Contaminação fúngica no leite humano e em sítios anatômicos de lactantes e lactentes
PDF

Palavras-chave

mastite
cavidade oral
Candida albicans
complexo C parapsilosis (grupo psilosis)
virulência

Como Citar

1.
Oliveira G dos S, Luchese RH, Novak FR, Abreu DPB de, Martins AMD. Contaminação fúngica no leite humano e em sítios anatômicos de lactantes e lactentes. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 1º de março de 2012 [citado 25º de abril de 2024];71(3):450-5. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/32450

Resumo

As infecções bacterianas ou fúngicas causam quadro clínico de mastite, que motiva desmame precoce. Os micro-organismos patogênicos, como leveduras do gênero Candida, quando em número elevado no intestino, podem causar disbiose. Nesta pesquisa, foram realizadas a detecção e a identificação de microbiota fúngica nas amostras de leite humano e de sítios anatômicos de mulheres e crianças atendidas pelo Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira. A virulência dos isolados de levedura foi determinada pelos testes de atividade proteolítica. De 64 amostras analisadas, 81% foram positivas para fungos, com maior prevalência de Candida albicans (73%), seguida do complexo C. parapsilosis (15,4%). Perfis semelhantes aos verificados no total de amostras foram encontrados nas amostras de leite, nas mamas e na cavidade oral, sugerindo-se a ocorrência de associação entre a infecção cutânea da mãe e do lactente com o leite ingerido. O perfil associado à virulência dos isolados de Candida foi determinado pelo teste de produção de proteases, e 100% das amostras mostraram resultados fortemente positivos, indicando alto grau de infecciosidade. A alta prevalência de C. albicans nas amostras coletadas de mamas, no leite e na cavidade oral, é importante fator de risco à saúde de lactentes.
https://doi.org/10.53393/rial.2012.v71.32450
PDF

Referências

1. Andrews JI, Fleener DK, Messer SA, Hansen WF, Pfaller MA, Diekema DJ.The yeast connection: is Candida linked to breastfeeding associated pain?Am J Obstet Gynecol. 2007;197(4):424e1-4.

2. Panjaitan M, Amir, LH, Costa AM, Rudland E, Tabrizi S. Breastfeedi Med. 2008;3(3):185-7

3. Odds FC. Pathogenesis of Candida infections. J Amer Acad Dermatol. 1994;31(3):S2-S5.

4. De Toro M, Torres MJ, Maite R, Aznar J. Characterization of Candida parapsilosis complex isolates. Clin Microbiol Infect. 2011;17(3):418-24.

5. Furlaneto-Maia L, Specian AFL, Thõrn DSW, Oliveira MT. Estudo da incidência de amostras clínicas do gênero Candidaisoladas de diversos sítios anatômicos. Acta Sci Health Sci. 2007;29(1):33-7.

6. Murray PR. Manual of Clinical Microbiology. Washington, DC: ASM Press; 1995. p. 85-93.

7. Sullivan DJ, Moran G, Donnelly S, Gees, Pinjon E, McCartan B, et al. Candida dubliniensis sp. Rev Iberoam Micol. 1999;16:72-6.

8. Vargas KG, Joly S. Carriage Frequency, intensive of Carriage, and Strains of Oral Yeast Species Vary in the Progression to Oral Candidiasis in Human Immunodeficiency Virus-Positive Individuals. J Clin Microbiol. 2002;40(2):341-50.

9. Sgarbieri, V. Propriedades fisiológicas-funcionais das proteínas do soro de leite. Rev Nutrição. 2004;17(4):397-409.

10. Bougnoux ME, Aanensen DM, Morand S, Théraud M, Spratt BG, d’Enfert C. Multilocus sequence typing of Candida albicans: strategies, data exchange and applications. Infect Genet Evol. 2004;4(3):243-52.

11. Ruchel R, Tegeler R, Trost M. A comparision of secretory proteinase from different stains of Candida albicans. Saborandia. 1982;20:233-4.

12. Bennett DE, McCreary CE, Coleman DC. Genetic characterization of phospholipase C gene from Candida albicans: presence of homologous sequences in Candida species other than Candida albicans. Microbiol. 1998;144:55-72.

13. Ghannoum MA. Phospholipases in virulence and fungal phatogenesis. Clin Microbiol Rev. 2000;13(1):124-34.

14. Hanula J, Saarela M, Dogan B, Paatsama J, Koukila-Kahkola P, Pirinen S, et al. Comparison of virulence factors of oral Candida dubliniensis and Candida albicans isolates in healthy people and patients with chronic candidiosis. Oral Microbiol Immunol. 2000;15(4):238-44.

15. Bein M, Scaller M, Hans CK, Baur S, Hamm G, Monod M, et al. The secreted aspartyl proteinase sap1 and sap2 cause tissue damage in an vitro model of vaginal candidiasis based on reconstituted human vaginal epithelium. Infect Immun. 2003;71(6):3227-34.

16. Alvares CA, Suidzzinski TE, Lopes MEL. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das liveduras. J Bras Patol Med Lab. 2007;41(5):319-27.

17. Hoyer LL. The ALS Gene Family of Candida albicans. Trends Microbiol. 2001;9(4):176-80.

18. Goes VFF. Ação de extratos, óleos essenciais e frações isoladas de plantas Medicinais sobre a formação do biofilme em Candidassp. [tese de doutorado]. São Paulo (SP): Unicamp; 2009.

19. Tronchin G, Bouchara IP, Annaix V, Robert T, Senet JM. Fungal cell adhesion in Candida albicans. Eur J Epidemiol. 1991;7:23-33.

20. Kretschmar M, Hube B, Bertsch T, Sanglaard D, Merker R, Schoroder M, et al. Germ tubes and proteinase activity contribuite to virulence of Candida albicans in murine peritonitis. Infect Immun. 1999;67(12):6637-42.

21. Sidrim JJC, Moreira JLB. Fundamentos clínicos e laboratoriais de micologia médica. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 1999.

22. Price FM, Genetrys IO, Wclacinson IP. Plate method for detection for phospholipase activity in Candida albicans. Sabourandia. 1982;20:27-34.

23. Nucci M. Candiduria in hospitalized patients: A review. Bras J Infec Dis. 2000;4:168-72.

24. Rodriguez-Tudella JL, Cuenca-Estrella M. Fungemia by yeast: a multicenter study in Spain. Rev Clin Esp. 1999;199:356-61.

25. Morgan J. Global trends in candidemia: Review of reports from 1995-2005. Curr Infect Dis Rep. 2005;7:429-39.

26. Krcméry V Jr., Kovacicová G. Longitudinal 10-year prospective survey of fungaemia in Slovak Republic: Trends in etiology in 310 episodes. The Slovak Fungaemia Study Group Diagn Microbiol Infect Dis. 2000;36:7-11.

27. Contreras I, Ponton J, Quindos G. Prevalence of Candida parapsilosis in the oral cavities of infants in Spain. Clin Infect Dis. 1994;18(3):480-1.

28. Tortora GF, Funke BR, Case CL. Microbiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul; 2000.

29. Budtz-Jorgensen E. Etiology, pathogenesis, therapy and profilaxis of oral yeast infections. Acta Odontol Scand. 1990;48(1):61-9.

30. Neville BW, Dann DD, Allen CM, Bouquot JE. Fungal and Protozoal diseases. In: Oral & Maxillofacial pathology. Filadélfia; 1995.

31. Nisengard RJ, Newman MG. Microbiologia oral e imunologia. 2. ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 1997.

32. Almeida JAG. Qualidade do leite humano coletado e processado em banco de leite [dissertação de mestrado]. Viçosa (MG): Universidade Federal de Viçosa; 1986.

33. Kurtzman CP, Fell JW, Boekhout T. The Yeasts, a taxonomic study. 5. ed. San Diego (CA): Elsevier; 2011. 2080 p.

34. MacDonald F. Secretion of inducible proteinase by pathogenic Candida species. Sobouraudia. 1984;22(1):79-82.

35. Penha SS. Frequency and enzymatic activity (proteinase and phospholipase) of Candida albicans from edentulous patients with and without denture stomatitis. Pesq Odont Bras. 2000;14(2):119-22.

36. Candido RC, Azevedo RVP, Komesu MC. Enzimotipagem de espécies do gênero Candida isoladas da cavidade bucal. Rev Soc Bras Med Trop. 2000;33(5):437-42.

37. Holmstrup P, Samaranayake LP. Acute and AIDS related oral candidoses. In: Samaranayake LP, Mac Farlane TW. Oral Candidosis. London: Wright; 1990. cap. 8, p. 133-55.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2012 Geraldo dos Santos Oliveira, Rosa Helena Luchese, Franz Reis Novak, Daniel Paiva Barros de Abreu, Amanda Mattos Dias Martins

Downloads

Não há dados estatísticos.