Propriedade das frações proteicas de cultivares de arroz, aveia e trigo
PDF

Palavras-chave

cereais
solubilidade de proteínas
digestibilidade
atividade enzimática

Como Citar

1.
Pagnussatt FA, Garda-Buffon J, Gutkoski LC, Badiale-Furlong E. Propriedade das frações proteicas de cultivares de arroz, aveia e trigo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de fevereiro de 2011 [citado 20º de abril de 2024];70(2):185-92. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32570

Resumo

Os cereais são fontes de inibidores enzimáticos que agem sobre a α-amilase, que alteram a disponibilidade do amido e podem representar uma ferramenta útil para a resistência dos vegetais ao ataque de agentes patogênicos. Neste estudo foram analisadas as características físico-químicas e da fração proteica de aveia, arroz e trigo, cultivados no Rio Grande do Sul, com o objetivo de correlacioná-las, posteriormente, com a presença de inibidores enzimáticos e resistência à contaminação fúngica. As amostras de grãos de aveia, trigo e arroz foram caracterizadas físico-quimicamente e avaliadas quanto à digestibilidade proteica in vitro, solubilidade em sistema aquoso e atividade enzimática de hidrolases. A aveia apresentou maior teor lipídico e proteico e a cultivar UPFA 20 Teixeirinha demonstrou a menor digestibilidade em função do teor de fibras. O maior conteúdo de glutelina foi detectado no arroz cultivar BR 424, acompanhado pelo maior teor de proteína bruta e digestibilidade. As variedades de trigo apresentaram maior atividade de α-amilase e β-amilase, o que sugere que esse cereal é mais susceptível à degradação fúngica quando comparado com arroz e aveia, em vista da maior disponibilidade de açúcares. A atividade inibidora de amilases dos extratos proteicos dos cereais foi maior nos cultivares de aveia.

https://doi.org/10.53393/rial.2011.v70.32570
PDF

Referências

1. McKevith B. Nutricional aspects of cereal. Nutr Bull. 2004; 29(2):111-42.

2. Mackintosh SH, Meade SJ, Healy JP, Sutton KH, Larsen NG, Squires AM, et al. Wheat glutenin assemble into a nanostructure with unusual structural features. J Cereal Sci. 2009;49:157-62.

3. Osborne TB. The vegetable proteins. London: Longmans; 1924. p. 124.

4. Pedó I, Sgarbieri VC. Caracterização química de cultivares de aveia (Avena sativa L.). Ciênc Tecnol Aliment. 1997;17(2):78-83.

5. Fernandes LP, Ulchoa CJ, Asquieri ER, Monteiro VN. Produção de amilases pelo fungo Macrophomina Phaseolina. Rev Eletr Farm. 2007;IV:43-5.

6. Calda ED, Silva SC, Oliveira JN. Aflatoxinas e ocratoxina A em alimentos e riscos para a saúde humana. Rev Saúde Publ. 2002;36(3):319-23.

7. Figueira ELZ, Blanco-Labra A, Gerage AC, Ono EYS, Mendiola-Olaya E, Ueno Y, ET al. New amylase inhibitor present in corn seeds active in vitro against amylase from Fusarium verticillioides. Plant Dis. 2003;87(3):233-40.

8. Zhou Z, Robards K, Heliwell S, Blanchard C. Composition and functional properties of rice. Int J Food Sci Tech. 2002;37:849-68.

9. Association of Official Analytical Chemists [AOAC]. Official Methods of Analysis of International. Estados Unidos; 2000. CD-ROM.

10. Osborne DR, Voogt P. The analysus of nutrient in foods. London: Academic Press;1978. p. 251.

11. Lowry OH, Rosebrough NJ, Farr AL, Andall RJ. Protein measurement with the folin-phenol reagent. J Biol Chem. 1951;193:265-75.

12. Sgarbieri VC. Proteínas em Alimentos Proteicos: Propriedades, degradações, modificações. São Paulo (SP): Livraria Varela; 1996. p. 517.

13. Baraj E, Garda-Buffon J, Badiale-Furlong E. Effect of Deoxynivalenol and T-e Toxin in Malt Amylase Activity. Braz Arch Biol Tecnol. 2010;53(3):505-11.

14. Mosca M, Boniglia C, Carratu B, Giammarioli S, Nera V, Sanzini E. Determination of alpha-amylase inhibitor activity of phaseolamin from kidney bean (Phaseolus vulgaris) in dietary supplements by HPAEC-PAD. Anal Chim Acta. 2008;617:192-5.

15. Marsaro-Júnior AL, Lazzari SMN, Figueira ELZ, Hirooka E. Inibidores de amilase em híbridos de milho como fator de resistência a Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae). Neotrop Entomol. 2005; 34(3):443-50.

16. Silva RF, Ascheri JLR, Pereira RGFA. Composição centesimal e perfil de aminoácidos de arroz e pó de café. Rev Aliment Nut. 2007;18(3):325-30.

17. Brasil. Resolução-RDC nº 263 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 set.2005. Seção I, pg. 368.

18. Simioni D, Gutkoski LC, Elias MC, Deuner CC, Pagnussatt FA, Oliveira M. Secagem intermitente e armazenamento de aveia cultivar UPFA 20 Teixeirinha. Rev Bras Agrociênc. 2007;13(2): 211-7.

19. Gutkoski LC, Pagnussatt FA, Spier F, Pedó I. Efeito do teor de amido danificado na produção de biscoitos tipo semi-duros. Ciênc Tecnol Aliment. 2007;27(1):787-92.

20. Badiale-Furlong E, Gonçalves AA, Souza-Soares LA. Enzymatic determination of soluble and insoluble dietary fiber in rice and wheat bran. Arch Latinoam Nutr. 1998;48(4):35-44.

21. Dors GC, Pinto RH, Badiale-Furlong E. Influência das condições de parboilização na composição química do arroz. Ciênc Tecnol Aliment. 2009; 29(1):219-24.

22. Walter M, Marchezan E, Ávila LA. Arroz: composição e características nutricionais. Ciênc. Rural. 2008;38:1184-92.

23. Liu ZH, Cheng F, Zhang G. Grain phytic acid content in japonica rice as affected by cultivar and environment and its relation to protein content. Food Chem. 2005; 89(1):49-52.

24. Mendichi R, Fisichella S, Savarino A. Molecular weight, size distribution and conformation of Glutenin from different wheat cultivars by SECeMALLS. J Cer Sci.2008;48: 486-93.

25. Wolzak A, Bressani R, Brenes RG. A comparison of in vivo and in vitro estimates of protein digestibility of native and thermally processed vegetable proteins. Plants food Hum Nutr. 1981;31(1):31-43.

26. Nandi S, Das G, Sen-Mandi S. β-amylase activity as an Index for germination potential in rice. Ann Bot. 1995;75:463-7.

27. Calori-Domingues MA, Almeida RR, Tomiwaka MM, Gallo CR, Gloria EM, Dias CTS. Ocorrência de deoxinovalenol e trigo nacional e importado utilizado no Brasil. Ciênc Tecnol Aliment. 2007;27(1):181-5.

28. Rani KU, Prasada-Rao UJS, Leelavathi K, Haridas-Rao P. Distribution of Enzymes in Wheat Flour Mill Streams. J Cer Sci. 2001;34:233-42.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2011 Fernanda Arnhold Pagnussatt, Jaqueline Garda-Buffon, Luiz Carlos Gutkoski, Eliana Badiale-Furlong

Downloads

Não há dados estatísticos.