Proposta pedagógica para aprimorar os conceitos básicos em hanseníase: álbum seriado como um recurso no processo de orientação

Autores

  • Lucia Helena Soares Camargo Marciano Mestre, terapeuta ocupacional, pesquisador científico IV
  • Renata Bilion Ruiz Prado Mestre, psicóloga, pesquisador científico II
  • Cristina Maria da Paz Quaggio Mestre, terapeuta ocupacional
  • Susilene Maria Tonelli Nardi Mestre, terapeuta ocupacional, pesquisador científico II

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2008.v33.36238

Palavras-chave:

hanseníase, aprendizagem, recursos humanos, capacitação em serviço, educação em saúde

Resumo

Este estudo objetivou avaliar o nível de conhecimento dos funcionários de uma instituição de saúde que atende pacientes atingidos pela hanseníase sobre a doença e uniformizar seus conceitos utilizando um Álbum Seriado (AS) como instrumento de ensino-aprendizagem. O nível de conhecimento sobre hanseníase foi avaliado em 224 funcionários, antes (pré-teste) e depois (pós-teste) do uso do AS como um recurso didático-pedagógico para oferecer informações sobre hanseníase. Entre os participantes 37,9% trabalhavam na administração, 55 % na assistência e 7,1% não informaram; 36,4% possuíam o ensino médio e 32,5% o superior completo e, em média, atuavam na área há 13,6 (± 9,6) anos. Confrontando os resultados do pré e pós-teste no tema Aspectos Gerais, houve aumento no percentual de acerto de 63% para 81%; em Diagnóstico, aumentou de 78% para 87%; Transmissão, de 57 % para 79,5% e em Tratamento, de 48% para 76 %. No intervalo entre a apresentação do AS e o pós-teste, 41% dos funcionários buscaram informações adicionais. O percentual geral de acertos no pré-teste foi acima de 48%, mas no pós-teste foi superior a 76%, isto é, o nível de conhecimento sobre a hanseníase era mediano, mas aumentou após os esclarecimentos com o uso do AS. A intervenção educativa empregada facilitou a aquisição e a uniformização de conhecimentos sobre a doença.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Oliveira, MVASC. A educação popular 1 em saúde e a prática dos agentes de controle das endemias de Camaragibe: uma ciranda que acaba de começar. Revista de Atenção Primária a Saúde.2004;7(4):66-79.
2 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n 399/GM em 22 de fevereiro de 2006. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/Portarias/Port2006/GM/GM-399.htm. Acessado em 27/05/2009.
3 Rocha CMV. Educação em saúde: breve histórico e perspectivas. In: Brasil. Ministério da Saúde. Coletânea de saúde e educação em saúde. Brasília. (DF): Ministério da Saúde; 1989.
4 Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes nacionais para elaboração de programas de capacitação para equipe de saúde da rede básica atuar nas ações de controle da hanseníase pela área técnica de dermatologia sanitária. Brasília (DF): Área técnica de Dermatologia Sanitária; 2000.
5 Alves VS. Educação em saúde e constituição de sujeitos: desafios ao cuidado no programa de saúde da família.[dissertação]. Bahia: Instituto de Saúde Coletiva; 2004.
6 Santos SA. Atuação do enfermeiro no controle epidemiológico da hanseníase. Rev Bras Enferm. 1992 45(2):227-30.
7 Brasil. Ministério da Saúde. Guia para o controle da Hanseníase. Brasília (DF): Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica; 2002.
8 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de Dermatologia Sanitária. Diretrizes Nacionais para a Elaboração de Programas de Capacitação para a Equipe de saúde da rede básica atuar nas ações de controle da hanseníase. Brasília(DF): Área Técnica de Dermatologia Sanitária; 2000.
9 Brasil. Ministério da Saúde. Manual de prevenção de incapacidades. Brasília (DF): Departamento de Vigilância Epidemiológica; 2008.
10 Sobrinho RAS, Gomes EA, Mathias TAF. Hanseníase: A Importância da Integração entre Ensino e Serviço. Maringá:1º Congresso Internacional de Saúde;2005.
11 Helenel LMF, Pedrazzani ES, Martins CL, Vieira CSCA, Pereira AJ. Organização de serviços de saúde na eliminação da Hanseníase em municípios do Estado de São Paulo. Rev Bras Enferm. 2008; 61(esp): 744-52.
12 São Paulo. Secretaria da Saúde. Educação em saúde: coletânea de técnicas. São Paulo: Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”; 2002.
13 Opromolla, DVA. Capacitação de Pessoal. Hansen. Int. 1991; 16(1/2): 1-3.
14 Fundação Paulista Contra Hanseníase. Álbum seriado/2004. São Paulo: FPCH; 2004.
15 Thiollent, MJM. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez; 1988.
16 Vasconcellos, HSRA. Pesquisa-ação em projetos de educação ambiental. In: Pedrini, AG. (Org). Educação ambiental: reflexões e práticas contemporâneas. Petrópolis: Vozes, 1998.
17 Costa MAF, Costa MFB, Lima MCA, Leite SQM. O desenho como estratégia pedagógica no ensino de ciências: o caso da biossegurança. Rev Electrônica de Enseñanza de las Ciências. 2006,5(1):184-90.
18 Claro LBL, Monnerat GL, Pessoa VLR. Redução dos índices de abandono no programa de controle da hanseníase: a experiência de um serviço de saúde no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 1993;9(4):504-7.
19 Pazin Filho A. Características do aprendizado no adulto. Medicina, Ribeirão Preto. 2007, 4(1): 7-16.

Downloads

Publicado

30-11-2008

Como Citar

1.
Marciano LHSC, Prado RBR, Quaggio CM da P, Nardi SMT. Proposta pedagógica para aprimorar os conceitos básicos em hanseníase: álbum seriado como um recurso no processo de orientação. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2008 [citado 16º de abril de 2024];33(2):17-24. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36238

Edição

Seção

Artigos de investigação científica

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2 3