Inquérito sobre deformidade em um hospital para doentes de hanseníase

Autores

  • W. BELDA Professor Assistente Doutor da Faculdade de Saúde Pública da USP (Departamento de Prática de Saúde Pública). Encarregado da Seção de Epidemiologia da Divisão de Hansenologia e Dermatologia Sanitária, Instituto de Saúde da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
  • J. M. MARLET PARETA Professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • L. C. MARGARIDO Doutorando de Medicina da Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes.
  • S. G. SARTORI Acadêmico da Faculdade de Ciências Bio-Médicas de Mogi das Cruzes.
  • O. DEFONSO Acadêmico da Faculdade de Ciências Bio-Médicas de Mogi das Cruzes.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1977.v2.35658

Palavras-chave:

Hanseníase, Deformidades, Incapacidade, Prevenção da incapacidad

Resumo

A hanseníase tem sido conceituada como moléstia incapacitante. Para alguns aqui estariam as raízes do temor despertados pela doença. Os autores discordam de tais conceitos e propugnam pela separação de deformidade passível de ser causada pela moléstia, da incapacidade para o trabalho. Em 727 pacientes internados e asilados em Hospital de Dermatologia Sanitária ("Santo Angelo", São Paulo, Brasil) foram pesquisadas 62  alterações físicas, denominadas no texto de deformidades, e primária ou secundariamente ligadas à hanseníase. Os resultados encontrados permitem afirmar que a limitação ou incapacitação ao trabalho estão fundamentalmente ligadas às deformidades secundárias. Estas, no consenso geral, são perfeitamente evitáveis. Os achados foram relacionados com o descobrimento tardio da doença e a existência de um programa de atenções básicas, elementares, de prevenção de deformidades, associado ao diagnóstico e tratamento.

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Referências

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Publicado

30-06-1977

Como Citar

1.
BELDA W, PARETA JMM, MARGARIDO LC, SARTORI SG, DEFONSO O. Inquérito sobre deformidade em um hospital para doentes de hanseníase. Hansen. Int. [Internet]. 30º de junho de 1977 [citado 28º de abril de 2024];2(1):60-72. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35658

Edição

Seção

Artigos de investigação científica