Avaliação do diagnóstico laboratorial da doença meningocócica pelos Laboratórios Regionais do Instituto Adolfo Lutz
pdf

Palavras-chave

doença meningocócica
meningite rneningocócica
métodos diagnóstico
sorogrupo
líquor

Como Citar

1.
Mendes Moscardini Rocha M, Regina Novaes Ramires Esper M, Nogueira Neme S, Inês Cazentini Medeiros M, Ruivo Ferro e Silva R, Luiz Vicente Arreaza A, Ebner Filho W, A. Zago Castanheira de Almeida I, Georgina Bassi M, Araújo E. Avaliação do diagnóstico laboratorial da doença meningocócica pelos Laboratórios Regionais do Instituto Adolfo Lutz. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de junho de 1999 [citado 5º de maio de 2024];58(1):33-9. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36666

Resumo

31.833 amostras de líquido céfalo-raquidiano foram processadas nos Laboratórios Regionais de Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba, no período de 1989 a 1995. A metodologia utilizada para transporte, semeadura e identificação do agente etiológico foi a recomendada pelo Centro Nacional de Referência para meningite, Instituto Adolfo Lutz, Ministério da Saúde. Foram diagnosticados um total de 1.748 casos de meningite meningocócica. Destes, 91 (5,20%) casos foram definidos somente pela bacterioscopia e 24 (1,54%) cepas de Neisseria meningitidis não puderam ser sorogrupadas. Das 1630 cepas de Neisseria meningitidis sorogrupadas, o sorogrupo mais frequente foi o B com 848 (52,02%), seguido de 743 (45,58%) C, 30 (1,84%) W135, 3 (0,18%) Ye 1 (0,06%) X .É digno de nota a ocorrência de 5 casos de meningococo A, exclusivamente diagnosticados pela reação de imunoeletroforese cruzada. A maior positividade foi encontrada na cultura (87.4%), seguida pela bacterioscopia (75.3%) e imunoeletroforese cruzada (54.8%). A variação sazonal dos casos foi como esperado, com alta incidência no inverno. A melhoria do diagnóstico etiológico e das ações de vigilância da doença meningocócica foi demonstrada pelo aumento progressivo no número de casos diagnosticados pelos laboratórios desde 1989.

https://doi.org/10.53393/rial.1999.58.36666
pdf

Referências

1. ALKMIN,M.G.A.; LANDGRAF,I.M. & MELLES,C.E.A. Avaliação do Teste de Látex comparativamente à cultura e à Imunoeletroforese Cruzada no diagnóstico de meningites bacterianas. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 55: 19-24, 1995.

2. ALKMIN,M.G.A.; LANDGRAF,I.M. & VIERIA,M.F.P. Contribuição da Imunoeletroforese Cruzada em líquido cefalorraquidiano e/ou soro no diagnóstico de infecções por Neisseria meningitidis grupo B no Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lut; 56 (l ): 13-17, 1996.

3. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDI/ CENEPI/ FNS., fevereiro 1996.

4. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDII CENEPI/ FNS., abril 1996.

5. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDII CENEPI/ FNS., janeiro 1997.

6. BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Ações Básicas da Saúde. Divisão Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. Normas Técnicas para o diagnóstico das Meningites Bacterianas . Brasília. Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 49p. (Série A: Normas e Manuais Técnicos, 32) 1986.

7. CAMARGO,M.C.C. & HIDALGO,N.T.R. Doença Meningocócica: A vacina contra o meningococo B e a situação atual na Grande São Paulo. Imunizações - Atualização. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Unicef. 2 (2) :
161-167,1989.

8. CAMARGO,M.C.C. & HIDALGO,N.T.R. A Doença Meningocócica na Grande São Paulo. Imunizações, 3 : 4-7,1990.

9. CAMARGO,M.C.C. Doença meningocócica no Município de São Paulo, no período de 1979 a 1993, endemia e epidemia, São Paulo, 1996 [ Dissertação de Mestrado, Faculdade de Saúde Pública da USP ].

10. DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS. Avaliação da meningite no Brasil. Ano VIII n 8 - Agosto 1994, Ministério da Saúde.

11. GHANASIA,J.P.; SLIM,A.; BEREGIN,E.B. & MADALL. J. Failure of dianozing group B menigococca1 meningitidis in imunoeletrophoresis. Scand. J. Infect. Dis. 9: 313-314, 1997.

12, GAMA,S.G.N.; MARZOCHI,K.B.F. & SILVEIRA FILHO,G.B. Caracterização epidemiológica da doença meningocócica na área metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, 1976 a 1994. Rev. Saúde Pública, 31(3): 254-262,1997.

13 GOMES,S.L.; SILVA,M.B.; RIBAS,J.C.; RUGAI,E.; AMOROSINO,A. & CAVE,J.J.D. Me-
ningite cerebrospinal e sulfamidação maciça, preventiva. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 10: 77- 85, 1950.

14. KEMP,B. Aspectos epidemiológicos e diagnóstico 1aboratorial da Doença Meningocócica no município de Campinas / SP no período de 1988 a 1993, 1994 [ Tese de mestrado, Faculdade de Saúde Pública da USP ].

15. MELLES,C.E.A.; LANDGRAF,LM. & BARATA,R.C.B. Meningites, interferência de antibacterianos presentes no líquido cefalorraquidiano no diagnóstico etiológico. Rev. Inst. Adolfo Lutz , 48(1/2): 43-47,1988.

16. MELLES,C.E.A.; LANDGRAF,LM.; FARACO,M.L. & BASCARDI,M.N.B. Valor da bac-
terioscopia, cultura e imunoeletroforese cruzada no diagnóstico das meningites bacterianas. Rev. Inst. Adolfo Lutz , 49 (l ): 61-67 ,1989.

17. MILAGRES,L.G.; RAMOS,S.R.; SACHI,C.T.; MELLES,C.E.A; VIEIRA,U.S.D.; SATA,M.;
BRITO,G.S.; MORAES,J.C. & FRASCH,C.E. Immune Response of Brazi1ian Children to a N. meningitidis serogroup B auter membrane Protein Vaccine. Comparison with efficacy. Infection and Immunity, 62: 4419-4424,1994.

18. PALHARES,M.; GELLI,D.S.; ALMEIDA,M.C.R.; MELLES,C.E.A. TAKEDA,A.E.; TAUNAY,A.E. Pesquisa de polissacáride de Neisseria meningitidis do grupo C no líquido cefalorraquidiano por Imunoeletroforese Cruzada em acetato de celulose. Rev. Inst. Adolfo Lut; 33: 85-89, 1973.

19. PELTOLA,M. Meningococcal disease: still with uso Rev. Infect. Dis. 5: 71-91,1983.

20. PINHEIRO,S.A.;FUJINAMI,A.K.; RUFFINO NETO,A.; SANTIAGO,R.C. Alguns aspectos da meningite meningocócica no município de Ribeirão Preto, S.P. Medicina, Ribeirão Preto, 24 (4) : 204-211, 1991.

21. PINNER,R.W. ;GELLIN,B.G. ;BIBB,W.F. BAKER,C.N. ; WEAVER,R. ;HUNTER,S.B. ;
WATERMAN,S.H. MOCCA,L.F. FRASCH,C.E. ; BROOME,C.V and the Meningococca1 Disease Study Group. Meningococcal disease in the United States 1986. l. Infect. Dis, 164: 368-374,1991.

22. REQUEJO,H.LZ.; NASCIMENTO,C.M.P,C & FAHRAT,C.K. Comparison of Counterimmunoelechophoresis, Latex Aggutinatios and Bacterial Culture for the Diagnosis of Bacterial Meningitidis using urine, serum and cerebrospinal fluid samples. Brazilian J. Med. Biol. Res., 25: 357-367, 1992.

23. SCHIMID, A.W & GALVÃO, P.A.L.A. Alguns aspectos epidemiológicos da meningite meningocócica no município de São Paulo.Arq. Hig.Saúde pub1.26 (87) : 15-39,1961

24. SCHWARTZ,B.; MOORE,P.S. & BROOME,C.V. Global epidemiology of meningococcal disease. Clin. Microbiol. Rev., 2: S 118-S 124, 1989.

25. TIKHOMIROV,E. Meningococcal meningitis: global situation and control measures. Word Health Statistics, 40: 98-108, 1987.

26. WHALEN,C.M.;HOCHIN,J.C.; RYAN,A. & FRASER,A. The changing epidemiology of invasive meningococal disease in Canada. lAMA, 273(5): 390- 394, 1995.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1999 Marilu Mendes Moscardini Rocha, Maria Regina Novaes Ramires Esper, Suzel Nogueira Neme, Marta Inês Cazentini Medeiros, Regina Ruivo Ferro e Silva, Antonio Luiz Vicente Arreaza, Waldemar Ebner Filho, Ivete A. Zago Castanheira de Almeida, Margarida Georgina Bassi, Eliani Araújo

Downloads

Não há dados estatísticos.