Caracterização química parcial das Proteínas das Amêndoas da Munguba (Pachira aquatica Aubl)
PDF

Palavras-chave

Pachira aquatica Aubl
semente
proteínas

Como Citar

1.
Silva B de L de A, Bora PS, Azevedo CC de. Caracterização química parcial das Proteínas das Amêndoas da Munguba (Pachira aquatica Aubl). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 7º de maio de 2024];69(3):333-40. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32634

Resumo

A munguba (Pachira aquatica Aubl) é uma semente oleaginosa nativa do Sul do México e Norte do Brasil,
cultivada como espécie ornamental. Com o propósito de investigar o seu uso na alimentação ou como
ingrediente na indústria alimentícia, foram avaliados a composição centesimal, a fração proteica e alguns
fatores antinutricionais. A taxa de lipídeos foi de 46,62% e a proteica foi de 13,75%, com características típicas
de espécie oleaginosa. Na forma de torta, o índice proteico foi de 28,27%. Foram detectados os aminoácidos
essenciais (g/100 g de proteína): valina (7,16), leucina (7,97) e lisina (5,27), porém, valor limitante de
metionina + cisteína (2,42). Quanto aos aminoácidos não essenciais, os maiores índices foram de ácido
aspártico (12,70) e ácido glutâmico (17,11). Na classificação proteica, a fração globulínica apresentou índice
de 56,24%, albumina (22,86%), glutelinas (14,22%) e prolamina (1,43%). Pela análise eletroforética foram
observadas quatro subunidades proteicas variando de 97,4 KDa a 29 KDa. O teor de tanino foi de 6,34
mg/g e a presença de atividade hemaglutinante foi detectada. A semente de munguba possui características
proteicas adequadas, que possibilita o seu uso na indústria alimentícia e na aquicultura.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32634
PDF

Referências

1. Moure A, Sineiro L, Domínguez H, Parajó JC. Functionality of oilseed protein products: a review.Food Res Int. 2006;39:945-63.

2. Pires CV, Oliveira MGA, Rosa JC,Costa NMB. Qualidade Nutricional e escore químico de aminoácidos de diferentes fontes protéicas. Ciênc Tecnol Aliment. 2006; 26(1):179-87.

3. Paraíso PR, Andrade CMG, Zemp RJ. Destilação da Miscela II: Modelagem do Stripping do Hexano. Ciênc Tecnol Aliment. 2005;25(1):37-44.

4. Souza ML, Menezes, HC. Avaliação sensorial de cereais matinais de castanha do Brasil com mandioca extrusados.Ciênc Tecnol Aliment. 2006;26(4):950-5.

5. Mitchell HS, Anderson L, Dibble M, Turkki PR, Rynbergen H. Nutrition in health and disease, 17ª ed. Rio de Janeiro, 1988.

6. Peixoto AL, Escudeiro A. Pachira aquática (Bombacaceae) na obra “História dos Animais e Árvores do Maranhão” de Frei Cristóvão de Lisboa. Rodriguésia. 2002;53(82):123-30.

7. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo, Brasil). Métodos Físico-Químicos para análise de Alimentos: normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 4ª ed. Brasília, (DF): Anvisa; 2005.

8. Osborne TB. The vegetable proteins, 2ª Edição, London: Longsman-Green, 1924.

9. Gornall AG, Bordawill CS, David MM. The determination of protein by the biuret reaction. J Biol Chem. 1949;177: 751-80.

10. Bidingmeyer BA, Cohen SA, Tarvin TL. Rapide analysis of amino acids using pré-colunn derivitilizition. JChromatogr. 1984;336; 93-104.

11. Block RJ, Mitchell HH. The correlation of the amino acid composition of protein with their nutritive value. Nutr Abstr Rev. 1946; 16(2):249-78.

12. FAO/OMS/ONU. Organização Mundial de Saúde, Genebra. Relato de uma Junta de Conselho de Especialistas. Necessidades de Energia e Proteínas. São Paulo: Roca, 1998.

13. Laemmli U K. Cleavage of structural proteins during the assembly of the head of the bacteriophage. Nature. 1970;227: 689-95.

14. Rangana S. Manual of Analysis of Fruit and Vegetable Products. New Dellhi: Tata McGraw-Hill, 1979.

15. Moreira RA, Perrone JC. Purification and partial characterization of a lectin from Phaseolus vulgaris. Plant Physiol. 1977; 59: 783-7.

16. Maroco J. Análise estatística – com utilização do SPSS. Lisboa: Sílabo, 2003.

17. Oliveira JTA, Vasconcelos IM, Bezerra LCNM, Silveira SB, Monteiro ACO, Moreira RA. Composition and nutritional properties of seeds Pachira aquatica Aubl, Sterculia striata St Hil et Naud and Terminalia catappa Linn. Food Chem. 2000; 70; 185-91.

18. Lago RCA, Pereira DA, Siqueira FAR, Szpiz RR, Oliveira JP. Estudo preliminar das sementes e do óleo de cinco espécies da Amazônia. Acta Amaz. 1986/87;16/17:369-76.

19. Barcelos MFP, Vilas Boas EVB, Lima MAC. Aspectos nutricionais de brotos de soja e de milho combinados. Ciênc Agrotec. 2002; 26(4):817-25.

20. Khalil M, Ragab M, Hassanien FR. Some functional properties of oilseed proteins. Die Nahrung. 1985; 29(3):275-82.

21. Queiroga Neto V. Caracterização físico-quimica e nutricional do óleo e proteínas de amêndoas de fava de morcego (Dipteryx lacunifera, L.)[tese de doutorado]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2005.

22. Ribeiro D. Caracterização dos lipídios e de proteínas das amêndoas de macadâmia (Macadâmia integrifólia Maiden e Betche). [dissertação de mestrado]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2003.

23. Deshpande S, Damodaran S. Food Legumes: chemical and technology. Adv Cereal Sci Technol. 1990;10:147-241.

24. Melo MLS, Narain N, Bora PS. Characterization of some nutritional constituents of melon (Cucumis melo hybrid AF-522) seed. Food Chem. 2000; 68: 411-14.

25. Raymond J, Inquello V, Azanza JL. The seed proteins of sun flower: comparative studies of cultivars. Phytochemistry. 1991; 30(9): 2849-56.

26. Associação Brasileira das Indústrias de Óleos - Abiove . [Acesso 2008 maio 10]. Disponível em: [http://www.abiove.com.br].

27. Chavan UD, Mckenzie DBE, Shahidi F. Protein classification of beach pea (Lathyrus maritimus L.). Food Chem. 2001; 75:145-53.

28. Lourenço KDS. Estudo comparativo parcial das características lipídica, e protéicas, determinação de fatores antinutricionais em sementes de duas cultivares de canola (Brassica napus, L). [dissertação de mestrado]. João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2004.

29. El-Adawy TA, Rahma EH, El-Bedawey AA, Gafar AF. Nutritional potential and functional properties of sweet and bitter lupin seed protein isolates. Food Chem.2001; 74:455-62.

30. Bora PS, Ribeiro D. Note: Influence of pH on the Extraction Yield and Functional Properties of Macadamia (Macadamia Integrofolia) Protein Isolates. Food Sci Technol Int. 2003;10:263-7.

31. Voight J, Bichl B, Wazir SKS. The major seed protein of Theobroma cacao L. Food Chem. 1993;47:145-51.

32. Matuda GT, Maria Netto, F. Caracterização química parcial da semente de jatobá-do-cerrado. Ciênc Tecnol Aliment. 2005; 25:353-7.

33. Adebowale KO, Lawal OS. Foaming, gelation and eletroforetic characteristics of mucuma bean (Mucuma pruriens) protein concentrates. Food Chem. 2003:1-10.

34. Fernández-Quintela A, Macarulla MT, Del Barrio AS, Martínez JA. Composition and functional properties of protein isolates obtained from commercial legumes grown in northern Spain. Plant Foods Hum Nutr.1997; 51: 331-42.

35. Mechi R, Caniatti-brazaca SG, Arthur V. Avaliação química, nutricional e fatores antinutricionais do feijão preto (Phaseolus vulgaris L.) irradiado. Ciênc Tecnol Aliment. 2005; 25 (1): 109-14.

36. Chung SL, Ferrier LK. pH and sodium chloride effects on emulsifying properties of egg yolk phosvitin. JFood Sci. 1992; 57(1): 40-2.

37. Ruiz-lopes MA, Sotelo A. Chemical composition, nutritive value, and toxicology evaluation of Mexican wild lupins. J Agric Food Chem. 2001; 49(11): 5336-9.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Bernadete de Lourdes de Araújo Silva, Pushkar Singh Bora, Claudia Carneiro de Azevedo

Downloads

Não há dados estatísticos.