Queijo Prato com teor reduzido de gordura adicionado de enzima proteolítica: características físicas e sensoriais
PDF

Palavras-chave

queijo Prato
enzima proteolítica
capacidade de derretimento
cor
avaliação sensorial
modelo Etana

Como Citar

1.
Garcia GAC, Penna ALB. Queijo Prato com teor reduzido de gordura adicionado de enzima proteolítica: características físicas e sensoriais. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2010 [citado 4º de dezembro de 2024];69(3):346-57. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32636

Resumo

O queijo Prato, segundo queijo mais consumido no Brasil, obtido por coagulação enzimática do leite e
maturado por pelo menos 25 dias, é classificado como gordo e de média umidade. Devido à preocupação
com a saúde, os consumidores de queijos têm procurado produtos em suas versões com menor teor de
gordura. Contudo, a gordura confere as características sensoriais desejáveis, como sabor, cremosidade,
maciez e textura aos queijos. Alterações têm sido introduzidas no processo tecnológico de fabricação
dos queijos com teor reduzido de gordura, com o intuito de efetuar melhoria nesses produtos; e o uso de
enzimas proteolíticas é uma importante estratégia a ser considerada. A capacidade de derretimento, cor e
avaliação sensorial são fundamentais indicadores da qualidade dos produtos obtidos. O presente trabalho
analisou as características físicas e sensoriais de queijo Prato com teor reduzido de gordura adicionadoda
enzima proteolítica fastuosaína, extraída do fruto verde do gravatá. A adição da fastuosaína não interferiu
na capacidade de derretimento, tampouco promoveu o desenvolvimento de amargor, que é característica
comum não apreciada em queijos com teor reduzido de gordura.

https://doi.org/10.53393/rial.2010.v69.32636
PDF

Referências

1. Brasil. Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria nº 146, de 07 de março de 1996. Aprova o Regulamento técnico de identidade e qualidade de produtos lácteos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 07 mar. 1996. Seção 1, p. 3877.

2. Brasil. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. Portaria nº 358, de 04 de setembro de 1997. Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade do queijo Prato. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 8 set. 1997. Seção 1, p.19690.

3. Associação Brasileira das Indústrias de Queijos. Queijos: mercado total brasileiro, 2008.

4. Pinheiro MVS, Penna ALB. Substitutos de gordura: tipos e aplicações em produtos lácteos. Aliment Nutr. 2004;15(2):175-86.

5. Garcia GAC. Efeito do uso de enzimas proteolíticas na maturação de queijo Prato com teor reduzido de gordura [dissertação de mestrado]. São José do Rio Preto (SP): Universidade Estadual Paulista; 2007.

6. Tunick MH, Mackey KL, Shieh JJ, Smith PW, Cooke P, Malin EL. Rheology and microstructure of low-fat mozzarella cheese. Int Dairy J. 1993;3(7):649-62.

7. Bogenrief DD, Olson NF. Hydrolysis of β-casein increases Cheddar cheese meltability. Milchwissenschaft. 1995;50(12):678-82.

8. Dave RI, McMahon DJ, Oberg CJ, Broadbent JR. Influence of coagulant level on proteolysis and functionality of mozzarella cheeses made using direct acidification. J Dairy Sci. 2003;86(1):114-26.

9. Perry KSP. Queijos: aspectos químicos, bioquímicos e microbiológicos. Quim Nova. 2004;27(2):293-300.

10. Buffa MN, Trujillo AJ, Pavia M, Guamis B. Changes in textural, microstructural, and colour characteristics during ripening of cheese made from raw, pasteurized or high-pressure-treated goat ́s milk. Int Dairy J. 2001;11(11):927-34.

11. Bosset JO, Sieber R, Gallmann PU. Light transmittance: influence on the shelf life of milk and milk products. Bull Int Dairy Federat. 1995;300:19–39.

12. Rohm H, Jaros D. Colour of hard cheese 1. Description of colour properties and effect of maturation. Zeitschrift fur Lebensmittel Untersuchung Forschung. 1996;203(3):241–4.

13. McSweeney PLH. The flavour of milk and dairy products: III. Cheese: taste. Int J Dairy Technol. 1997;50(4):123-8.

14. Mistry VV. Low fat cheese technology. Int Dairy J. 2001;11(4):413-22.

15. Silva CRB, Nabuco AC, Moretti BR, Penna ALB. Efeito da adição de Streptococcus thermophilus como cultura adjunta na maturação e caracterização físico-química e sensorial de queijo Prato. Rev Inst Adolfo Lutz. 2006;65(3):199-203.

16. Katsuda MS, Miglioranza LHS, Ferreira SHP, Fonseca ICB. Caracterização química, sensorial e de textura, de queijo tipo Prato com teor reduzido de gordura. Rev Inst Lat Cândido Tostes. 1999;54(309):128-33.

17. Robinson RK, Wilbey RA. Fabricación de queso. 2ª ed. Zaragoza:Acribia, S.A.;1998.

18. Cabral H. Isolamento e caracterização de uma cisteíno-peptidase de frutos de Bromelia fastuosa (gravatá) [dissertação de mestrado]. São José do Rio Preto (SP): Universidade Estadual Paulista; 2001.

19. Sarath G, De La Motte RS, Wagner FW. Protease assay methods. In: Beynon RJ, Bond JS Proteolytic enzymes a practical approach. New York: Oxford University Press;1996.p.25-55.

20. Baeza G, Correa D, Salas C. Proteolytic enzymes in Carica candamarcensis. J Sci Food Agric. 1990;51(1):1-9.

21. Garcia GAC, Moretti BR, Gomes RG, Casarotti SN, Penna ALB. Composição de macronutrientes e evolução da maturação de queijo Prato com teor reduzido de gordura adicionado de enzima proteolítica fastuosaína. Braz J Food Technol. 2009;VII BMCFB:69–77.

22. Case RA, Bradley Jr RL, Williams RR. Chemical and physical methods. In: American Public Health Association. Standard methods for the examination of dairy products. 15ª ed. Washington, 1985.p.327-404.

23. Instituto Adolfo Lutz (São Paulo, Brasil). Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: Métodos químicos e físicos para análises de alimentos. 3ª ed. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo; 1985.

24. Cunniff, P. Official methods of analysis of AOAC International. 16ª ed. Gaithersburg: AOAC International; 1997. v. 2. p.1-75.

25. Van Dender AGF, Sevillano LA, Yotsuyanagi K, Jardim DCP Determinação da atividade de água de queijos usando crioscopia eletrônica. Rev Inst Lat Cândido Tostes. 1995;50(3):18-26.

26. Serres L, Amariglio S, Petransxiene D. Contrôle de la qualité des produits laitiers. Ministère de l ́Agriculture. Direction des Services Vétérinaires. Tome I. Analyse Physique et Chimique (Chimie VII – 6), 1973.

27. Wolfschoon-Pombo AF. Índices de proteólise em alguns queijos brasileiros. Rev Bol Leite. 1983;55(661):1-8.

28. Vakaleris DG, Price WV. A rapid spectrophotometric method for measuring cheese ripening. J Dairy Sci. 1959; 42(2):264-76.

29. Kosikowski FV, Mistry VV. Cheese and fermented milk foods. 3ª ed. Ann Arbor: Edwards Bros; 1997.

30. Nonogaki CO, Monteiro VS, Gigante ML. Metodologia para avaliar a capacidade de derretimento de queijo Prato. Rev Inst Lat Cândido Tostes. 2004;59(339):230-3.

31. Harte F, Luedecke L, Swanson B, Barbosa-Cánovas GV. Low fat set yogurt made from milk subjected to combinations of high hydrostatic pressure and thermal processing. J Dairy Sci. 2003;86(4):1074-82.

32. Augusto MMM, Queiroz MI, Viotto WH. Seleção e treinamento de julgadores para avaliação do gosto amargo em queijo Prato. Cienc Tecnol Aliment. 2005;25(4):849-52.

33. Lavanchy P, Bérodier F, Zannoni M, Noël Y, Adamo C, Squella J, Herrero L. A guide to the sensory evaluation of texture of hard and semi-hard cheeses.Paris: INRA; 1994.

34. Giomo A. Tasting the cheese and sensory analysis. Bulletin Int Dairy Federation. 2001;369:30-3.

35. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Regulamento técnico de identidade e qualidade do leite pasteurizado. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 18 set. 2002. Seção 1, p.13.

36. Silva CRB, Moretti, BR, Nabuco A.C, Garcia GAC, Penna ALB Maturação de queijo Prato: comparação entre o produto integral e o produzido com teor reduzido de gordura. Rev Inst Lat Cândido Tostes. 2005;60(345):235-8.

37. Silva AT. Maturação do queijo tipo Prato: Influência da Adição de enzimas proteolíticas no processo. [dissertação de mestrado]. Campinas (SP): Universidade de Campinas; 1998.

38. Van Hekken DL, Tunick MH, Malin EL, Holsinger VH. Rheology and melt characterization of low fat and full fat Mozzarella cheese made from microfluidized milk. LWT. 2007;40 (1):89-98.

39. Ginzinger W, Jaros D, Lavanchy P, Rohm H. Raw milk flora affects composition and quality of Bergkase – 3. Physical and sensory properties, and conclusions. Lait. 1999;79(4):411-21.

40. Vianna PCB, Mazal G, Santos MV, Bolini HMA, Gigante ML. Microbial and sensory changes throughout the ripening of prato cheese made from milk with different levels of somatic cells. J Dairy Sci. 2008;91:1743-50.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2010 Graziele Aparecida Chiuchi Garcia, Ana Lúcia Barretto Penna

Downloads

Não há dados estatísticos.