Resumen
A batata-de-pedra (Mandevilla tanuifolia), reconhecida por arqueólogos da UNICAP como alimento participante da dieta da antiga civilização de Brejo da Madre de Deus - PE, foi analisada tendo em vista a possibilidade de associação do seu consumo com a má formação óssea evidenciada nos fósseis humanos encontrados no sítio arqueológico. Amostras de dois lotes de tubérculos coletados aleatoriamente nesta região, foram analisadas sob a forma "in natura" e após transformação em farinha. A composição centesimal, de aminoácidos, minerais, sólidos solúveis, pH, acidez titulável, ácido cianídrico e taninos, foram os parâmetros investigados. Os resultados indicaram uma composição química semelhante a de outros tubérculos usualmente consumidos. O aminograma revelou a leucina como primeiro aminoácido limitante e considerável aporte de Iisina. Os fatores tóxicos investigados não confirmam qualquer relação entre o consumo da batata-de-predra e a enfermidade óssea encontrada nos fósseis humanos. Entretanto, não deve ser descartada a possibilidade da presença de outras substâncias de ação tóxica.
Citas
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Derechos de autor 1995 Revista del Instituto Adolfo Lutz