Incidência de matérias estranhas em queijos de feiras livres da Cidade de São Paulo
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Palavras-chave

Matérias estranhas
sujidades
análise microscópica
queijos
feiras livres

Como Citar

1.
Correia M, Manuel Leal Germano P, José Roncada M. Incidência de matérias estranhas em queijos de feiras livres da Cidade de São Paulo. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de dezembro de 1996 [citado 4º de dezembro de 2024];56(2):47-52. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36610

Resumo

Foram analisadas 141 amostras de queijos prato, mussarela e mineiro, comercializados em 47 feiras livres representativas de todas as Regiões da Cidade de São Paulo e de todas as estações do ano (período de março/93 a fevereiro/94). Os queijos foram analisados, na Seção de Microscopia Alimentar do Instituto Adolfo Lutz, quanto à presença de matérias estranhas externas (por lavagem) e internas (por digestão enzimática), as quais, após a extração e filtração em papel de filtro, foram identificadas ao microscópio estereoscópico e contadas. Os resultados mostraram que as feiras livres da Região Oeste apresentaram as amostras em piores condições higiênicas, sendo o queijo mineiro o mais contaminado, com a totalidade das amostras contendo matérias estranhas externas e internas. As Regiões Oeste e Sul apresentaram as maiores freqüências de matérias
estranhas totais. Não foi encontrada relação entre o número de matérias estranhas totais e a localização das feiras livres (regiões mais centrais ou periféricas da Cidade). Quanto às estações do ano, nas análises externas dos queijos prato e mussarela não se registraram amostras positivas no inverno e na primavera, enquanto o queijo mineiro, independentemente da época do ano, apresentou 100% das amostras com matérias estranhas.

https://doi.org/10.53393/rial.1996.56.36610
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Copyright (c) 1996 Marlene Correia, Pedro Manuel Leal Germano, Maria José Roncada

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