Perfil epidemiológico da hanseníase num município superendêmico do interior do sudeste brasileiro
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Palavras-chave

Hanseníase
Epidemiologia
Controle

Como Citar

1.
Morais PB, Guzzo L, Sylvio A, Fraga LA de O. Perfil epidemiológico da hanseníase num município superendêmico do interior do sudeste brasileiro. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2012 [citado 12º de novembro de 2024];37(2):61-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36197

Resumo

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação epidemiológica da hanseníase no município de Teófilo Otoni (TO)-MG, no período de 2001 a 2010 de forma descritiva e retrospectiva. Os altos coeficientes de detecção geral e em menores de 15 anos encontrados, mantêm o município como hiperendêmico para hanseníase, sinalizando a necessidade de intensificar as ações de vigilância epidemiológica. O percentual médio de grau 2 de incapacidade, entre os casos novos estudados no momento do diagnóstico foi considerado alto (10,1%) segundo Ministério da Saúde (MS). O percentual médio de casos novos avaliados, no momento da alta por cura, apresentando grau 2 de incapacidade física foi de 4,3%. O coeficiente de prevalência no município de TO foi considerado médio (1- 4,9/10.000hab) no período de 2001 a 2010 com exceção dos anos de 2003, 2004 e 2005 quando foi considerado muito alto (12,7; 14,1 e 12,6/10.000habitantes) respectivamente. Com relação a variável prevalência oculta, verificou-se que 526 casos de hanseníase não foram diagnosticados no município, significando que 40,3% dos doentes permaneceram sem diagnóstico naquele período, podendo atuar como fontes de contágio contribuindo para a cadeia de transmissão da doença. É necessário que o município promova e intensifique a descentralização das ações de controle da doença, desenvolva programas de capacitação para as equipes multiprofissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e estimule a busca ativa de novos casos.

https://doi.org/10.47878/hi.2012.v37.36197
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