMONT-VICARY, P.; NEBOUT, MEvaluation de l'endémie lépreuseen zone urbaine: enquôte par sondage au niveau de ménages résultats à Bamako, République du Mali- Acta.Leprol.. 5:183-197, 1987.
15. DEL FAVERO, W. O censo intensivo de Candeias. Arch-Serv.Nac.Lepra. 1:87-235, 1948.
16. DOULL, J.A.; GUINTO, R.S.; RODRIGUEZ, J.N.; BANCROFT, II. The incidence of leprosy in Cordova and Talizay, Cebu. Part I- Int-J-Leprosy. 10:107-131, 1942.
17. DOULL, J.A.; RODRIGUEZ, J.N.; GUINTO, R.; PLANTILHA, F-C- A field study of leprosy in Cebu. Int. J. Leprosy. 4:141- 170, 1936.
18. FINE, P.E.M. Leprosy: the epidemiology of a slow bacterium. Epidem- Rev.. 4:161- 217, 1982.
19. FROST, W.H. The familial aggregation of infectious disesases. Amer-J-Publ.Hlth., 28:7-13, 1938.
20 FROST, W.H. La seleccion por edad de la mortalidad por tuberculosis, en decadas sucesivas. In: EL desafio de la epidemiologia: problemas y lecturas seleccionadas. Washington, D.C, PAHO, 1988. p.181-184. (PAHO. publicacion cientifica, n. 505).
21. GUINTO, R.S.; RODRIGUEZ, J.N.; DOULL, J.A. The trend of leprosy in Cordova and Talisay, Cebu Province - Philippines. Int.J.Leprosy. 22:409-430, 1954.
22. HABICH, J.P. Estandarizacion de metodos epidemiologicos cuantitativos sobre el terreno- Bol-Ofic.Sanit. Panamer-, 76:376-384, 1974.
23. HUANG, C.L.H. La transmission dela lepra en el hombre. Int.J.Leprosy 48:216-217, 1980.
24. HUNTER, J-M. &TOMAS, M-O- Hypothesis of leprosy, tuberculosis and urbanization in Africa. In: AKHTAR, R- ed. Health and
disease in tropical Africa: geographia and medical viewpoints. s-n-t- p-91-155.
25. IRGENS, L-M- Secular trends in leprosy: increase in age at onset associated with declining rates and long incubation periods- Int-J.Leprosy. 53:610-617.
26. LECHAT, J-M- VANDERVEKEN, M. Basic epidemiological indicators for monitoring leprosy control. s.n.t
27. MARSHALL, J.T. ; AMAR, D-S-; RAMESH, H.C. Prevalence of leprosy among slum dwellers. Lepr. India. 53:70-83. 1981.
28. MERLIN, M. DREVET.; DREVET, D; JOSSE, R-; JOSSERAM, R; COTTENOT, F- Les enquênte par sondage: une metóde objetive d'evaluation de la prevalence de la lèpre en zona d'endemica- Acta Leprol., 5: 163, 1987.
29. MOTTA, C.P- O problema da hanseníaseSão Paulo, coordenação de hanseníase, 1986. 16p. (Mimeografl)
30. NOORDEEN, S.K. Infectivity of leprosy- In: CHATTERGEE, B.R., ed A window on leprosy. Calcutta Statesmann, 1978, 1978.
31. PONNIGHAUS, J.M.; FINE, P.E.M; BLISS, L; 37. RAO, P.S.S.; KARAT, A.B-A-; KARAT, S. SLINEY, I-J; BARDLEY D.J.; REES, R.W.
pidemiological studies in leprosy in The Lepra Evaluation Project (LEP): an Gudiyatham Taluk. II. patterns of familial Epidemiological study of leprosy in aggregation of leprosy in an endemic NorthernMalawi.I .Methods. area. Lepr. Rev.. 40:93-98, 1969.
32. PONNIGHAUS, J.M-; FINE, P.E.M.; BLISS, L.; KALAMBOM, M.; PONNIGHAUS .1. The Lepra Evaluation Project (LEP): an epidemiological study of leprosy fn Northern Malâwi. II. Prevalence rates. Lepr. Rev. 59:97-112, 1988-
33. QUAGLIATO, R.; CARLOTTI, C.C; LIMA, Al; CAMARGO, D-P- Censo leprológico intensivo Usina Ester, Município de Cosmópolis, Estado de São Paulo. RevBras. Leprol-. 31:84-90, 1983.
34-RAO, P. S- S- ; KARAT, A. B- A.; KALIAPERUMAL, V.G.; KARAT, SPrevalence of leprosy in Gudiyatham Taluk, South India. part I- Specific rates with reference to age, sex and type- Int. Leprosy 40: 157-163, 1972.
35.RAO, P. S. S. ; KARAT, A. B. A.; KALIAPERUMAL, V.G.; KARAT, SPrevalence of leprosy in Gudiyatham Taluk, South India. part II. Geographical variations. Int. J. Le p rosy. 40:164-170, 1972.
36-RAO, P. S. S- ; KARAT, A. B. A.; KALIAPERUMAL, V.G. ; KARAT, S. Transmission of leprosy within households. Int. J. leprosy 43:45-54,
1975.
37. RAO, P.S.S.; KARAT, A.B-A-; KARAT, S. Epidemiological studies in leprosy in Gudiyatham Taluk. II. patterns of familial aggregation of leprosy in an endemic area. Lepr. Rev.. 40:93-98, 1969.
38. STANHOPE, J.M.; STURT, R.J.; RUSSEL, D.AAn outbreak of leprosy in a previously exposed population of Eastern New Guinea.
Trans Roy.Soc.Trop. Med. Hyp., 62:700-711, 1968.
39. TRAUTMAN, J.R. Epidemiological aspects of Hansen's disease. Bull N.Y. Acad. Med60:722-731, 1984.
40. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Chemotherapy of leprosy for programmes. Geneva, WHO, 1982- (WHO. Technical Report Series, n. 675)
41. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Epidemiology of leprosy in relation to control. Geneva, WHO, 1985. 63p- (WHO. Technical Report Series, n. 716)Hansen

Downloads

Publicado

30-11-1990

Como Citar

1.
ANDRADE VL, SABROZA PC, CASTROS AJW de, MOTTA CP. Leprosy spread in urban area: part I: epidemiological characteristics of an endemic urban area for leprosy: the county of São Gonçalo, Rio de Janeiro state, Brazil. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1990 [citado 26º de abril de 2024];15(1/2):24-45. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35500

Edição

Seção

Artigos originais