Resumo
A hanseníase se constitui numa doença cujas características especificam a tornaram diferente das demais.O estigma que a envolve contribuiu para que, através dos tempos, o "leproso" fosse identificado como sendo o portador do perigo e da morte, justificando a adoção de medidas discriminatórias. Ao se estudar a história da hanseníase no Estado de São Paulo, Brasil, verifica-se a repetição dessa mesma postura, sendo que desde os tempos coloniais ate o nosso século, observa-se a continuidade na adoção de medidas de segregação, que variam no tempo, mas não na intensidade. O aumento do índice de incidência da hanseníase em São Paulo, mesmo após o advento das sulfonas, nos obriga a repensar o fenômeno cuja explicação extrapola o campo estritamen
Referências
2 GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4.ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1982.
3 LE GOFF, J. & NORA, P. História: novas abordagens. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1976. 200p. (Ciências sociais).
4 SINGER, P.; CAMPOS, a; OLIVEIRA, E.M. Prevenir e curar: o controle social através dos serviços de saúde. Rio de Janeiro, Forense — Universitária, 1981.
5 SOUZA-ARAUJO, H.C. História da lepra no Brasil. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1946-1956, 3v.
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