Estudo da presença da toxina microcistina na água de reservatório de Mundaú (Garanhuns-PE) pelas metodologias ELISA e CLAE
PDF

Palavras-chave

microcistinas
ELISA
CLAE
cianotoxinas
água

Como Citar

1.
Ramos CP da S, Pinheiro IO, Silva EM da, Leandro KC. Estudo da presença da toxina microcistina na água de reservatório de Mundaú (Garanhuns-PE) pelas metodologias ELISA e CLAE. Rev Inst Adolfo Lutz [Internet]. 30º de setembro de 2015 [citado 24º de novembro de 2024];73(2):169-77. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/RIAL/article/view/33335

Resumo

As cianobactérias são responsáveis pela produção de cianotoxinas que, uma vez acumuladas, podem causar sérios danos a saúde humana e animal. As microcistinas são o tipo mais comum de cianotoxinas e são promotoras de tumores hepáticos. O reservatório de Mundau, localizado no município de Garanhuns-PE, foi o local escolhido por apresentar histórico de florações de cianobacterias produtoras de microcistinas. Neste trabalho foi investigada a presença de microcistinas em amostras de agua bruta do reservatório do rio Mundau utilizando-se as técnicas de Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA) e Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE). Durante quinze meses consecutivos, as amostras de agua foram coletadas em duplicata no ponto de captação deste manancial e analisadas por ambas metodologias ELISA e CLAE. A presença de microcistinas foi detectada em 100 % das amostras, confirmando-se a relevância do monitoramento de microcistinas em aguas de abastecimento publico, pois assim como o rio Mundau, vários mananciais de Pernambuco apresentam florações de cianobactérias que podem ser toxicas. Este trabalho deixou como legado a implantação da referida analise no Laboratório Central de Saúde Publica (LACEN-PE), e demonstrou sua importância como metodologia complementar a contagem das cianobactérias, para fornecer subsídios as ações preventivas de vigilância a saúde.
https://doi.org/10.18241/0073-98552014731602
PDF

Referências

1. Libânio M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. Campinas, São Paulo: Átomo; 2008.

2. Sanches SM, Vieira EM, Prado EL, Beneti F, Takayanagui AMM. Estudo da presença da toxina microcistina - LR em água utilizada em clínica de hemodiálise e validação de um método analítico. Ecl Quim.2007;32(4):43-8.

3. Cerione EM, Cavagioni MG, Breir TB, Barrella W, Almeida VP. Levantamento de espécies de algas planctônicas e análise da água do lago do Zoológico Quinzinho de Barros, Sorocaba (SP). REB.2008;1(2):18-27.

4. Codd GA, Azevedo SMFO, Bagchi SN, Burch MD, Carmichael WW, Harding WR, Utiklen HC. Cyanonet - A global network for cyanobacterial bloom and toxin risk management. Initial situation assessment and recommendations. IHP-VI Technical Document in Hidrology,n. 76. Unesco, Paris, Working Series SC 2005/WS/55, 2005.

5. Oberholster PJ, Myburghb JG, Govender D, Bengis R, Botha AM et al. Identification of toxigenic Microcystis strains after incidents of wild animal mortalities in the Kruger National Park, South Africa. Ecotoxicol Environm Saf.2009;72:1177-82.

6. Fernandes VO, Cavati B, Oliveira LB, Souza BDA. Ecologia de cianobactérias: fatores promotores e consequências das florações. Oecol Bras.2009;13(2):247-58.

7. Carneiro TG, Leite F. Cianobactérias e suas toxinas. Rev Analyt.2008; 32:36-41.

8. Abramsson-Zetterberg LU, Sundh R, Mattsson R. Cyanobacterial extracts and microcystin-LR are inactive in the micronucleus assay in vivo and in vitro. Mutat Res.2010;699(1-2):5-10.

9. Nybom SNK, Dziga D, Heikkilä J, Kull T, Salminen SJ, Meriluoto JAO. Characterization of mycrocistin-LR removal process in the presence of probiotic bacteria. Toxicon.2012;59(1):171-81.

10. Carmichael WW. The toxins of cyanobacteria. Sci Am.1994;270:78-86.

11. Falconer IR. Tumor promotion and liver injury caused by oral consumption of cyanobacteria. Environm Toxicol.1991;6:177-84.

12. Meng G, Sun Y, Fu W, Guo Z, Xu L. Microcystin-LR induces cytoskeleton system reorganization through hyperphosphorylation of tau and HSP27 via PP2A inhibition and subsequent activation of the p38 MAPK signaling pathway in neuroendocrine (PC12) cells. Toxicology.2011;290:218-29.

13. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 2914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 14 dez. 2011. Seção 1. p. 39.

14. Chorus I, Bartram J. Toxic Cyanobacteria in Water: A Guide to their Public Health Consequences, Monitoring and Management. World Health Organization. London: E & FN Spon;1999. 416pp.

15. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n° 518, de 25 de março de 2004. Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 26 mar. 2004.

16. Sant’Anna CL, Azevedo MTP, Werner VR, Dogo, CR, Rios FRC. Review of toxic species of Cyanobacteria in Brazil.Algol Stud.2008;126:215-65.

17. Molica RJR, Onodera H, Garcia C, Rivas M, Adrendo D, Nascimento S, et al. Toxins in the freshwater cyanobacterium Cylindrospermopsis raciborskii (Cyanophyceae) isolated from Tabocas reservoir in Caruaru, Brazil, including demonstration of a new saxitoxin analogue. Phycologia.2002; 41:606-11.

18. Azevedo SMFO. Toxic cyanobacteria and the Caruaru tragedy. IV Simpósio da Sociedade Brasileira de Toxicologia; 1996; p.84.

19. Jochimsen EM, Carmichael WW, An JS, Cardo DW, Cookson ST, Holmes CE, et al. Liver failure and death after exposure to microcystin toxins at a hemodialysis center in Brazil. N Engl J Med.1998;13(338):873-78.

20. Chellappa NT, Chellappa SL, Chellappa S. Harmful Phytoplankton Blooms and Fish Mortality in a eutrophicated reservoir of Northeast Brazil. Braz Arch Biol Technol.2008;51(4):833-41.

Agência Pernambucana de Águas e Clima. Rio Mundaú [Internet]. Recife [acesso em 20 dez.2012]. Disponível em: http://www.apac.pe.gov.br/pagina.php?page_id=5&subpage_id=19

22. Secretaria de Recursos Hídricos de Pernambuco (SRH). Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de Pernambuco. Documento Síntese, Recife, 2000. 267pp.

23. Utermöhl H. Zur vervollkommer der quantitativen phytoplankton methodik. Mitt Int Ver. Theor Angew Limnol.1958;5:567-96.

24. Harada K, Kondo F, Lawton L. Laboratory Analysis of Cyanotoxins. In: Chorus I, Bartram J. Toxic Cyanobacteria in Water: A Guide to their Public Health Consequences, Monitoring and Management. World Health Organization. London: E & FN Spon;1999. p.362-400.

25. Fastner J, Flieger I, Neumann U. Optimised extraction of microcystins from field samples - a comparison of different solvents and procedures. Water Res.1998;32:3177-81.

26. Lawton LA, Edwards C, Codd GA. Extraction and high-performance liquid chromatographic method for the determination of microcystins in raw and treated waters. Analyst.1994;119(7):1525-30.

27. Heo WM, Kim B. The effect of artificial destratification on phytoplankton in a reservoir. Hydrobiologia.2004;524:229-39.

28. Brasil. Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 18 mar. 2005. Seção 1. p. 53.

29. Mozaz SR, Alda MJL, Barcelo D. Advantages and limitations of on-line solid phase extraction coupled to liquid chromatography-mass spectrometry technologies versus biosensors for monitoring of emerging contaminants in water. J Chromatogr A.2007;1152:97-115.

30. Utkilen H, Gjolme N. Iron-Stimulated Toxin Production in Microcystis aeruginosa. Appl Environ Microbiol.1995;61:797-800.

31. Agência Nacional de Vigilância Sanitária; ANVISA. Resolução n. 899, de 29 de maio de 2003. Guia para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2 jul. 2003.

32. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. DOQ-CGCRE-008: Orientações sobre validação de métodos de ensaios químicos. Rio de Janeiro (RJ): INMETRO; 2011. Revisão 4. 20 p.

33. Msagati TAM, Siame BA, Shushu DD. Evaluation of methods for the isolation, detection and quantification of cyanobacterial hepatotoxins. Aquat Toxicol.2006;78:382-97.

34. Wang D, Weston DP, Lydy MJ. Method development for the analysis of organophosphate and pyrethroid insecticides at low parts per trillion levels in water. Talanta.2009;78:345-51.

35. Mekebri A, Blondina GJ, Crane DB. Method validation of microcystins in water and tissue by enhanced liquid chromatography tandem mass spectrometry. J Chromatogr A.2009;1216:3147-55.

36. Rivasseau C, Martins S, Hennion MC. Determination of some physicochemical parameters of microcystins (cyanobacterial toxins) and trace level analysis in environmental samples using liquid chromatography. J Chromatogr A.1998;799:155-69.

37. Bogialli S, Bruno M, Curini R, Di Corcia A, Fanali C, Laganà A. Monitoring algal toxins in lake water by liquid chromatography tandem mass spectrometry. Environ Sci Technol.2006;40:2917-23.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Catarina Paula da Silva Ramos, Irapuan Oliveira Pinheiro, Edvani Maria da Silva, Katia Christina Leandro

Downloads

Não há dados estatísticos.