Resumen
31.833 amostras de líquido céfalo-raquidiano foram processadas nos Laboratórios Regionais de Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba, no período de 1989 a 1995. A metodologia utilizada para transporte, semeadura e identificação do agente etiológico foi a recomendada pelo Centro Nacional de Referência para meningite, Instituto Adolfo Lutz, Ministério da Saúde. Foram diagnosticados um total de 1.748 casos de meningite meningocócica. Destes, 91 (5,20%) casos foram definidos somente pela bacterioscopia e 24 (1,54%) cepas de Neisseria meningitidis não puderam ser sorogrupadas. Das 1630 cepas de Neisseria meningitidis sorogrupadas, o sorogrupo mais frequente foi o B com 848 (52,02%), seguido de 743 (45,58%) C, 30 (1,84%) W135, 3 (0,18%) Ye 1 (0,06%) X .É digno de nota a ocorrência de 5 casos de meningococo A, exclusivamente diagnosticados pela reação de imunoeletroforese cruzada. A maior positividade foi encontrada na cultura (87.4%), seguida pela bacterioscopia (75.3%) e imunoeletroforese cruzada (54.8%). A variação sazonal dos casos foi como esperado, com alta incidência no inverno. A melhoria do diagnóstico etiológico e das ações de vigilância da doença meningocócica foi demonstrada pelo aumento progressivo no número de casos diagnosticados pelos laboratórios desde 1989.
Citas
2. ALKMIN,M.G.A.; LANDGRAF,I.M. & VIERIA,M.F.P. Contribuição da Imunoeletroforese Cruzada em líquido cefalorraquidiano e/ou soro no diagnóstico de infecções por Neisseria meningitidis grupo B no Brasil. Rev. Inst. Adolfo Lut; 56 (l ): 13-17, 1996.
3. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDI/ CENEPI/ FNS., fevereiro 1996.
4. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDII CENEPI/ FNS., abril 1996.
5. BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO. Brasília, Ministério da Saúde GT. Meningite/ CNDII CENEPI/ FNS., janeiro 1997.
6. BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Ações Básicas da Saúde. Divisão Nacional de Laboratórios de Saúde Pública. Normas Técnicas para o diagnóstico das Meningites Bacterianas . Brasília. Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 49p. (Série A: Normas e Manuais Técnicos, 32) 1986.
7. CAMARGO,M.C.C. & HIDALGO,N.T.R. Doença Meningocócica: A vacina contra o meningococo B e a situação atual na Grande São Paulo. Imunizações - Atualização. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Unicef. 2 (2) :
161-167,1989.
8. CAMARGO,M.C.C. & HIDALGO,N.T.R. A Doença Meningocócica na Grande São Paulo. Imunizações, 3 : 4-7,1990.
9. CAMARGO,M.C.C. Doença meningocócica no Município de São Paulo, no período de 1979 a 1993, endemia e epidemia, São Paulo, 1996 [ Dissertação de Mestrado, Faculdade de Saúde Pública da USP ].
10. DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS. Avaliação da meningite no Brasil. Ano VIII n 8 - Agosto 1994, Ministério da Saúde.
11. GHANASIA,J.P.; SLIM,A.; BEREGIN,E.B. & MADALL. J. Failure of dianozing group B menigococca1 meningitidis in imunoeletrophoresis. Scand. J. Infect. Dis. 9: 313-314, 1997.
12, GAMA,S.G.N.; MARZOCHI,K.B.F. & SILVEIRA FILHO,G.B. Caracterização epidemiológica da doença meningocócica na área metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, 1976 a 1994. Rev. Saúde Pública, 31(3): 254-262,1997.
13 GOMES,S.L.; SILVA,M.B.; RIBAS,J.C.; RUGAI,E.; AMOROSINO,A. & CAVE,J.J.D. Me-
ningite cerebrospinal e sulfamidação maciça, preventiva. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 10: 77- 85, 1950.
14. KEMP,B. Aspectos epidemiológicos e diagnóstico 1aboratorial da Doença Meningocócica no município de Campinas / SP no período de 1988 a 1993, 1994 [ Tese de mestrado, Faculdade de Saúde Pública da USP ].
15. MELLES,C.E.A.; LANDGRAF,LM. & BARATA,R.C.B. Meningites, interferência de antibacterianos presentes no líquido cefalorraquidiano no diagnóstico etiológico. Rev. Inst. Adolfo Lutz , 48(1/2): 43-47,1988.
16. MELLES,C.E.A.; LANDGRAF,LM.; FARACO,M.L. & BASCARDI,M.N.B. Valor da bac-
terioscopia, cultura e imunoeletroforese cruzada no diagnóstico das meningites bacterianas. Rev. Inst. Adolfo Lutz , 49 (l ): 61-67 ,1989.
17. MILAGRES,L.G.; RAMOS,S.R.; SACHI,C.T.; MELLES,C.E.A; VIEIRA,U.S.D.; SATA,M.;
BRITO,G.S.; MORAES,J.C. & FRASCH,C.E. Immune Response of Brazi1ian Children to a N. meningitidis serogroup B auter membrane Protein Vaccine. Comparison with efficacy. Infection and Immunity, 62: 4419-4424,1994.
18. PALHARES,M.; GELLI,D.S.; ALMEIDA,M.C.R.; MELLES,C.E.A. TAKEDA,A.E.; TAUNAY,A.E. Pesquisa de polissacáride de Neisseria meningitidis do grupo C no líquido cefalorraquidiano por Imunoeletroforese Cruzada em acetato de celulose. Rev. Inst. Adolfo Lut; 33: 85-89, 1973.
19. PELTOLA,M. Meningococcal disease: still with uso Rev. Infect. Dis. 5: 71-91,1983.
20. PINHEIRO,S.A.;FUJINAMI,A.K.; RUFFINO NETO,A.; SANTIAGO,R.C. Alguns aspectos da meningite meningocócica no município de Ribeirão Preto, S.P. Medicina, Ribeirão Preto, 24 (4) : 204-211, 1991.
21. PINNER,R.W. ;GELLIN,B.G. ;BIBB,W.F. BAKER,C.N. ; WEAVER,R. ;HUNTER,S.B. ;
WATERMAN,S.H. MOCCA,L.F. FRASCH,C.E. ; BROOME,C.V and the Meningococca1 Disease Study Group. Meningococcal disease in the United States 1986. l. Infect. Dis, 164: 368-374,1991.
22. REQUEJO,H.LZ.; NASCIMENTO,C.M.P,C & FAHRAT,C.K. Comparison of Counterimmunoelechophoresis, Latex Aggutinatios and Bacterial Culture for the Diagnosis of Bacterial Meningitidis using urine, serum and cerebrospinal fluid samples. Brazilian J. Med. Biol. Res., 25: 357-367, 1992.
23. SCHIMID, A.W & GALVÃO, P.A.L.A. Alguns aspectos epidemiológicos da meningite meningocócica no município de São Paulo.Arq. Hig.Saúde pub1.26 (87) : 15-39,1961
24. SCHWARTZ,B.; MOORE,P.S. & BROOME,C.V. Global epidemiology of meningococcal disease. Clin. Microbiol. Rev., 2: S 118-S 124, 1989.
25. TIKHOMIROV,E. Meningococcal meningitis: global situation and control measures. Word Health Statistics, 40: 98-108, 1987.
26. WHALEN,C.M.;HOCHIN,J.C.; RYAN,A. & FRASER,A. The changing epidemiology of invasive meningococal disease in Canada. lAMA, 273(5): 390- 394, 1995.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 1999 Revista del Instituto Adolfo Lutz