Genética e Hanseníase: uma percepção crítica de sua conceituação e evolução
PDF

Palavras-chave

Genética
Hanseníase
Grupos sangüíneos
Antígeno Austrália
Lisozima
dermatóglifos

Como Citar

1.
GONÇALVES A. Genética e Hanseníase: uma percepção crítica de sua conceituação e evolução. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1977 [citado 27º de dezembro de 2024];2(2):153-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36066

Resumo

Inicialmente, são detalhadas as controvérsias a respeito da natureza infecciosa ou hereditária da doença, já polarizadas quando de sua própria conceituação no século XIX e acentuadas ainda mais durante este século. A seguir revê-se uma série de Unhas científicas consistentes que gradualmente vêm sendo definidas, notabilizando-se os estudos que focalizam a problemática do meio familiar, a hanseníase conjugal, á afecção em gêmeos, o papel da lisozima e os estudos da doença em relação a marcadores genéticos, v.g., grupos sangüíneos, dermatóglifos, polimorfismos enzimáticos série e antigeno Au. Tais Informações conduzem a uma percepção critica posterior que parece indicar que as duas posições básicas quanto à nosografia da doença precisam ser redimensionadas em termos factuais da multicausalidade na história natural do agravo mórbido, abandonando assim o simplismo da ótica positivista unicausalistica da determinação. Isto posto e tendo claro sobretudo as várias evidências mencionadas e discutidas de mecanismos genéticos na hanseníase e a maior freqüência da transmissão efetiva do bacilo que a freqüência de casos novos, revê-se a aplicação de um modelo mendeliano bastante usual em genética de populações como possível base teórica, da ação da hereditariedade da doença.

https://doi.org/10.47878/hi.1977.v2.36066
PDF

Referências

1. ALI, P. M. Genetic predisposition to leprosy. In: I.C.M.R. SEMINAR ON IMMUNOLOGY OF LEPROSY, New Delhi, 1972 apud Leprosy India, 45:107-108, 1973.
2. ALI, P. M. Genetics influence in leprosy. Indian J. Public Health, 10:145-165, 1966.
3. BALIRA, L. M., GATTI, J. C.; LÓDOLO, J. C.; NOCHOLSON, R. Lepra y genetics. II. Estudio de Ias impressiones digitopalmares (dermatoglifias) en pacientes de la lepra y conviventes. Leprologia, 12(2) :6471, 1967.
4. BEIGUELMAN, B. Hereditariedade e lepra. Ribeirão Preto, 1969. 710 p. [Tese-Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP]
5. BEIGUELMAN, B. Um programa multinacional de investigação leprológica utilizando o estudo de gêmeos. Cien. Cult., 26(5) :469-468, 1974.
6. BEIGUELMAN, B.; EL GUINDY, M. M.; PINTO Jr., W. Sulfonemia: um polimorfismo genético? Ciên. Cult., 26(supl. 7) :249, 1974.
7. BLUMBERG, B. S. Leprosy research through genetics. Int. J. Lepr., 33(3):739-743, 1965.
8. CARRANZA AMAYA, A. Lepra en El Salvador: zonas endemicas y su problema medicosocial. El Salvador, 1947. 99 p. [Tesis-Universidad Autonoma de El Salvador]
9. DIABATE, I. Antigène Australia et lèpre (chez l'Africain du Mali et du Senégal). Dakar, 1973. [These-Faculté de Médecine] apud Bull. Mem. Fac. Med. Pharm. Dakar, 21:19, 1973.
10. FLOCH, H. Transmission congenitale de la lépre. In: - Sur la lépre em Guyane Française. Biol. Med., Paris, 43(6) :632-634, 1954.
11. GHEI, S. B. & VAIDYA, M. C. Role of genetics in leprosy. In: INTERNATIONAL LEPROSY CONGRESS, 10th, Bergen, 1973. Abstracts. p.
12. GONÇALVES, A. Genética em medicina: metodologia eficiente na arte-ciência. Rev. Hosp- Clin. Fac. Med. Sao Paulo, 80:463-465, 1975. (Editorial)
13. GONÇALVES, A. Genética e Saúde Pública. A Ponte, 1(2) :9, 1976.
14. HORTON, R. J. & POVEY, S. Family studies in leprosy. Int. J. Lepr., 34 (4) :408-410, 1966.
15. LUCCA, E. J. Cruzamento de braços e dedos em hansenianos. Rev. Paul. Med., 83(6):278-281, 1974.
16. LYSSENKO, T. D. A herança e sua variabilidade. Rio de Janeiro, Editorial Vitória, 1950. 182p.
17. MACMAHON, B. & PUGH, T. Genética y epidemiologia. In: - Princípios y metodos en epidemiologia. 2.a ed. Mexico, La Prensa Mexicana, 1975. p. 279-330.
18. OPROMOLLA, D. V. A. Comunicação pessoal, 1976.
19. RICOU, E. P. S. M. Do conceito de hereditariedade na lepra. J. Medico, 20(504) :475477, 1952.
20. ROTBERG, A. Some aspects of immunity in leprosy and their importance in epidemiology, pathogenesis and classification of forms of the disease. Rev. Bras. Leprol., 5 (n.° esp.) :45-97, 1937.
21. SAUL, A. & DIAZ, M. La lepra y herencia. Dermatologia, Mexico, 9(2) :157-169, 1965.
22. SILVA AROUCA, A. S. A historia natural das doenças. Saúde em Debate, 1(1) :15-19, 1976.
23. SOUZA CAMPOS, N. & SOUZA LIMA, L. Do conceito da hereditariedade na lepra. In: - Lepra na infância. Rio de Janeiro, Serviço Nacional da Lepra, 1950. p. 17-34.24. SPICKETT, S. C. Genetics and the epidemiology of leprosy. Lepr. Rev., 33 (2) :76-93, 1962.
25. SPICKETT, S. C. Proposals for future studies in genetics. Lepr. Rev., 38(2):109-112, 1967.
26. TERENCIO DE LAS AGUAS, J. Genética en lepra. In: CONGRESO IBERO LATINOAMERICANO `DE DERMATOLOGIA, 6.0, Barcelona, 1967. Actas. Barcelona, Editorial Cientifico Medico, 1970. p. 287-294.
27. VOGAL, F. Genetics studies in leprosy. In: I.C.M.R. SEMINAR ON IMMUNOLOGY OF LEPROSY. New Delhi, 1972 apud Leprosy India, 46(2) :107, 1973.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.