Avaliação da qualidade microbiológica no processamento de pescados
PDF

Palavras-chave

higienização
análise microbiológica
superfícies
manipuladores

Como Citar

1.
Sousa CL, Freitas J de A, Lourenço L de FH, Araujo EAF, Souza JNS de. Avaliação da qualidade microbiológica no processamento de pescados. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2011 [citado 5º de maio de 2024];70(2):151-7. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32565

Resumo

Foram avaliadas as condições higiênico-sanitárias de uma indústria de processamento de pescados,
analisando-se 170 amostras de superfícies (equipamentos, utensílios e luvas), coletadas por meio de swab
em dois períodos do dia (no início da manhã e da tarde). Em cada período foram coletadas cinco repetições
de amostras em dias diferentes. Foram realizadas contagens de mesófilos aeróbios e de coliformes totais; e a
presença ou ausência de coliformes termotolerantes foi posteriormente confirmada. A contagem média de
mesófilos aeróbios variou entre amostras de superfícies, e a maioria mostrou diferença significativa (p<0,05)
entre o período e dia de coleta. Das amostras coletadas de equipamentos e utensílios, 42% apresentaram
resultados não conformes segundo a recomendação da OPAS de 1,70 log UFC/cm2 para mesófilos aeróbios
e ausência de coliformes a 45°C. Das amostras não conformes, corresponderam àquelas coletadas no turno
da tarde. As contagens de mesófilos aeróbios variaram de 3,3 a 6,8 log UFC/amostra de luva, com diferença
significativa (p<0,05) entre os dois períodos de coleta; e coliformes totais variaram de 2,6 a 3,8 log UFC/luva.
A ausência de higienização adequada detectada no ambiente de processamento de pescado indica que ela seja
resultante da incorreta aplicação dos Procedimentos-Padrão de Higiene Operacional.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32565
PDF

Referências

1. Feldhusen F. The role of seafood in foodborne diseases. Microb Infect. 2000; 2(13):1651-60.

2. Nickelson R, Maccarthy S, Finne G. Fish, crustaceans and precooked seafoods. In: Downes FP, Ito K, editores. Compendium of methods for the microbiological examinations of foods. Washington (DC): APHA; 2001. p. 497-505.

3. Belchior SE, Pucci OH. Controles microbiológicos y puntos de control en una planta elaboradora de filet de merluza para exportación. Arch Latinoam Nutr. 2000; 50(2):171-6.

4. Farias MCA, Freitas JA. Qualidade microbiológica de pescado beneficiado em indústrias paraenses. Rev Inst Adolfo Lutz. 2008;67(2):113-7.

5. Barros GC. Perda de qualidade do pescado, deterioração e putrefação. Rev Cons Fed Med Vet. 2003;(3):59-64.

6. Vargas DST, Quintaes KD. Potencial perigo microbiológico resultante do uso de caixas plásticas tipo monobloco, no armazenamento e transporte de pescados em São Paulo. Ciênc Tecnol Aliment. 2003;23(3):517-22.

7. Silva ML, Matté GR, Matté MH. Aspectos sanitários da comercialização de pescado em feiras livres da cidade de São Paulo, SP/Brasil. Rev Inst Adolfo Lutz. 2008;67(3):208-14.

8. Carballo J. Adherencia de bacterias a superficies de contacto con alimentos. Alimentaria. 2001;320:19-26.

9. Silva CAS, Andrade NJ, Soares NFF, Ferreira SO. Evaluation of ultraviolet radiation to control microorganisms adhering to low density polyethylene films. Braz J Microbiol. 2003;34(2):175-8.

10. Quintaes KD, Vargas DST. Comportamento da temperatura de pescados expostos em bandejas de aço inoxidável em feiras livres de São Paulo. Nutr Bras. 2004;3(1):34-7.

11. Jullien C, Bénézech T, Carpentier B, Lebret V, Faille C. Identification of surface characteristics relevant to the hygienic status of stainless steel for the food industry. J Food Eng. 2002;56:77-8.

12. Andrade NJ. Higiene na Indústria de Alimentos: avaliação e controle da adesão e formação de biofilmes bacterianos. 1a ed. São Paulo: Varela; 2008.

13. Brooks JD, Flint SH. Biofilms in the food industry: problems and potential solutions. Int J Food Sci Technol. 2008;43:2163-76.

14. Lues JFR, Van Tonder I. The occurrence of indicator bacteria on hands and aprons of food handlers in the delicatessen sections of a retail group. Food Control. 2007;18:326-32.

15. Carrasco L, Mena KD, Mota LC, Ortiz M, Behravesh CB, Bristol JR. Occurrence of fecal contamination in household along the US-Mexico border. Lett Appl Microbiol. 2008;46:682-7.

16. Careli RT, Dias AS, Andrade NJ, Antunes MA. Qualidade de água e condições higiênicas de manipuladores, equipamentos e utensílios em micro-indústrias de laticínios. Rev Inst Latic Candido Tostes. 2003;58(33):85-8.

17. Carrillo LB, Gonzalez MM, Schobitz TR, Molina LH, Brito CC. Niveles de contaminación microbiológica en equipos de recepción y almacenamiento de leche, en centros de acopio de la provincia de Valdivia. Agro Sur. 2004;32(2):45-53.

18. Pires AC, Araújo EA, Camilloto GP, Ribeiro MCT, Soares NFF, Andrade NJ. Condições higiênicas de fatiadores de frios avaliadas por ATP - bioluminescência e contagem microbiana: sugestão de higienização conforme RDC 275 da ANVISA. Alim Nutr. 2005;16(2):123-9.

19. Aarnisalo K, Tallavaara K, Wirtanen G, Maijala R, Raaska L. The hygienic working practices of maintenance personnel and equipment hygiene in the Finnish food industry. Food Control. 2006;17:1001-11.

20. Oliveira MMM, Brugnera DF, Mendonça AT, Piccolo RH. Condições higiênico-sanitárias de máquinas de moer carne, mãos de manipuladores e qualidade microbiológica da carne moída. Ciênc Agrotec. 2008;32(6):1893-8

21. Coelho AIM, Milagres RCRM, Martins JFL, Azeredo, RMC, Santana, AMC. Contaminação microbiológica de ambientes e de superfícies em restaurantes comerciais. Cienc Saúde Colet. 2010; 15(1): 1597-606.

22. Evancho GM, Sveum WH, Moberg LJ, Frank JF. Microbiological monitoring of the foods processing environment. In: Downes FP, Ito K, editores. Compendium of methods for the microbiological examinations of foods. Washington (DC): APHA; 2001. p. 25-36.

23. Andrade NJ, Silva RMM, Brabes KCS. Avaliação das condições microbiológicas em unidade de alimentação e nutrição. Ciênc Agrotec. 2003;27(3):590-6.

24. Downes FP, Ito K, editores. Compendium of methods for the microbiological examinations of foods. Washington (DC): APHA; 2001.

25. Statsoft G. Statistica for Windows 5.0. Computer program manual. Tulsa: Statsoft. 1997.

26. Pinto MP, Cardoso, M. Avaliação da eficácia de dois protocolos de higienização em áreas de produção de alimentos de um supermercado. Hig. Aliment. 2008;22(6):106-11.

27. Ribeiro LR, Siqueira MID. Validação da Higienização em Indústria de Gelados Comestíveis. Estudos. 2008;35(2):281-90.

28. Silva Jr. EA. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. 6a ed. São Paulo: Varela; 2008.

29. Menezes LF, Alves GMC, Mello CA, Garcia Jr. JC. Avaliação das condições higiênico-sanitárias de superfícies de equipamentos, em matadouro-frigorífico de bovinos no município de Várzea Grande, MT. Hig Aliment. 2007;21(156):80-4.

30. Santos MG, Iaria ST, Souza OV. Coliformes isolados de utensílios e quipamentos, na linha de processamento de camarão, de uma indústria de pescado de Fortaleza – CE. Hig Aliment. 2004;16:67-75.

31. Tomich RGP, Tomich TR, Amaral CAA, Junqueira RG, Pereira, AJG. Metodologia para avaliação das boas práticas de fabricação em indústrias de pão de queijo. Ciênc Tecnol Aliment. 2005;25(1):115-20.

32. Salo S, Laine A, Alanko T, Sjöberg A, Wirtanen G. Validation of the microbiological methods hygicult dipslide, contact pate, and swabbing in surface hygiene control: a nordic collaborative study. J AOAC Int. 2000;83(6):1357-65.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Consuelo Lima Sousa, José de Arimatéia Freitas, Lúcia de Fátima Henriques Lourenço, Eder Augusto Furtado Araujo, Jesus Nazareno Silva de Souza

Downloads

Não há dados estatísticos.