Resumo
Nesta entrevista, a historiadora e pesquisadora Laurinda Rosa Maciel, da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), compartilha sua trajetória acadêmica dedicada ao estudo da história da saúde pública no Brasil, com ênfase nas políticas de isolamento compulsório e nas experiências vividas por pessoas acometidas pela hanseníase. A partir de uma abordagem sensível e rigorosa, apresenta uma reflexão sobre os impactos sociais, éticos e humanos dessas políticas, destacando a importância da memória e da escuta dos antigos internos para a construção de uma história mais justa e inclusiva. Sua fala ilumina os caminhos entre o passado e o presente da hanseníase, revelando como o trabalho historiográfico pode contribuir para a reparação e a valorização das vozes que por tanto tempo permaneceram silenciadas.
Referências
1. Torres DO. Batallas contra la lepra: Estado, Medicina y Ciencia em Colombia. Medellín: Banco de la República – Fondo Editorial Universidad EAFIT; 2002.
2. Bly N. Dez dias em um hospício. São Caetano do Sul/SP: Ed. Wish; 2020.
3. Cunha MCP. O espelho do mundo: Juquery, a história de um asilo. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra; 1986.
4. Goffman E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: LTC; 1988.
5. Tosi G, Ferreira LFG, Torelly MD, Abrão P, organizadores. Justiça de transição: direito à justiça, à memória e à verdade. João Pessoa: Editora da UFPB; 2014, p. 44.

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