Lesões iniciais em casos com lesões reacionais disseminadas

Autores

  • Diltor Vladimir Araujo Opromolla Diretor da divisão de Pesquisa e Ensino do Instituto "Lauro de Souza Lima" (I.L.S.L.) - Bauru - Est. de São Paulo
  • Augusto A. C. Brasil Filho Diretor Clinico do Hospital São Julião - Campo Grande - Estado de Mato Grosso do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.1994.v19.36510

Resumo

Os autores estudaram 50 pacientes portadores de lesões reacionais disseminadas e classificados tanto como tuberculóides reacionais ou dimorfos reacionais (casos com reações tipo I, segundo Jopling). A partir de anamnese cuidadosa e de um exame clinico- ermatológico minucioso, verificaram que todos os pacientes apresentavam histórias clínicas semelhantes com relação ao início da sua doença, independente do seu grau de imunidade. As lesões iniciais ou lesões mãe" são máculas hipocrômicas ou áreas circunscritas da cor da pele com distúrbios de sensibilidade e que não devem ser confundidas com as "áreas imunes" descritas por Wade. Essas lesões parecem preceder uma fase de bacilemia com destruição de bacilos nos locais onde eles se depositaram, e a liberação de antígenos com a conseqüente manifestação de hipersensibilidade retardada desencadeada pelos mesmos, que é o surto reacional. A terapêutica teria um papel eventual somente naqueles casos em que devido a uma imunidade mais baixa estariam sujeitos a novos surtos reacionais. Sem tratamento esses pacientes continuariam apresentando novos surtos indefinidamente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. COCHRANE, R.G. Signs and symptoms. In: Leprosy In theory and practive. London: John Wright & Sons, 1964 a. 251-79.
2. COCHRANE, R.G. & SMYLY, H.J. Classification. In: COCHRANE, R.G. Leprosy in theory and practive. London: John Wright & Sons, 1964 b. 299-309.
3. CONGRESSO INTERNACIONAL DE LEPROLOGIA, 6°, Madrid, octubre, 1953. Comision de Clasificacion. Memorla. p.75-86.
4. LIMA, Lauro de Souza & CAMPOS, Nelson de Souza. Leprides tuberculóides reacionais. In: _ Lepra tuberculóide. São Paulo: Renascença, 1947, 173-215.
5. OPROMOLLA, D.V.A. Recidiva ou reação reversa. Hansenologia Internationalis., 19(1): 10-6, 1994.
6. PANNIKAR, Vijayakumar et al. (ed.) Relapse or late reverse reaction?International Journal of Leprosy, 57(2): 526-528, 1989.
7. RIDLEY, D.S. The pathogenesis and classification of polar tuberculoid leprosy. Leprosy Review., 53(1): 19-26, 1982.
8. RYRI E, Gordon A. Acute ulcerative or sloughing tuberculoid leprosy. International Journal of Leprosy, 6(2): 153-159, 1938.
9. WADE, H.W. The first phase of borderline transformation. The so called "Relapse tuberculoid" condition. International Journal of Leprosy, 28(2): 105-112, 1960.
10. WADE, H.W., PERRIN, S.R. A case of advanced borderline reevaluation of a case originally reported as lepromatous. International Journal of Leprosy, 29(4): 460-472, 1960.
11. WADE, H.W., RODRIGUEZ, J.N. Borderline tuberculoid leprosy. International Journal of Leprosy, 8(3): 307-331, 1940.
12. WADE, H.W. & RODRIGUEZ, J.N. Development of major tuberculoid leprosy. International Journal of Leprosy, 7(3): 327-40, 1939.

Publicado

30-11-1994

Como Citar

1.
Opromolla DVA, Brasil Filho AAC. Lesões iniciais em casos com lesões reacionais disseminadas. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 1994 [citado 7º de maio de 2024];19(2):34-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/36510

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 4 5 > >>