Resumo
Neste trabalho são relatados os resultados de determinações físico-químicas e microbiológicas, segundo a legislação brasileira, durante um ano, em amostras de sardinha (Sardina pilchardus) enlatadas em óleo de soja, especialmente elaboradas. Foi avaliada a compatibilidade do produto com a embalagem (folha cromada revestida com verniz epoxi-fenólico) quanto aos compostos migrados. A embalagem mostrou-se adequada para este tipo de produto. Os níveis de ferro e cromo encontrados sugerem que estes metais, presentes no alimento, não provém da embalagem. A análise microbiológica do produto apresentou resultados de acordo com a legislação vigente. O teor de bases voláteis totais (BVT), a partir do primeiro dia após o processamento, foi superior ao limite máximo permitido (0,030 g/100g). A reação de Éber para gás sulfídrico (H2S) mostrou-se inconclusiva, não demonstrando correlação com os níveis de BVT e/ou exame microbiológico. Tais resultados sugerem revisão do limite estabelecido para BVT, bem como o estudo de outros parâmetros de avaliação da qualidade de pescado, pois o teor de BVT e/ou a reação de H2S, isoladamente, não asseguram a avaliação eficiente deste tipo de produto.
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