Episódios reacionais hansênicos: estudo de fatores relacionados com adesão ao tratamento em uma unidade de referência

Autores

  • Maria Heliana Chaves Monteiro da Cunha Doutora em doenças tropicais/ UFPa professora associado/UFPA (Professor adjunto IV)
  • Marília Brasil Xavier Doutora em doenças tropicais, docente e pesquisadora do NMT/UFPA e UEPA
  • Carla Avelar Pires Mestre em doenças tropicais, Hansenóloga, , docente assistente da UFPA e UEPA
  • Miguel Saraty de Oliveira Mestre, docente assistente em dermatologia da UFPA e CESUPA

DOI:

https://doi.org/10.47878/hi.2013.v38.35077

Palavras-chave:

Controle, Aderências Focais, Hanseníase

Resumo

As reações hansênicas são um dos maiores problemas para os profissionais de saúde no manejo dos portadores de hanseníase, tornando o controle das mesmas de fundamental importância para evitar complicações clínicas e sociais. A assiduidade às consultas para avaliação e controle é essencial para a cura. Este estudo avaliou a influência dos fatores sócio-demográficos e clínicos na adesão ao tratamento em estado reacional em um ambulatório de referência. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, em pacientes em controle no ambulatório do NMT/UFPA nos anos de 2008 a 2009. Os resultados mostraram que pacientes do sexo masculino, adultos e com baixa escolaridade foram os mais acometidos pela hanseníase. As reações hansênicas do tipo1(RR) foram as mais incidentes, tendo como principal queixa a dor. Apesar dos resultados não terem mostrado associação, com significância estatística, entre as variáveis estudadas e a não adesão ao tratamento, eles evidenciaram variáveis que interferem na assiduidade às consultas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1 Talhari S, Neves RG, Penna GO, Oliveira MLW. Hanseníase. 4a ed. Rio de Janeiro: Artes Médicas; 2006.
2 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 6a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.
3 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Vigilância em saúde: dengue, esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma e tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.
4 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
5 Jopling WH, MC Dougall AC. Manual de hanseníase. 4a ed. Rio de Janeiro: Atheneu; 1991.
6 Opromolla DVA, Manifestações clínicas e reações. In: Opromolla DVA, editor. Noções de hansenologia. Bauru: Centro de estudos Dr. Reynaldo Quagliato; 2000. p. 51-8.
7 Nery JAC, Sales AM, Illarramendi X, Dupprè NC, Jardim MR, Machado AM. Contribuição ao diagnóstico e manejo dos estados reacionais: uma abordagem prática. An Bras Dermatol. 2006;81(4):367-75.
8 Festa C Neto. Hanseníase. In: Instituto para o Desenvolvimento da Saúde, USP, Ministério da Saúde. Manual de condutas médicas. 1a ed. São Paulo:2002. p. 144-5. [citado em 2009 Set 22]. Disponível em: http://www.hansen. org.br/ensino/arquivos/hanseniase.pdf.
9 Naafs BEM, Souza CS, Chidella CC, Barreto JA, Avelleira J, Cabral J, et al. Diagnóstico clínico e diferencial entre reação tipo 1 e tipo 2. Hansen Int.2005;30(1):28-31.
10 Foss NT. Episódios reacionais na hanseníase. Medicina, Ribeirão Preto. 2003;36:453-9.
11 Aquino DMC, Santos JS, Costa JML. Avaliação do programa de controle da hanseníase em um município hiperendêmico do estado do Maranhão, Brasil, 1991-1995. Cad Saúde Pública. 2003;19(1):119-25.
12 Simões MJS, Delello D. Estudo do comportamento social dos pacientes de hanseníase do município de São Carlos-SP. Revista Espaço para a Saúde.2005:7(1):10-5.
13 Silva SF. Reação hansênica em pacientes portadores de hanseníase em centros de saúde da área de planejamento 3.2 do município do Rio de Janeiro.Hansen Int. 2007;32(2):155-62.
14 Goulart IMB, Arbex GL, Carneiro MH, Rodrigues MS, Gadia R. Efeitos Adversos da poliquimioterapia em pacientes com hanseníase: um levantamento de cinco anos em um Centro de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia. Rev Soc Bras Med Trop. 2002;35(5):453-60.
15 Reiners AAO, Azevedo RCS, Vieira MA, Arruda ALG. Produção bibliográfica sobre adesão/não-adesão de pessoas ao tratamento de saúde. Cienc Saúde Colet. 2008;13(Supl 2):2299-306.
16 BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 3125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as diretrizes para vigilância, atenção e controle da hanseníase. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 out. 2010. Seção 1, p.55.
17 Hertroijs A. Study of some factors affecting the attendance of patients in a leprosy control scheme. Inter J Leprosy. 1974;42(4):419-27.
18 Ignotti E, Andrade VLG, Sobroza PC, Araújo AJG. Estudo de adesão ao tratamento da hanseníase no município de Duque de Caxias- Rio de Janeiro.Hansen Int. 2001;26(1):23-30.
19 Pereira EV, Nogueira LT, Machado HAS, Lima LAN, Ramos CHM. Perfil epidemiológico da hanseníase no município de Teresina, no período de 2001-2008. An Bras Dermatol. 2011;86(2):235-40.
20 Silveira IR. As representações sociais do portador de hanseníase sobre a doença [dissertação]. Santa Catarina: Universidade do Oeste de Santa Catarina; 2006.

Downloads

Publicado

30-11-2013

Como Citar

1.
Cunha MHCM da, Xavier MB, Pires CA, Oliveira MS de. Episódios reacionais hansênicos: estudo de fatores relacionados com adesão ao tratamento em uma unidade de referência. Hansen. Int. [Internet]. 30º de novembro de 2013 [citado 25º de abril de 2024];38(1/2):61-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/hansenologia/article/view/35077

Edição

Seção

Artigos originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)