O desinfetante hipoclorito de sódio como barreira sanitária: condições de atividade frente a Staphylococcus aureus isolados em alimentos envolvidos em surtos de toxinfecções alimentares

Autores

  • Jane Mari Corrêa Both Instituto de Pesquisas Biológicas, Laboratório Central de Saúde Pública, Porto Alegre, RS
  • Solange Mendes Longaray Instituto de Pesquisas Biológicas, Laboratório Central de Saúde Pública, Porto Alegre, RS
  • César Augusto Marchionatti Avancini Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Porto Alegre, RS

DOI:

https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32725

Palavras-chave:

hipoclorito de sódio, desinfecção, doenças transmitidas por alimentos, Staphylococcus aureus

Resumo

Para monitorar a eficácia do desinfetante hipoclorito de sódio como barreira sanitária, foi avaliada a atividade frente a 32 isolados de Staphylococcus aureus obtidos, no IPB-LACEN/RS, em alimentos envolvidos em surtos de toxinfecções alimentares. Foi usado o teste de suspensão com o seguinte delineamento: solução com 200 ppm de cloro livre na ausência e presença de matéria orgânica (1% de leite integral); solução com100 ppm de cloro livre; quatro tempos de contato (5, 10, 15 e 30 min). Como resultados: com 200 ppm, na ausência de matéria orgânica, todas os isolados foram inativados; com 200 ppm e matéria orgânica,27 isolados permaneceram viáveis mesmo após 30 min de contato; a solução com 100 ppm necessitou de30 min para que 24 isolados se apresentassem inativos. Concluiu-se que, para o uso deste desinfetante na proteção da saúde de comensais frente ao gênero bacteriano confrontado, o recomendado é uma solução com pelo menos 200 ppm de cloro livre, tempo de contato não inferior a 30 min e resíduos orgânicos nas superfícies com níveis inferiores a 1%.

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Publicado

2009-04-01

Como Citar

Both, J. M. C., Longaray, S. M., & Avancini, C. A. M. (2009). O desinfetante hipoclorito de sódio como barreira sanitária: condições de atividade frente a Staphylococcus aureus isolados em alimentos envolvidos em surtos de toxinfecções alimentares. Revista Do Instituto Adolfo Lutz, 68(2), 254–258. https://doi.org/10.53393/rial.2009.v68.32725

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL