Atuação fisioterapêutica no tratamento de úlceras plantares em portadores de hanseníase: uma revisão bibliográfica
PDF

Palavras-chave

Hanseníase
úlcera plantar
tratamento fisioterapêutico

Como Citar

1.
Marques CM, Moreira D, Almeida PN de. Atuação fisioterapêutica no tratamento de úlceras plantares em portadores de hanseníase: uma revisão bibliográfica. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2003 [citado 22º de novembro de 2024];28(2):145-50. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36393

Resumo

As úlceras plantares são muito comuns na hanseníase e estão intimamente relacionadas ao nível de sensibilidade protetora na superfície plantar e fatores externos como pressões anormais durante a marcha. A presente revisão bibliográfica visa demonstrar as modalidades fisioterapêuticas que podem acelerar o processo de cicatrização dessas feridas, proporcionando ao paciente o retorno às suas atividades diárias. Foram encontrados muitos estudos onde os recursos fisioterapêuticos como a massagem manual superficial, radiação infravermelha e ultravioleta, terapia ultra-sônica, laserterapia de baixa intensidade e eletroestimulação pulsada de baixa e alta voltagem, mostraram eficácia na reparação tecidual de úlceras de diversas etiologias. No entanto, existem poucos estudos que citam a utilização desses recursos no tratamento de úlceras plantares hansênicas, mostrando a necessidade de mais pesquisas nessa área e da atuação dos profissionais de fisioterapia na hanseníase.

https://doi.org/10.47878/hi.2003.v28.36393
PDF

Referências

1. ANDERSEN, J. G. Treatment and prevention of plantar ulcers: A practical approach. Lep. Rev., v. 35, p. 251-258, 1964.
2. ARANTES, C. V. A. et al. Fisioterapia preventiva em complicações de úlceras de membros inferiores. Fisiot. em Mov., v. 4, n. 2, p. 47-60, 1991/ 1992.
3. BRASIL. Ministério de Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Centro Nacional de Epidemiologia. Guia de vigilância epidemiológica. 5. ed., Brasília, 1998.
4. BRASIL. Ministério de Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área técnica de Dermatologia Sanitária. Hanseníase: atividades de controle e manual de procedimentos. Brasília, 2001.
5. CALLAM, M. J. et al. A controlled trial of weekly ultrasound therapy in chronic leg ulceration. The Lancet, p. 204-205, 1987.
6. CLARO, L. B. L. Hanseníase: representações sobre a doença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1995.
7. CRISTOFOLINI, L. Aspectos da assistência de enfermagem na hanseníase: prevenção da úlcera plantar. Faculdades do Sagrado Coração. Bauru, 1983.
8. DOMENICO, G. de; WOOD, E. C. Efeitos mecânicos, fisiológicos, psicológicos e terapêuticos da massagem. In: _____. Técnicas de massagem de Beard. 4 ed. São Paulo: Manole, 1998. p. 55-69.
9. DUERKSEN, F.; VIRMOND, M.C.L. Cirurgia reparadora e reabilitação em hanseníase. Rio de Janeiro: ALM Internacional, 1997.
10. DYSON, M. Mecanismos envolvidos na terapêutica ultra- sônica. Physiotherapy, v. 73, n. 3, p. 116-120, 1987.
11. ENGLAND, S. Introduction to Mid laser therapy. Physiotherapy, v. 74, n. 3, p. 100-102, 1988.
12. FEEDAR, J. A.; KLOTH, L. C.; GENTZKOW, G. D. Chronic dermal ulcer healing enhanced with monophasic pulsed electrical stimulation. Physical Therapy, v. 71, n. 9, p. 639-648,1991.
13. FERNANDEZ, S. Physiotherapy: prevention and treatment of pressure sores. Physiotherapy, v. 73, n. 9, p. 450-454, 1987.
14. FUIRINI, N. J. Utilização do laser He-Ne em cicatrização de úlceras rebeldes. Fisiot. em Mov., v. 6, n. 1, p. 9-15, 1993.
15. GONÇALVES, G. et al. Promovendo a cicatrização de úlceras hansênicas e não hansênicas com laserterapia: ensaio clínico em unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde. Hansen. Int., v. 25, n. 2, p. 133-142, 2000.
16. GONÇALVES, G.; PARIZOTTO, N. A. Fisiopatologia da reparação cutânea: atuação da Fisioterapia. Rev. Bras. de Fisiot., v. 3, n. 1, p. 5-13, 1998.
17. GONÇALVES, R. et al., Ação do laser de baixa intensidade no tratamento das úlceras cutâneas. Revista de fisioterapia da Universidade de Cruz Alta. v.2, n.3, p. 11-15, 2000.
18. GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos, patologias. 3. ed. São Paulo: Manole, 2002.
19. HARRIS, J. 30 techniques for the care of leprosy patients: a workbook for students, 1991.
20. JOB, C. K.; Pathology and pathogenesis of leprous neuritis; a preventable and treatable complication. Int. Lep., v. 69, n. 2, p. 19-29, 2001.
21. KASEN, R. O. Management of plantar ulcers- theory or practice? Lep. Rev., v. 64, p.188-198, 1993.
22. KASEN, R. O. Management of plantar ulcers in leprosy. Lep. Rev., v. 70, p. 63-69, 1999.
23. KITCHEN, S. ; BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton. 10 ed. São Paulo: Ed. Manole, 1998.
24. KLOTH, L. C.; FEEDAR, J. A. Acceleration of wound healing with high voltage, monophasic, pulsed current. Physical Therapy, v. 68, n. 4, p. 503-508, 1988.
25. KUNST, H. Predisposing Factors for recurrent skin ulcers in leprosy. Lep. Rev., v. 71, p. 363-368, 2000.
26. LENNOX, W. M. Surgery and trophic ulcers: management of scars on the anaesthetic sole. Leprosy India, v. 37, p. 283-285, 1965.
27. MAcDONALD, M. R. C. et al. Complications and management of the neurologically impaired foot. Leprosy Review. v. 72, p. 263-275, 2001.
28. MARCIANO L. H. S. C.; GARBINO, J. H. Comparação de técnicas de monitoração da neuropatia hanseniana: teste de sensibilidade e estudo de condução nervosa. Hansen. Int., v. 19, n. 2, p. 5-10, 1994.
29. MAXWELL, L. Therapeutic ultrasound: its effects on the cellular and molecular mechanisms of inflammation and repair. Physiotherapy, v. 78, n. 6, p. 421- 425, 1992.
30. McDIARMID, T. et al. Ultrasound and the treatment of pressure sores. Physiotherapy, v. 71, n. 2, p. 66-70, 1985.
31. MULDER, G. D. Treatment of open- skin wounds with eletric stimulation. Arch. Phys. Med. Rehabil., v. 72, p. 375-377, 1991.
32. RIET, G., KESSELS, A. G. H, KNIPSCHILD, P. Randomised clinical trial of ultrasound treatment for pressure ulcers. BMJ, v. 310, p. 1040-1041, 1995.
33. ROCHE, C.; WEST, J. A controlled trial investigating the effect of
ultrasound on venous ulcers referred from general practitioners.
Physiotherapy, v. 70, n. 12, p. 475-477, 1984.
34. RODRIGUES, E. M.; GUIMARÃES, C. S. Manual de recursos fisioterapêuticos. Rio de Janeiro: Revinter, 1998.
35. THE CHARTERED SOCIETY OF PHYSIOTHERAPY. Guide lines for the safe use of lasers in physiotherapy. Physiotherapy, v. 77, n. 3, p. 169-170, 1991.
150 Hansenologia Internationalis
36. VEÇOSO, M. C. Laser em Fisioterapia. São Paulo: Lovise científica, 1993.
37. VIRMOND, M.C.L. Papel das instituições de pesquisa e ensino em hanseníase no controle e prevenção de incapacidades e reabilitação. Hansen. Int., v. 24, n. 1, p. 32-37, 1999.
38. YOUNG, S. R., DYSON, M. Macrophage responsiveness to therapeutic ultrasound. Ultrasound in Med. e Biol., v. 16, n. 8, p. 809-816, 1990.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Downloads

Não há dados estatísticos.