Análise do protocolo complementar de investigação diagnóstica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos nos municípios prioritários do estado do Rio de Janeiro em 2009 e 2010
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Palavras-chave

Hanseníase
Crianças
Adolescentes
Epidemiologia

Como Citar

1.
Flach DM de AM, Pimentel MIF, Andrade M, Gallo MEN. Análise do protocolo complementar de investigação diagnóstica dos casos de hanseníase em menores de 15 anos nos municípios prioritários do estado do Rio de Janeiro em 2009 e 2010. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2011 [citado 22º de dezembro de 2024];36(2):25-36. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36207

Resumo

Introdução: A ocorrência de hanseníase em crianças e adolescentes é preocupante porque seu aumento é
considerado indicador de maior gravidade da endemia hansênica. O Ministério da Saúde instituiu, em 2008, o Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica em Menores de 15 Anos (PCID < 15), a ser preenchido pelos profissionais das unidades de saúde quando diagnosticado um caso de hanseníase nesta faixa etária. O presente estudo pretendeu analisar criticamente as informações contidas nas fichas do PCID < 15, nos municípios prioritários do estado do Rio de janeiro. Métodos: Foi realizado estudo seccional retrospectivo, utilizando análise estatística descritiva das informações contidas nos registros dos PCID < 15 nos anos de 2009 e 2010, dos municípios considerados prioritários para a Gerência de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Foi analisada a completitude dos campos, incluindo a consistência das informações daqueles referentes à classificação operacional e número de lesões de pele, além da análise epidemiológica das 172 fichas incluídas no estudo. Resultados: O percentual de preenchimento foi excelente, na maioria dos campos; 15,4% destes tiveram percentual de preenchimento considerado regular (itens “prontuário”, “tempo de residência”, “número de pessoas da família com problemas de pele”, e “cicatriz de BCG”). Não foi analisada a porcentagem de preenchimento do campo “grau de incapacidade física”. Ocorreu forte concordância (coeficiente Kappa k = 0,76, p < 0,0001) entre os campos “número de lesões de pele” e “classificação operacional”, com apenas 7% de casos inconsistentes. Houve discreto predomínio feminino, 92,3% dos casos entre 5 e 14 anos, 71,6% com diagnóstico 6 ou mais meses após o surgimento dos primeiros sinais e sintomas, em 58,6% dos pacientes havia história de hanseníase na família, 85% dos casos tinham até 5 lesões de pele e 83,6% tinham cicatriz de BCG. De 127 pacientes com este campo preenchido, 88,1% não tinham incapacidades relacionadas à hanseníase, e estas predominaram na faixa etária de 5 anos ou mais. Conclusões: Apesar de refletir a situação epidemiológica dos pacientes me-nores de 15 anos com hanseníase, considerando a duplicação das informações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-hanseníase) e na PCID < 15, uma vez que este seja mantido pelo Ministério da Saúde, consideramos ser importante o aprimoramento de fragilidades observadas.

https://doi.org/10.47878/hi.2011.v36.36207
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