Caracterização antibacteriana e fitoquímica de flores de Hibiscus rosa-sinensis L. (mimo-de-vênus) e Hibiscus syriacus L. (hibisco-da-síria)
PDF

Palavras-chave

Hibiscus rosa-sinensis L.
Hibiscus syriacus L.
atividade antibacteriana
fitoquimicos

Como Citar

1.
Silva AB da, Wiest JM, Paim MP, Girolometto G. Caracterização antibacteriana e fitoquímica de flores de Hibiscus rosa-sinensis L. (mimo-de-vênus) e Hibiscus syriacus L. (hibisco-da-síria). Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de setembro de 2015 [citado 21º de novembro de 2024];73(3):264-71. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33347

Resumo

Hibiscus rosa-sinensis e o Hibiscus syriacus são considerados flores comestíveis e estudos demonstram seu potencial antibacteriano frente a diversos micro-organismos. Este trabalho teve por objetivo analisar a Intensidade de Atividade de Inibição (IINIB) e a Inativação Bacteriana (IINAB) in vitro dos extratos alcoólicos das flores dos hibiscos e a relação com os polifenóis e antocianinas revelados. Avaliou-se a ação antibacteriana frente as bactérias de interesse alimentar, Staphylococcus aureus e Salmonella Enteritidis resultando em diferenças significativas entre as medias de IINIB/IINAB, sendo S. aureus a cepa mais resistente para o H. syriacus e S. Enteritidis a mais sensível em ambos os experimentos. Com relação ao H. rosa-sinensis, este foi eficaz para ambas as bactérias. O teor dos compostos fitoquímicos presentes nas plantas constatou que ha uma forte correlação positiva com a atividade antibacteriana (r = 0,88), sendo que o H. rosa-sinensis obteve poder antibacteriano maior do que o H. syriacus, presumindo estar relacionado a maior quantidade de polifenóis e antocianinas detectadas no primeiro. Conclui-se que as plantas estudadas tem poder bactericida e bacteriostático podendo agir contra a contaminação bacteriana.
https://doi.org/10.18241/0073-98552014731614
PDF

Referências

1. Prata GGB. Compostos bioativos e atividade antioxidante de pétalas de rosas de corte [dissertação de mestrado].João Pessoa (PB): Universidade Federal da Paraíba; 2009.

2. Felippe GM, Tomasi MC. Entre o jardim e a horta: as flores que vão para a mesa. 2ª ed. São Paulo: SENAC; 2004.

3. Pereira MC, Vilela GR, Costa LMAS, Silva RF, Fernandes AF, Fonseca EWN et al. Inibição do desenvolvimento fúngico através da utilização de óleos essenciais de condimentos. Ciênc Agrotec.2006; 30(4):731-8.

4. Forsythe SJ. Microbiologia da segurança dos alimentos. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed Editora; 2013.

5. Lorenzi H, Souza HM, Torres MAV, Bacher LB. Árvores exóticas no Brasil: madeiras, ornamentais e aromáticas. São Paulo: Instituto Plantarum; 2008.

6. Lorenzi H, Souza HM. Plantas Ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum; 1995.

7. Di Stasi LC, Hiruma-Lima CA. Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2ª ed. São Paulo: Editora UNESP; 2002.

8. Andrade FJL et al. Anais doXII Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, 1992.

9. Nair R, Kalariya T, Chanda S. Antibacterial activity of some selected Indian medicinal flora. Turk J Biol.2005;29:41-7.

10. Seyyednejad SM, Koochak H, Darabpour E, Motamedi H. A survey on Hibiscus rosa-sinensis, Alcea rosea L. and Malva neglect Wallr as antibacterial agents. Asian Pac J Trop Med.2010;3(5):351-5.

11. Ruban P, Gajalakshmi K. Atividade antibacteriana in vitrode extrato de flor de Hibiscus rosa-sinensis contra patógenos humanos. Asian Pac J Trop Biomed.2012;2(5):399-403.

12. Gautam R, Saklani A, Jachak SM. Indian medicinal plants as a source of antimycobacterial agents. J Ethnopharmacol.2007;110:200–34.

13. Matias EFF, Santos KKA, Almeida TS, Costa JGM, Coutinho HDM. Atividade antibacteriana in vitro de Croton campestrisA., Ocimum gratissimum L. e Cordia verbenacea DC. Rev Bras Bioci.2010:8(3):294-8.

14. Brasil. Farmacopéia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 5ª ed. Brasília: ANVISA; 2010.

15. Cavalli-Sforza L. Biometrie: Grundzüge biologisch-medizinische Statistic (Biometria: fundamentos de estatística viológica-médica). Stuttgart: Gustav Fisher V. 1974. p. 201-4.

16. DVG (Deutsche Veterinärmedizinische Gesellschaft). Richtlinien zur Prüfung chemischer Desinfektionsmittel für die Veterinärmedizin. In: Schliesser T, Strauch D. Desinfektion in Tierhaltung, Fleisch – und Milchwirtschaft. Stuttgart: Enke V., 455p, 1981.

17. Avancini CAM. Saneamento aplicado em saúde e produção animal: etnografia, triagem da atividade antibacteriana de plantas nativas no sul do Brasil e testes de avaliação do decocto de Hypericum caprifoliatum Cham. E Sochlecht – Hypericaceae (Guttiferae) – (“escadinha”, “sinapismo”) para uso como desinfetante e antisséptico [tese de doutorado]. Porto Alegre: Faculdade de Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2002.

18. Souza AA, Wiest JM. Atividade antibacteriana de Aloysia gratissima (Gill et Hook) Tronc. (garupá, erva-santa) usada na medicina tradicional no Rio Grande do Sul-Brasil. Rev Bras Plantas Med.2007;9:23-9.

19. Avancini CAM, Wiest JM. Atividade desinfectante do decocto de Hypericum caprifoliatum Cham. E Sochlecht – Hypericaceae (Guttiferae) – (“escadinha”, “sinapismo”) frente a diferentes doses infectantes de Staphylococcus aureus (agente infeccioso em mastite bovina). Rev Bras Plantas Med.2008;10(1):64-9.

20. Maciel M J, Paim MP, Carvalho HHC, Wiest JM. Avaliação do extrato alcoólico de hibisco (Hibiscus sabdariffa L.) como fator antibacteriano e antioxidante. Rev Inst Adolfo Lutz.2012;71(3):462-70.

21. Cardoso PS. Análise fitoquímica e antibacteriana da planta Hibiscus acetosella WeLw ex Hiern [trabalho de conclusão de curso]. Criciúma (SC): Universidade do Extremo Sul Catarinense; 2011.

22. Moyer RA, Hummer KE, Finn CE, Frei B, Wrolstad RE. Anthocyanins, phenolics, and antioxidants capacity in diverse small fruits: Vaccinium, Rubus, and Ribes. J Agric Food Chem.2002;50:519-25.

23. Giusti MM, Wrolstad RE. Antocyanins: characterizion and measurement with uv-visible sprectroscopy. In: Wrolstad RE (Ed.). Currente protocols in food analytical chemistry. New York: John Wiley & Sons, 2001. Unit F1.2.1-13.

24. Callegari-Jaques LM. Bioestatística: princípios e aplicações. Porto Alegre: Artmed; 2004. 255p.

25. Girolometto G, Avancini CAM, Carvalho HHC, Wiest JM. Atividade Antibacteriana de extratos de erva mate (Ilex paraguariensis A. St.Hill). Rev Bras Plantas Med.2009;11(1):49-55.

26. Wong SK, Lim YY, Chan EWC. Evaluation of Antioxidant, Anti-tyrosinase and Antibacterial Activities of Selected HibiscusSpecies. Ethnobot Leaflets.2010;14:781-96.

27. Siqueira CFQ, Cabral DLV, Sobrinho TJSP, Amorim ELC, Melo JG, Araujo TAS et al. Levels of Tannins and Flavonoids in Medicinal Plants: Evaluating Bioprospecting Strategies. J Evid Based Complem Altern Med.2012; 7p.

28. Torres EC, Ribeiro A, Soares MA. Abordagem fitoquímica e prospecção do potencial antimicrobiano in vitro das partes aéreas de três espécies vegetais pertencentes à família Lamiaceae. 2008. Disponível em: [http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/Biologia/Artigos/abordagem-fitoquimica.pdf.] Acessado em: 07/01/2015.

29. Chao CY, Yin MC. Antibacterial Effects of Roselle Calyx Extracts and Protocatechuic Acid in Ground Beef and Apple Juice. Foodborne Pathog Dis.2009;6(2):201-6.

30. Ríos JL, Recio MC. Medicinal plants and antimicrobial activity. J Ethnopharmacol.2005;100:80–4.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Analú Barbosa da Silva, José Maria Wiest, Marcelo Pinto Paim, Giovani Girolometto

Downloads

Não há dados estatísticos.