Avaliação da relação umidade/proteína em salsichas, com proteína texturizada de soja, antes e após o enlatamento
pdf

Palavras-chave

Salsicha enlatada, proteína texturizada de soja
salsicha enlatada, relação umidade/proteína
salsicha enlatada, legislação

Como Citar

1.
Tavares M, Lobanco CM, Carvalho JB de, Mello MRP do A, Anraku TY, Bottezelli SR. Avaliação da relação umidade/proteína em salsichas, com proteína texturizada de soja, antes e após o enlatamento. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 29º de dezembro de 1989 [citado 9º de maio de 2024];49(2):213-8. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/36958

Resumo

A água adicionada na fabricação de produtos emulsionados, como a salsicha, é tecnologicamente necessária, mas se for em excesso compromete o valor nutritivo do produto e deixa de atender à legislação brasileira, que desde 1962 fixa a relação umidade/proteína (U/P) em 3,50: 1,00, antes do enlatamento. Considerando que, a partir de 1978, foi permitida a adição de proteína texturizada de soja (PTS) em produtos cámeos, o presente trabalho teve como objetivo principal avaliar tal relação em amostras de salsicha, com os seguintes teores de PTS: zero 9,0, 15,0 e 22,5%, em base hidratada, antes e após o enlatamento, num período de 150 dias. Os resultados mostraram que a relação U/P variou de 3,57 a 5,32; 3,80 a 5,87; 3,78 a 5,98 e 3,85 a 5,77, respectivamente, para cada formulação, alcançando relativo equilíbrio após 15 dias de enlatamento. Concluindo, os autores propreem a alteração do valor da relação U/P, antes do enlatamento de 3,50: 1,00 para 4,00:1,00, e para o embutido enlatado, valores entre 5,00:1,00 e 6,00:1,00.

https://doi.org/10.53393/rial.1989.49.36958
pdf

Referências

1. BRASIL. Leis, decretos etc. - Decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952, alterado pelo Decreto nº 1.255 de 25 de junho de 1962. Aprova o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, Brasflia , Ministério da Agricultura, 1980, p. 67.

2. BRASIL. Leis, decretos etc, - Portaria n'' 115/78, da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Diário Oficial, Brasília, lº ago. 1978. Seç. I, pt,
1, p. 12020-1. Permite o emprego de proteína texturizada de soja em produtos cárneos.

3. COSTA. S.I & MORI, E.E.M. - Principais formas de aproveitamento da soja na alimentação humana.Bol. Inst. Tecnol. Aliment.56: 27-49, 1978.

4. GOMIDE, L.A.M.; PEREIRA, A. S. & GOMES, I.C. - Avaliação físico-química de salsichas Viena enlatadas. Alimentação, 76: 22-9,1985.

5. GOMIDE, L.A.M.; PEREIRA, A.S. & GOMES, I.C. - Efeito da relação umidade: proteína sobre a estabilidade da emulsão de salsichas enlatadas, Bol. SBCTA,21(3/4): 170-8,1987.

6. GRANER, M. - Processarncnto e conservação de produtos de origem animal - carnes vermelhas e produtos avícolas. In: CAMARGO, R. et alii. Tecnologia dos produtos agropecuários - alimentos. São Paulo, Nobel, 1984, capo 9, p.137-64.

7. HSU, L.A.; CIAMPI, C.M.S.; DELAZART, L; LAZARINE, V.B.; GALVÃO, L.C.A. & FIGUEn~EDO, LB. - Avaliação de qualidade de salsichas. Boi. Inst. Tecnol. Aliment., 53: 93-107, 1977.

8. INSTITUTO ADOLFO LUTZ (São Paulo) - Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz. 3ª cd, São Paulo, IMESP, 1985. v. 1, p.21-45.

9. LAUCK, R.M. - The functionality of biridcrs in meat emulsions. J. Food. Sci., 40: 736-40, 1975.

10. MANIARREZ, S.D. - Usos de Ia proteina de soya en carnes (2ª parte). Soya Noticias, 201: 3-4, 1987.

11. MORI, E.E.M.; HSU, L.; DELAZARI, L; FIGUEIREDO, LB.; ANGELUCCI, E.; SHIROSE, 1. & CALIL, R.M. - Qualidade de salsichas provenientes de cinco fabricantes de São Paulo. Boi. SBCTA, 15(1): 25-54, 1981.

12. MUCCIOLO, P. & GOMES, M.C.G. - A relação umidade/proteína (U /P) na repressão de fraude de salsichas enlatadas. Bol. SB CTA , 15(4): 379-93, 1981.

13. MUCCIOLO, P. & GOMES, M.C.G. - Relação umidade/proteína de salsichas enlatadas: uma equação para calcular seu valor antes do enlatamento.Hig. Aliment. 1(3/4): 216-7, 1982.

14. MUCCIOLO, P.; MEIRA, D.R. & GOMES, M.C.G. - Relação umidade/proteína de salsichas enlatadas e seu comportamento em função do tempo de processamento. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 40(2): 129-34, 1980.

15. ORGAl'HZAClON PANAMERICANA DE LA SALUD. - Normas sanitárias de alimentos. Washington, 1967. (Servicios Médicos Veterinários, Higiene de Alimentos, Série Nº I, Tomo I).

16. RODRIGUES. F.A. - Tecnologia dos produtos cárncos. Campinas, Instituto de Tecnologia de Alimentos: Centro de Tecnologia da Carne. 1978. p.99-103.

17. SÃO PAULO. Leis, decretos etc. - Decreto nº 12.486 de 20 de outubro de 1978. Diário Oficial, São Paulo, 21 out. 1978. p.l (NTA 36) Aprova as Normas técnicas especiais relativas a alimentos e bebidas.

18. TAKINO, M.; KOMATSU, 1. & GALLI, F. - Relação umidade:proteína de salsichas e mortadelas consumidas em São Paulo. Atualid. vet., 3(19): 4-10, 1974.
Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 1989 Mário Tavares, Cássia Maria Lobanco, José Byron de Carvalho, Márcia Regina P. do Amaral Mello, Thereza Yalue Anraku, Sérgio Roberto Bottezelli

Downloads

Não há dados estatísticos.