Promovendo a cicatrização de úlceras hansênicas e não hansênicas com Laserterapia:
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Palavras-chave

Hanseníase
úlcera crônica
cicatrização
unidades ambulatoriais
Sistema Único de Saúde

Como Citar

1.
Gonçalves G, Gonçalves A, Padovani CR, Parizotto NA. Promovendo a cicatrização de úlceras hansênicas e não hansênicas com Laserterapia: : ensaio clínico em unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2000 [citado 22º de novembro de 2024];25(2):133-42. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36435

Resumo

A hanseníase apresenta, como incapacidade decorrente muito comum, a ulceração plantar. Tendo em vista a necessidade de implantação de programas de ação de controle da doença e melhora da qualidade de vida dos portadores desta nos serviços básicos de saúde, este projeto viabilizou, comparativamente a afetados pela mesma lesão, porém de outras etiologias, a utilização da laserterapia de baixa intensidade para cicatrização das úlceras hansênicas de membros inferiores. Na sua adoção, uma vez claramente definidos população de referência, bem como respectivos critérios de inclusão e exclusão, a normalização ética vigente no país prevista foi rigorosamente cumprida. Promoveram-se procedimentos adequados para padronização de condutas de mensuração, avaliação, aplicação e acompanhamento daevolução clínica e documental. Operou-se conjunto de indicadores em escalas de variáveis quantitativas e qualitativas. No primeiro caso, lidou-se com propriedades
dimensionais de profundidade, comprimento, largura e volume, monitoradas pelo tempo; investigaram-se e notificaram-se padrões de secreção e demais sinais semiológicos pertinentes. Inferências paramétricas foram analisadas aos níveis correntes de significãncia, após aplicação das provas de Goodman para variações intra e inter populações multinomiais, Anova e Wilcoxon. Desaparecimento lesional predominou estatisticamente sobre redução e piora entre hansenianos (66,7; 16,7% e 16,7%, respectivamente) e não hansenianos (55,3; 20,0% e 26,7%), apontando não só para aumento de repertório terapêutico, para a condição estudada em unidades ambulatoriais do Sistema Único de Saúde, mas também para o sucesso de seu emprego em tais situações.

https://doi.org/10.47878/hi.2000.v25.36435
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