Meningoencefalite por Cryptococcus neoformans como complicação de insuficiência vascular arteriosclerótica em hanseníase virchowiana
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Palavras-chave

Hanseníase virchowiana
Eritema nodoso hansênico
Meningoencefalite
Criptocose
Arteriosclerose

Como Citar

1.
Fleury RN, Opromolla DVA, Tonello CS. Meningoencefalite por Cryptococcus neoformans como complicação de insuficiência vascular arteriosclerótica em hanseníase virchowiana. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1981 [citado 11º de dezembro de 2024];6(2):146-53. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36123

Resumo

E apresentado o caso de um paciente de cor branca, com 39 anos de idade, portador de hanseníase virchowiana, que nos últimos três anos de vida apresentou uma seqüência de complicações, incluindo surtos subentrantes de reação hansênica (eritema nodoso), gangrena isquêmica de pé esquerdo, amputação do membro inferior esquerdo, acidente vascular isquêmico cerebral, e quadro final infeccioso com sinais de comprometimento meníngeo e hipertensão intracraniana. A autópsia demonstrou um paciente virchowiano com grau avançado de arteriosclerose para a idade, principalmente no cérebro e segmento distal da aorta e suas ramificações, com trombose de aorta terminal, iliacas primitivas e renais ao lado de trombose venosa em estadias variados de organização da femural e ilíaca esquerdas, e segmento distal da cava inferior. O encéfalo mostrava amolecimentos isquêmicos em organização, e difuso comprometimento meningoencefálico por reação granulomatosa à Cryptococcus neoformans. E discutido o encontro de comprometimento arteriosclerótico intenso e precoce com trombose e insuficiência circulatória em dois territórios arteriais importantes, bem como as eventuais relações dos fenômenos de trombose arterial e venosa com os episódios subentrantes de eritema nodoso hansênico. A torulose é considerada uma intercorrência final, onde os fungos atingiram o S.N.C. a partir de lesões pulmonares prévias. Chamou atenção a presença de vasculites proliferativas no espaço subaracnóideo, reacionais ao processo granulomatoso, e que devem ter agravado a situação de isquemia cerebral.

https://doi.org/10.47878/hi.1981.v6.36123
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