Avaliação das deficiências físicas em pessoas com hanseníase empregando dois indicadores: Grau de Incapacidades e Eyes-Hands-Fee t
DOI:
https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.36205Palavras-chave:
hanseníase, pessoas com deficiência, incapacidades e saúde, morbidade, epidemiologiaResumo
O objetivo foi avaliar e comparar o grau de deficiência física nos olhos, mãos e pés com as formas clínicas no diagnóstico e na alta medicamentosa, com base nos indicadores “ (GI-OMS)” e no escore (EHF). Trata-se de estudo retrospectivo descritivo e transversal. Com a utilização de um protocolo próprio analisou-se prontuários de 384 indivíduos diagnosticados com hanseníase no período de 1994 a 2006. A média de idade foi de 51,7 anos e 62,8% pacientes eram multibacilares, com predomínio da forma Dimorfa (40,4%). Dos casos avaliados, 33,2% e 25,9% apresentaram algum tipo de deficiência no diagnóstico e na alta, respectivamente. A forma clinica virchoviana foi a que mais apresentou deficiências (47% no diagnóstico e 39,4% na alta) e os membros inferiores o segmento mais acometido (18,2%). Houve melhora das deficiências na maioria das formas clínicas (valor-p<0,05). De acordo com a análise dos dois indicadores, o quadro clínico ficou inalterado em 76,3% dos casos, 15,5% melhorou e 8,2% pioraram. A análise das deficiências por meio do GI-OMS e do EHF permite uma avaliação mais sensível e critica da situação dos segmentos acometidos na hanseníase. Na comparação das deficiências apresentadas no diagnóstico e na alta medicamentosa, houve melhora significativa das deficiências na maioria das formas clínicas e os membros inferiores são os segmentos mais acometidos na hanseníase.
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