Resumen
Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença sistêmica causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis. Apresenta-se como infecção pulmonar primária assintomática, aguda, sub-aguda ou crônica. Para ratificar a importância do exame direto, de baixo custo e complexidade, no diagnóstico da PCM, foi realizado um levantamento de amostras clínicas nos Laboratórios Regionais do IAL (LR-IAL) e Laboratório I Araçatuba - DIR VI, no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2002. Foram analisadas 3807 amostras de origem pulmonar e 25 amostras extrapulmonares, preparadas de acordo com suas peculiaridades. Detectou-se significativa quantidade de solicitações de exames com informações incompletas quanto aos dados do paciente. Foi demonstrada positividade em 4% das amostras pulmonares (predominando no adulto do sexo masculino) assim como em amostras extrapulmonares (88%). A diferença na demanda natural das solicitações para este diagnóstico, entre os Regionais, pode estar relacionada com endemicidade da região, busca e/ou suspeita da doença e encaminhamento das amostras para os Laboratórios de Referência da Rede Pública. Após 98 anos da descrição pioneira por Adolfo Lutz, a doença ainda é foco de preocupação para a Saúde Pública.Citas
1. Lutz A. Uma micose pseudococídica localizada na boca e observada noBrasil: contribuição ao conhecimento das hifoblastomicoses americanas.Brasil Méd 1908; 22: 121-4.
2. Telles F. Paracoccidioidomicose. Boletim Epidemiológico da Secretariade Estado da Saúde no Paraná. [http: www.saude.pr.gov.br/] 03/11/2003
3. Lacaz CS, Porto E, Martins JEC. Paracoccidioidomicose. In: Lacaz CS,Porto E, Martins JEC. Micologia médica: fungos, actinomicetos e algasde interesse médico 8a ed. São Paulo: Ed. Savier; 1991. p.248-98.
4. Negroni R. Paracoccidioidomycosis (South American Blastomycosis, LutzMycosis). Int J Derm 1993; 32: 847-59.
5. Severo LC, Kauer CL, Oliveira FM, Rigati RA, Hartmann AA, LonderoAT. Paracoccidioidiomycosis of the male genital tract. Report of elevencases and review of Brazilian literature. Rev Inst Med Trop 2000: 42: 38-40.
6. Bastos AGD, Martins AG, Cunha FC, Marques MPC, Melo PP, Tomita S,Alonso VMO. Paracoccidioidomicose Laríngea. Estudo retrospectivo de21 anos. Rev Brás Otorrinolaringologia 2001; 67: 84-5.
7. Villa LA, Tobón A, Restrepo A, Calle D, Rosero DS, Goméz BL. CentralNervous System Paracocidio oidomycosis. Reports of a case successfullytreated with Itraconazol. Rev Inst Med Trop S Paulo 2000; 42: 231-4.
8. Pereira W C, Raphael A, Sallum J. Lesões neurológicas na blastomicosesul americana. Estudo anátomo-patológico de 14 casos. Arq Neuropsiquiatr1965; 23: 95-112.
9. Pla MP, Hartung C, Medonza P, Stukanoff A, Moreno M J.Neuroparacoccidioidomycosis: case reports and review. Mycopathologia1994; 127: 139-44.
10. Greer DL, Retrepo A. La epidemiologia de la paracocidioidomicosis. Bolde la Of Sanit Panamericana 1977; 82: 428-45.
11. Veras KN. Paracocidioidomicose. Estudo epidemiológico e clínico depacientes internados no Hospital de Doenças Infecto-Contagiosas (HIDC)em Teresina, Piauí. Identificação de reserváreas nos Estados do Pará eMaranhão [Tese de Mestrado]. Teresina PI: Instituto Oswaldo Cruz/Universidade Federal do Piauí, 1995. 156 pp.
12. Londero AT, Ramos CD. Paracoccidioidomicose: estudo clínico micológicode 260 casos observados no interior do Rio Grande do Sul. J. Pneumol1990; 16:129-32.
13. Restrepo-Moreno, A. Ecology of Paracoccidioides brasiliensis. In: FrancoM, Lacaz CM., Restrepo-Moreno A, Delnegro G. editores.Paracoccidioidomycosis. Boca Ratton: CRC Press, 1994.
14. Fava SDC, Favanetto C, Costa E, Cucel C. Distribuição geográfica emortalidade da Paracoccidioidomicose no Estado de São Paulo. RevMicrobiol 1987; 18: 349-56.
15. Pereira AJCS, Barbosa W. Inquérito intradérmico paraparacoccidioidomicose em Goiânia, Rev Patol Trop 1988; 17: 157-86.
16. Silva-Vergara ML, Martinez R. Inquérito epidemiológico comparacoccidioidina e histoplasmina em área agrícola de café em Ibiá, MinasGerais, Brasil. Rev Iberoam Micol1998; 15: 294-7.
17. Paniago AMM, Aguiar JIA, Aguiar ES, Cunha RV, Pereira GROL, LonderoAT, Wanke B. Paracoccidoidomicose: estudo clínico e epidemiológico de422 casos observados no Estado de Mato Grosso do Sul. Rev Soc BrasMed Trop 2003; 36:455-9.
18. Gonçalvez AJR, Londero AT, Terra GMF, Rosembaum R, Abreu TF,Nogueira SA. Paracoccidioidomycosis in children in the State of Rio deJaneiro (Brasil). Geographic distribuition and the study of a “reservarea”.Rev Med Trop S Paulo 1998; 40: 11-3.
19. Wanke B, Londero AT. Epidemiology and Paracocidioidomycosis Infecton.In: Franco M, Lacaz CM., Restrepo-Moreno A, Delnegro G. editores.Paracoccidioidomycosis. Boca Ratton: CRC Press, 1994. p.109-20.
20. Tobón AM, Orozco B, Estrada Santiago JA, Ramillo E, Bedout C, ArangoM, Restrepo A. Paracoccidioidomycosis and AIDS: Report of the firsttwo colombian cases. Rev Med Trop S Paulo 1998; 40: 377-81.
21. Aires MA, Alves CAC, Ferreira AV, Moreira IM, Pappalardo MCSM, PelusoD, Silva RJC. Bone Paracocidioidomycosis in an HIV-Positive Patient.Braz J Infect Dis 1997; 1: 260-5.
22. Coutinho Z.F, Silva D, Lazerda M. Paracocidioidomycosis mortality inBrazil (1980 – 1995). Cad Saúde Pública 2002; 18(5): 1441-54.
23. Cermeño JR, Hernández I, Godoy G, Cabello I, Cermeño JJ, Orellán Y,Blanco Y. Casuística de las micosis en el Hospital Universitario “Ruiz YPáez. Ciudad Bolivar, Venezuela, 2002. Invest Clin 2005; 46: 37-42.
24. Fernando OP, Ciro MV, Juan Carlos FL, Rosario VM, Juan AP, KristienVB, Oscar NC, Jorge AZ, Beatriz BR, Eduardo GH. Micosis ganglionar:Report de 7 casos en el Hospital Nacional Cayetano Heredia Lima-Perú yRevisión de la literatura. Rev Med Hered 2004; 15 (4): 211-7.
25. Brummer E, Castaneda E, Restrepo A. Paracoccidioido mycosis an update. Clin Microbiol Rev 1993; 6(2): 89-117.

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Derechos de autor 2006 Revista del Instituto Adolfo Lutz