Palavras-chave
Imunidade
Resistência
Predisposição
Hereditariedade
Genética Fator-N
Margem Anérgica
Como Citar
Resumo
São apresentados os fundamentos da teoria patogenética "Fator-N/Margem Anérgica", apresentada em 1937 e completada em 1957. Com base na observação de 2.160 pessoas que tinham sido testadas pelo autor com antígeno de Mitsuda e, freqüentemente, com outros antígenos, foi proposta a hipótese de que todos os indivíduos nascem Mitsuda-negativos mas gradativamente se tornam Mitsuda-positivos com a idade, após estímulos pela micobactéria de Hansen, Myco. tuberculosis, BCG e outros agentes desconhecidos, se forem capazes de reagir, dependendo da presença de um fator constitucional "natural" ("Fator-N") de resistência. Se ocorrer a infecção, os portadores do "Fator-N" resistem, mas podem surgir lesões tuberculóides, pela ação de "fatores acessórios". A minoria, sem "Fator-N", permanece Mitsuda-negativa pelo resto da vida ("Margem Anérgica") e, se infectada, pode evoluir para os aspectos virchovianos, na presença dos mesmos "fatores acessórios". Extensa gama de reatividades intermediárias deve ser colocada entre ambos os extremos de hiperergia máxima e anergia total. A mácula eritematosa e/ou hipocrômica seria o estágio inicial teórico das lesões tuberculóides, virchovianas e intermediárias.
A teoria contrariava as idéias então dominantes sobre a predisposição à hanseníase. atribuída à debilitação geral por diversas doenças, alcoolismo, etc. Também contradizia a hipótese do próprio Mitsuda de que a Mitsuda-negatividade dos doentes "nodulares" (virchovianos) era o resultado da "exaustão" da reatividade depois de "longa luta contra o bacilo de Hansen".
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